A Woman of Paris

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A Woman of Paris
A Woman of Paris
Capa do filme em DVD
No Brasil Casamento ou Luxo
Em Portugal Opinião Pública
 Estados Unidos
1923 •  pb •  93 min 
Direção Charlie Chaplin
Roteiro Charlie Chaplin
Elenco Edna Purviance
Clarence Geldart
Carl Miller
Lydia Knott
Charles K. French
Adolphe Menjou
Idioma mudo (intertítulos em inglês)

A Woman of Paris (bra: Casamento ou Luxo[1]; prt: Opinião Pública[2]) é um filme mudo realizado em 1923, escrito e dirigido por Charlie Chaplin. Estrelado por Edna Purviance, Adolphe Menjou e Carl Miller. A trilha sonora foi composta por Charlie Chaplin.[3]

Sinopse[editar | editar código-fonte]

O filme conta a história de um homem que acaba de se apaixonar por uma cortesã. Aclamado filme mudo, o filme se trata do primeiro drama de Chaplin, que preferiu não aparecer na frente das câmeras com seu já mundialmente famoso personagem, o Vagabundo. Dirigido com muita finesse, o filme aproveita para fazer uma crítica a sociedade burguesa ao mesmo tempo que conta a trágica história. Chaplin aproveita para fazer uma inversão de valores na sociedade que era mostrada na época e revoluciona o cinema. Nunca Chaplin (ou qualquer outro diretor) havia recebido críticas tão favoráveis e elogiosas. E hoje é considerado um marco no cinema, que nunca havia experimentado tamanho realismo. Apesar disso, Chaplin experimenta seu primeiro fracasso comercial, já que o público não comparece para assistir um filme de Chaplin sem seu mais célebre personagem. Voltaria a ter sucesso comercial retornando às comédias em A busca do ouro.

Elenco[editar | editar código-fonte]

Filme completo

Produção[editar | editar código-fonte]

Chaplin escreveu o roteiro e dirigiu A Woman of Paris.[4] Durante a montagem do elenco, o ator Adolphe Menjou convenceu Charlie Chaplin a lhe contratar para o papel de Pierre Revel após jantar cinco noites seguidas em uma mesa ao lado da do diretor. Em cada jantar, Menjou se vestiu e agiu à moda parisiense como o personagem de Revel.[5]

Recepção[editar | editar código-fonte]

A Woman of Paris foi um fracasso de bilheteria, rendendo pouco mais do que o seu orçamento.[6] Um dos fatores para o fracasso foi a censura imposta por alguns conselhos municipais e estaduais de censura, como o da Pensilvânia, que só aprovou o filme após cortes. O conselho de Worcester (Massachusetts) foi mais radical e proibiu a exibição da película no condado por considerá-la "moralmente imprópria".[7] O estado alemão de Baden foi o único local da Europa onde o filme foi proibido pela censura.[8]

Outro fator era a ausência de Chaplin no filme, que fez cair o número de espectadores conforme o filme passava em cartaz. Chaplin ficou magoado com a pequena bilheteria e guardou os negativos do filme até quase sua morte, tornando o filme pouco conhecido nas décadas seguintes.[9]

Em 23 de dezembro de 1976 o filme foi relançado por Chaplin e Eric James, com uma nova trilha sonora que substituiu a original de Louis F. Gottschalk e um corte de oito minutos em relação ao filme original.[10]

Crítica[editar | editar código-fonte]

O crítico teatral Edwin Francis Schallert (pai do futuro ator William Schallert) elegeu A Woman of Paris o terceiro melhor filme de 1923, atrás de The Covered Wagon e Scaramouche.[11]

A revista de cinema japonesa Kinema Junpo considerou A Woman of Paris o melhor filme de 1924 em seu ranking.[12]

Referências

  1. «Casamento ou Luxo». AdoroCinema. Brasil: Webedia. 1923. Consultado em 27 de dezembro de 2022 
  2. «Opinião Pública». Cinecartaz. Portugal: Público. 26 de agosto de 2004. Consultado em 27 de dezembro de 2022 
  3. «Silent Era : Progressive Silent Film List». www.silentera.com. Consultado em 28 de dezembro de 2022 
  4. «Charlie Chaplin ator e diretor!». Gazeta de Noticias (RJ) , ano LI, edição 248, página 11/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 27 de outubro de 1926. Consultado em 28 de dezembro de 2022 
  5. «Como entrar no estúdio». Cinearte, ano I, edição 7, página 30/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 14 de abril de 1926. Consultado em 28 de dezembro de 2022 
  6. «O cinema, a verdeira arte». Cinearte, ano I, edição 4, página 30/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 24 de março de 1936. Consultado em 28 de dezembro de 2022 
  7. The Moving Picture World. New York City: Chalmers Publishing Co. 72 (2):124 (10 de janeiro de 1925). «"A Woman of Paris Banned from Worcester, Mass. by Local Board"». Internet Archive. Consultado em 28 de dezembro de 2022 
  8. Ribaltas e Projeções (6 de novembro de 1926). «Cinelândia». Folha da Manhã, ano II, edição 492, página 6. Consultado em 29 de dezembro de 2022 
  9. Ilustrada (27 de dezembro de 1977). «O filme misterioso sem Carlitos». Folha de S.Paulo, ano LVI, edição 17800, Seção Ilustrada, página 27. Consultado em 29 de dezembro de 2022 
  10. VANCE, Jeffrey e BOWMAN, Manoah (2003). Chaplin: Genius Of The Cinema. [S.l.]: Nova York: Harry N. Abrams. p. 153. ISBN 0810945320 
  11. Edwin Francis Schallert (23 de fevereiro de 1924). «Os dez melhores filmes de 1923». Paratodos, ano VI, edição 271, página 30/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 28 de dezembro de 2022 
  12. «1924年・第1回». Kinenote. Consultado em 28 de dezembro de 2022 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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