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Álvaro Apocalypse: diferenças entre revisões

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* 1955 - Depois de desenhar muito em casa e copiar ilustrações de [[Portinari]], Álvaro Apocalypse se inscreve no X Salão Municipal de Belas Artes de Belo Horizonte e obtém menção honrosa em desenho. Entra para a Escola Guignard e Faculdade de Direito
* 1955 - Depois de desenhar muito em casa e copiar ilustrações de [[Portinari]], Álvaro Apocalypse se inscreve no X Salão Municipal de Belas Artes de Belo Horizonte e obtém menção honrosa em desenho. Entra para a Escola Guignard e Faculdade de Direito
* 1957 - A partir deste ano, depois de participar de salões e receber prêmios, inicia trabalho como ilustrador na imprensa mineira. Publica artigos sobre arte e participa de mostras
* 1957 - A partir deste ano, depois de participar de salões e receber prêmios, inicia trabalho como ilustrador na imprensa mineira. Publica artigos sobre arte e participa de mostras
* 1959 - Convidado a dar aulas de modelo vivo na recém-criada Escola de Belas Artes da Faculdade de Arquitetura. Foi professor universitário antes mesmo de se formar, uma atividade que manteria por toda vida
* 1959 - Convidado a dar aulas de modelo vivo na recém-criada Escola de Belas Artes da Faculdade de Arquitetura. Foi professor universitário antes mesmo de se formar, uma atividade que manteria por toda vida§
* 1962 - Fundador primeiro presidente da [[Associação Mineira de Artistas Plásticos]] (AMAP). Ganha prêmios e participa de mostras e salões em vários estados brasileiros
* 1962 - Fundador primeiro presidente da [[Associação Mineira de Artistas Plásticos]] (AMAP). Ganha prêmios e participa de mostras e salões em vários estados brasileiros
* 1965 - Primeira individual. Além das pesquisas sobre cultura popular, passa a trabalhar com temática surrealista e a crítica social em seus trabalhos.
* 1965 - Primeira individual. Além das pesquisas sobre cultura popular, passa a trabalhar com temática surrealista e a crítica social em seus trabalhos.

Revisão das 23h48min de 12 de junho de 2013

Álvaro Apocalypse
Nome completo Álvaro Brandão Apocalypse
Nascimento 14 de janeiro de 1937
Ouro Fino, Minas Gerais
Morte 6 de setembro de 2003 (66 anos)
Belo Horizonte, Minas Gerais
Nacionalidade Brasil
Ocupação pintor, ilustrador, gravador, desenhista, diretor de teatro, cenógrafo, professor, museólogo e publicitário

Álvaro Brandão Apocalypse (Ouro Fino, 14 de janeiro de 1937Belo Horizonte, 6 de setembro de 2003) foi um pintor, ilustrador, gravador, desenhista, diretor de teatro, cenógrafo, professor, museólogo e publicitário brasileiro. Foi também um dos fundadores do Grupo Giramundo.

Biografia

Durante a infância em Ouro Fino, Apocalypse reproduzia os animais em seus desenhos.[1]

No início da década de 1950, já na adolescência, Álvaro Apocalypse chegou a Belo Horizonte para estudar Belas Artes com o mestre Alberto da Veiga Guignard, tornando-se professor de desenho em 1959. De lá para cá, as artes plásticas ocuparam um espaço definitivo em sua vida.

Em 1956, estudou gravura em metal e litografia na Escola Guignard e iniciou curso de Direito na Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. Álvaro realizou também desenhos animados para campanhas publicitárias, ilustrações para revistas e jornais e incursões no mundo da publicidade. Em 1959, lecionou na recém-criada Escola de Belas Artes da Faculdade de Arquitetura da UFMG, da qual se tornou professor titular em 1981.

A partir da década de 1960, as festas populares passaram a ser temas constantes em seus desenhos, dedicando-se mais à técnica de pastel e à produção de gravuras. Em 1962, tornou-se professor da Fundação Mineira de Arte.

Sua obra passou a apresentar caráter surrealista a partir de 1965. Recebeu o prêmio de viagem ao exterior no 3º Salão da Aliança Francesa, em 1969. Viajou, então, para Paris e realizou curso de História do Desenho na Escola do Louvre.

Na década de 1970, depois de uma estada prolongada na Europa, onde assistiu a muitos espetáculos com marionetes, Álvaro retornou a Belo Horizonte, com o propósito de criação de um grupo teatro de bonecos, o que veio a se concretizar rapidamente. Criou o Grupo Giramundo de Teatro de Bonecos, em 1970, e produziu cenários, figurinos e marionetes para várias peças teatrais. O primeiro grande espetáculo vem em 1976, com a montagem de El Retablo de Maese Pedro, seguido por Cobra Norato, de Raul Bopp, todos sempre muito aplaudidos pela crítica e público, dentro e fora do Brasil. No total Álvaro produziu e dirigiu 27 espetáculos no Giramundo.

Em 1973, realizou as gravuras para o álbum Minas de Drummond, pela UFMG. Dividindo suas atividades entre o magistério, as artes plásticas e o teatro, Apocalypse coordenou a Escola Superior de Artes da Marionete de Charleville Mèziéres (França), entre 1990 e 1991, um estágio do qual participaram artistas de toda a Europa. Em co-produção, atuou com o Teatro Presenza na montagem de Superfaust e com o Teatro Baracca, no espetáculo Il Drago Nella Fumana Itália.

