Alexandre Danilovitch Menchikov

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Príncipe
Alexandre Danilovitch Menchikov
Александр Данилович Меншиков
Alexandre Danilovitch Menchikov
Generalíssimo do Exército Imperial Russo
Período 1727 a 1728
Monarca Pedro II
Antecessor(a) Aleixo Shein
Sucessor(a) Antônio Ulrico de Brunsvique-Volfembutel
Almirante da Marinha Imperial Russa
Período 1726 a 1728
Monarcas Catarina I (1726–1727)
Pedro II (1727–1728)
Antecessor(a) Tomás Gordon
Sucessor(a) Martinho Gossler
Membro do Supremo Conselho Privado
Período 1726 a 1728
Monarcas Catarina I (1726–1727)
Pedro II (1727–1728)
Sucessor(a) Basílio Lukich Dolgorukov
1º Presidente do Colégio de Guerra
Período 1717 a 1724
Nomeado por Pedro I
Sucessor(a) Anikita Repnin
Membro do Senado Dirigente
Período 1711 a 1728
Nomeado por Pedro I
Marechal de Campo do
Exército Imperial Russo
Período 1709 a 1728
Monarcas Pedro I (1709–1725)
Catarina I (1725–1727)
Pedro II (1727–1728)
Antecessor(a) Boris Sheremetev
Sucessor(a) Anikita Repnin
1º Governador-Geral de São Petersburgo
Período 1702 a 1724
Nomeado por Pedro I
Sucessor(a) Pedro Apraxin
Dados pessoais
Nascimento 16 de novembro de 1673
Moscou, Rússia
Morte 23 de novembro de 1729 (56 anos)
Berezovo,  Rússia
Esposa Daria Mikhailovna Arsenieva
Religião Igreja Ortodoxa Russa
Serviço militar
Serviço/ramo Exército Imperial Russo
Marinha Imperial Russa
Anos de serviço 1699–1728
Graduação Generalíssimo (exército)
Almirante (marinha)
Conflitos Grande Guerra do Norte

Alexandre Danilovitch Menchikov (em russo: Алекса́ндр Дани́лович Ме́ншиков; Moscou, 16 de novembro de 1673 – Berezovo, 23 de novembro de 1729) foi um político e militar russo que era um dos amigos mais próximos do imperador Pedro I e a esposa deste a imperatriz Catarina I. Menchikov foi uma das principais figuras políticas e sociais do final do Czarado da Rússia e início do Império Russo.

Inicio de Carreira[editar | editar código-fonte]

Nascido em Moscou, em uma família modesta, desde sua juventude frequentou regularmente o distrito alemão da capital, onde conheceu François Lefort, que o apresentou ao jovem grão-duque Pedro. Os dois jovens rapidamente se tornam amigos. Pedro trouxe-o para o Regimento Preobrazhensky, que acabara de criar para ser sua guarda pessoal.

Em 1689, Pedro tornou-se czar em conjunto com seu meio-irmão Ivan V, porém o centro de decisão do governo se manteve em torno de sua mãe Natalia Narychkina. Ele prefere viver sua vida jovem com Menchikov e outros companheiros de boêmia: François Lefort, o escocês Patrick Gordon, bem como os russos Nikita Zotov, Feodor Romodanovski, Gabriel Golovkin, Feodor Golovine e Piotr Tolstoi. Quando ele efetivamente assumiu o poder, em 1694, eles se tornaram seus colaboradores mais devotados e Menchikov foi seu favorito.

Logo, Menchikov se distinguiu por sua ambição desproporcional, seu gosto pelo luxo, e sua devoção ao czar. Para alcançar seus fins, não hesitava em usar a corrupção, por Isso tornou-se extremamente rico.

Acompanhou o czar Pedro I durante a campanha de Azov (1695-1696) contra os Otomanos. Em 1697, integrou a comitiva do czar durante a Grande Embaixada, uma longa jornada de estudo e conhecimento por diversos países europeus.

Líder Militar[editar | editar código-fonte]

Em 1700, a Guerra do Norte estourou contra a Suécia, durando até 1721.

Menchikov demonstrou boa capacidade militar. Distinguiu-se durante a ofensiva russa na Ingria em 1702 e foi um dos comandantes das tropas que sitiaram a fortaleza de Noteborg, na junção dos lagos Ladoga e Neva. A tomada desta praça, foi muito importante pois permitiu aos russos o acesso ao Báltico. Poucos quilômetros acima, no mesmo ano, Pedro I fundou a Fortaleza de Pedro e Paulo e lançou as bases da cidade de São Petersburgo, a futura capital, da qual Menchikov foi nomeado governador a partir de 1703.

