Abrawayaomys ruschii

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaAbrawayaomys ruschii
Taxocaixa sem imagem
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Rodentia
Família: Cricetidae
Subfamília: Sigmodontinae
Género: Abrawayaomys
Espécie: A. ruschii
Nome binomial
Abrawayaomys ruschii
Cunha & Cruz, 1979

Abrawayaomys ruschii,[2] popularmente denominado de rato-do-mato,[3] é uma espécie de roedor da família dos cricetídeos (Cricetidae). Endêmica do Brasil, onde pode ser encontrada na Mata Atlântica.

Nomenclatura e taxonomia[editar | editar código-fonte]

A espécie foi descrita por Fausto Luiz de Souza Cunha e José Francisco da Cruz em 1979 como Abrawayaomys ruschii. O nome específico foi dado em homenagem ao naturalista Augusto Ruschi.[4] A população da província de Misiones, Argentina, considerada como parte desta espécie,[2] foi descrita como uma espécie distinta em 2009.[5]

Distribuição geográfica e habitat[editar | editar código-fonte]

A espécie é endêmica da Mata Atlântica no Brasil, podendo ser encontrada do Espírito Santo até Santa Catarina.[1] Oito registros são conhecidos para a espécie: (1) Reserva Biológica de Forno Grande, Castelo, no Espírito Santo; (2) Parque Estadual do Rio Doce, Marliéria; (3) Viçosa; (4) Caeté; (5) São Sebastião das Águas Claras, distrito de Nova Lima, em Minas Gerais; (6) Angra dos Reis, no Rio de Janeiro; (7) Santo Amaro da Imperatriz, em Santa Catarina; (8) RPPN Monte Sinai, Mauá da Serra; e UHE Mauá, Telêmaco Borba, no Paraná.[6][7][8][9]

Conservação[editar | editar código-fonte]

Em 2005, foi classificada como criticamente em perigo na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo;[10] em 2010, como vulnerável na Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna do Estado de Minas Gerais;[11] em 2014, como quase ameaçada no Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo;[12] e em 2018, como pouco preocupante na Lista Vermelha do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[13][14]

Referências

  1. a b Pardinas, U.; Teta, P.; Percequillo, A. (2008). Abrawayaomys ruschii (em inglês). IUCN 2014. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2014. Página visitada em 30 de dezembro de 2014..
  2. a b Musser, G. G. (2005). «Abrawayaomys ruschii». In: Wilson, D. E.; Reeder, D.M. Mammal Species of the World 3.ª ed. Baltimore: Imprensa da Universidade Johns Hopkins. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494 
  3. «Capítulo 3.2 - Avaliação da Biodiversidade - Anexo 7 - Pequenos mamíferos» (PDF). p. 3 
  4. Cunha, F. L. S.; Cruz, J. F. (1979). «Novo gênero de Cricetidae (Rodentia) de Castelo, Espírito Santo, Brasil» (PDF). Boletim do Museu de Biologia Prof. Melo Leitão, Série Zoologia. 96: 1-5 
  5. Pardiñas, U. F. J.; Teta, P.; D'Elía, G. (2009). «Taxonomy and distribution of Abrawayaomys (Rodentia: Cricetidae), an Atlantic Forest endemic with the description of a new species». Zootaxa. 2128: 39-60 
  6. Pereira, L. G.; Geise, L.; Cunha, A. A.; Cerqueira, R. (2008). «Abrawayaomys ruschii Cunha and Cruz, 1979 (Rodentia, Cricetidae) no estado do Rio de Janeiro, Brasil». Papéis Avulsos de Zoologia. 48 (5): 33–40 
  7. Passamani, M.; Cerboncini, R. A. S.; Oliveira, J. E. (2011). «Distribution extension of Phaenomys ferrugineus (Thomas, 1894), and new data on Abrawayaomys ruschii Cunha and Cruz, 1979 and Rhagomys rufescens (Thomas, 1886), three rare species of rodents (Rodentia: Cricetidae) in Minas Gerais, Brazil». Check List. 7 (6): 827–831 
  8. Cherem, J. J.; Graipel, M. E.; Tortato, M.; Althoff, S.; Brüggemann, F.; Matos, J.; Voltolini, J. C.; Freitas, R.; Illenseer, R.; Hoffmann, F.; Guizoni-Jr, I. R.; Bevilacqua, A.; Reinicke, R.; Salvador, C. H.; Filippini, A.; Furnari, N.; Abati, K.; Moraes, M.; Moreira, T.; Oliveira-Santos, L. G. R.; Kuhnen, V.; Maccarini, T.; Goulart, F.; Mozerle, H.; Fantacini, F.; Dias, D.; Penedo-Ferreira, R.; Vieira, B. P.; Simões-Lopes, P. C. (2011). «Mastofauna terrestre do Parque Estadual Serra do Tabuleiro, Estado de Santa Catarina, sul do Brasil». Biotemas. 24 (3): 73–84. doi:10.5007/2175-7925.2011v24n3p73 
  9. Cerboncini, R. A. S.; Zanata, T. B.; Cunha, W. L.; Rorato, A. M.; Calefi, A. S.; Sbeghen, M. R.; Macagnan, R.; Abreu, K. C.; Ono, M. A.; Passos, F. C. (2014). «Distribution extension of Abrawayaomys ruschii Cunha and Cruz, 1979 (Rodentia: Cricetidae) with the first records in the state of Paraná, southern Brazil». Check List. 10 (3): 660–662 
  10. «Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo». Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), Governo do Estado do Espírito Santo. Consultado em 7 de julho de 2022. Cópia arquivada em 24 de junho de 2022 
  11. «Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna do Estado de Minas Gerais» (PDF). Conselho Estadual de Política Ambiental - COPAM. 30 de abril de 2010. Consultado em 2 de abril de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 21 de janeiro de 2022 
  12. Bressan, Paulo Magalhães; Kierulff, Maria Cecília Martins; Sugleda, Angélica Midori (2009). Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo - Vertebrados (PDF). São Paulo: Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SIMA - SP), Fundação Parque Zoológico de São Paulo. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 25 de janeiro de 2022 
  13. «Abrawayaomys ruschii Cunha & Cruz, 1979». Sistema de Informação Sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 15 de abril de 2022. Cópia arquivada em 9 de julho de 2022 
  14. «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação do Meio Ambiente (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018 
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