Entre suas premiações figuram o Moliére, o Troféu Mambembe, dois troféus João Ceschiatti, o Grande Prêmio da Crítica da Associação Paulista de Críticos de Arte, entre outros. Publicou o álbum de gravura Minas de Guimarães Rosa, em 1977, pela Imprensa da UFMG, entre outros.

Trajetória artística

  • 1955 - Depois de desenhar muito em casa e copiar ilustrações de Portinari, Álvaro Apocalypse se inscreve no X Salão Municipal de Belas Artes de Belo Horizonte e obtém menção honrosa em desenho. Entra para a Escola Guignard e Faculdade de Direito
  • 1957 - A partir deste ano, depois de participar de salões e receber prêmios, inicia trabalho como ilustrador na imprensa mineira. Publica artigos sobre arte e participa de mostras
  • 1959 - Convidado a dar aulas de modelo vivo na recém-criada Escola de Belas Artes da Faculdade de Arquitetura. Foi professor universitário antes mesmo de se formar, uma atividade que manteria por toda vida§
  • 1962 - Fundador primeiro presidente da Associação Mineira de Artistas Plásticos (AMAP). Ganha prêmios e participa de mostras e salões em vários estados brasileiros
  • 1965 - Primeira individual. Além das pesquisas sobre cultura popular, passa a trabalhar com temática surrealista e a crítica social em seus trabalhos.
  • 1967 - Participa da implantação do Festival de Inverno da UFMG, em Ouro Preto.
  • 1968 - Publica o álbum de gravuras Minas, a terra, o homem
  • 1969 - Produz seu primeiro mural de grandes proporções. Prêmio do Salão da Aliança Francesa o leva a Paris, para estudos de arte
  • 1970 - Retorna ao Brasil e cria, com Terezinha Veloso e Madu, o grupo de teatro de bonecos Giramundo
  • 1971 - Primeira encenação do Giramundo A bela adormecida
  • 1972 - Montagem de Aventuras do Reino Negro, que é apresentada na França, Argentina e Uruguai
  • 1973 - Saci-pererê é a segunda montagem de um repertório que chegará a 27 trabalhos
  • 1975 - Um Baú de Fundo Fundo"
  • 1976 - Cobra Norato, um dos espetáculos mais premiados e admirados do grupo.
  • 1982 - Faz a capa do álbum indepente "Música Doce: Flauta e Violão" de Marcelo Faria e Paulinho Queroga
  • 1983 - As Relações Naturais.
  • 1984 - Auto das Pastotrinhas.
  • 1986 - Montagem de O guarani.
  • 1988 - Giz
  • 1990 - Montagem do espetáculo Diário de um tímido forasteiro, no 17° Festival de Inverno da UFMG, em Ouro Preto, Minas Gerais
  • 1990 - Atua como professor no Ateliê de Tecnologia do Instituto Internacional de Marionetes de Charville-Mèziéres, na França.
  • 1991 - Montagem da ópera A flauta mágica, de Mozart, com marionetes com até dois metros de altura
  • 1992 - Le Journal
  • 1993 - Adaptação de Pedro e o lobo, conto sinfônico de Prokofiev
  • 1994 - Montagem do espetáculo adulto Antologia Mamaluca
  • 1995 - Ubu Rei
  • 1996 - Carnaval dos Animais
  • 1997 - Diário de um Louco
  • 1998 - Montagem do espetáculo O gato Malhado e a andorinha Sinhá, basedo na fábula de Jorge Amado
  • 1998 - Exposição Desenhos para teatro de Álvaro Apocalypse
  • 2000 - Gira Gerais
  • 2000 - Inauguração o teatro Giramundo
  • 2001 - Os Orixás
  • 2001 - Inauguração do Museu Giramundo para abrigar e expor ao público seu acervo de mais de 850 bonecos
  • 2002 - Mini Teatro Ecológico - O Aprendiz Natural e Mata Atlântica
  • 2003 - Exposição e retrospectiva de trabalhos em "Mundo Giramundo", no Sesc Santo André (SP), em São Paulo. Morre, aos 66 anos, em Belo Horizonte.
  • 2006 - Criação da instituição "Arquivo Apocalypse", dirigida por suas herdeiras, que irá catalogar e restaurar o acervo com suas obras, para poder ser expostas ao público em um futuro museu
  • 2006 - Tem publicado, no jornal O Tempo, trechos de suas agendas, durante oito domingos consecutivos
  • 2006 - Publicação do site Arquivo Apocalypse
  • 2011 - Publicação do livro Álvaro Apocalypse [1]

Receptividade crítica

De acordo com o jornal Estado de Minas ao mencionar o legado criativo de bonecos, pinturas e desenhos, "não há nenhum outro em Minas que desempenhe hoje esta vertente da criação com tanta competência, sutileza e nobreza" como Álvaro Apocalipse.[1]

Referências

  1. a b c Reis, Sérgio Rodrigo Reais (15 de fevereiro de 2012). Obra de Álvaro Apocalypse ganha registro em livro com texto crítico de Márcio Sampaio. Estado de Minas/EM Cultura/Divirta-se, acesso em 15 de fevereiro de 2011

Ligações externas