Em 1706, Menchikov liderou o exército sueco em Kalisz, na Polônia, onde Pedro I o enviara para apoiar Augusto II contra Estanislau Leszczynski, na disputa pela coroa polaco-lituana. A campanha, não logrou êxito naquela ocasião e Lesczynski foi coroado com apoio de Carlos XII da Suécia.

Em 1707, Menchikov recebeu o comando das tropas cossacas. Em 1709 durante a invasão sueca, Pedro enviou-o para Ucrânia; com a missão de castigar os cossacos descontentes que, sob as ordens do hetman Ivan Mazepa, aderiram à Carlos XII da Suécia.

Menchikov tomou posse de Baturine e massacrou toda a população. A seguir participou da Batalha de Lesnaia e levou suas tropas até Poltava, onde Pedro e os outros generais o aguardavam. Durante a Batalha de Poltava, na qual os suecos foram esmagados, coube a Menchikov o comando da ala esquerda do exército russo.

Graças ao sucesso em Poltava foi elevado à marechal e designado para as campanhas da Curlândia em 1710 e da Pomerânia em 1713. Ao final da Grande Guerra do Norte, os russos dominavam a costa do Báltico da Carélia à Polônia.

Em 1718, Menchikov foi designado para presidir a comissão de inquérito sobre os atos do czarevich Alexis Petrovich, suspeito de traição, pela qual este veio a ser executado.

Com o estabelecimento do Colégio Militar do Estado (1719) foi feito seu primeiro presidente, passando a ser o responsável pelo arranjo de todas as forças armadas da Rússia.

Após a conclusão da Paz de Nystadt, que encerrou a longa guerra com os suecos, Menshikov foi feito vice-almirante em 1721.

A partir de 1724, devido a seus abusos perdeu em parte os favores do czar. Menchikov finalmente foi destituído de seus cargos básicos de presidente do Collegium Militar (substituído por Anikita Repnin em janeiro de 1724) e de Governador de São Petersburgo, (substituído Piotr Apraksin, em maio de 1724). No entanto, em janeiro do ano seguinte, Pedro admitiu Menchikov em seu leito de morte, o que foi considerado como perdão.


Chefe de Governo[editar | editar código-fonte]

Em Janeiro de 1725, Pedro I morreu sem designar sucessor. Menchikov tomou partido da viúva deste, Catarina, sua antiga amante. Catarina foi coroada czarina graças à influência de Menchikov. Nesta época detinha o máximo de poder e Catarina entrega-lhe a direcção do governo. Cria o Alto Conselho Secreto, presidido por si e com outros cinco membros (o conde Fedor Apraxine, Pierre Tolstoï, Dimitri Golitsyne (Galitzine), Gabriel Golovkine e o barão André Ostermann), tem prioridade sobre o Senado Russo e sobre o Santo Sínodo para dirigir os destinos do Estado.

Neste período concluiu a construção do suntuoso Palácio Menchikov, em São Petersburgo, às margens do Rio Neva e do Palácio de Oranienbaum em Lomonosov.

Menchikov também pretende assegurar para si e para a sua família um futuro tranquilo. Convence Catarina I a designar Pedro, filho de Alexis Petrovitch, como sucessor. Combina o noivado do herdeiro com a sua filha Maria. Quando a czarina morre, em Maio de 1727, é designado tutor do novo czar Pedro II, que o nomeia generalíssimo.

A sua arrogância será a causa da sua queda. Alexis Dolgorouki, novo membro do Alto Conselho Secreto, intriga com Pedro II e consegue persuadi-lo da sua desonestidade. Em 20 de Setembro é preso e retiram-lhe todos os títulos, confiscam-lhe os bens, e é levado a julgamento. Condenado ao exílio, é deportado em Beryozovo, na Sibéria. Morre em grande pobreza em 2 de Novembro de 1729. Da sua descendência o elemento mais famoso foi Alexander Sergeyvich Menshikov.

Referências[editar | editar código-fonte]

> Bantysh-Kamensky DN Biografias do generalíssimo russo e dos marechais de campo geral | 1-2 | parte = 4º general-field-marshal 1º generalissimo principe Alexander Danilovich Menshikov] ( on-line )

> Anisimov EV Rússia sem Peter. - São Petersburgo. : Lenizdat, 1994. - 496 p.


O Palácio Menchikov nas margens do rio Neva, em São Petersburgo.
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