As Portas da Percepção
The Doors of Perception | |
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As Portas da Percepção | |
Autor(es) | Aldous Huxley |
Idioma | Inglês |
País | ![]() |
Assunto | Filosofia, Alucinogéneos, Mescalina, Visões |
Editora | Chatto & Windus |
Lançamento | 1954 |
Páginas | 63 |
ISBN | 0-06-059518-3 |
Edição portuguesa | |
Tradução | Jorge Beleza |
Editora | Via Óptima |
Lançamento | 2005 |
Páginas | 157 |
ISBN | 972-936021-9 |
Edição brasileira | |
Tradução | Oswaldo de Araújo Souza |
Editora | Civilização Brasileira |
Lançamento | 1957 |
Páginas | 172 |
As Portas da Percepção (no original em inglês, The Doors of Perception) é um livro de 1954, escrito por Aldous Huxley, onde o autor pormenoriza as suas experiências alucinatórias quando tomou mescalina. O título provém de uma citação de William Blake:
“ | If the doors of perception were cleansed everything would appear to man as it is, infinite. Se as portas da percepção estivessem limpas, tudo apareceria para o homem tal como é: infinito. |
” |
Baseado nesta citação, Huxley assume que o cérebro humano filtra a realidade de modo a não permitir a passagem de todas as impressões e imagens que existem efetivamente. Se isso acontecesse, o processamento de tal quantidade de informação seria simplesmente insuportável. De acordo com esta visão das coisas, algumas drogas poderiam reduzir esse processo de filtragem, ou "abrir as portas da percepção", como é dito metaforicamente. Com o intuito de verificar esta teoria, Huxley começou a tomar mescalina e a descrever os seus pensamentos e sentimentos sob o efeito da droga. A sua principal impressão será a de que os objetos do nosso quotidiano perdem a sua funcionalidade, passando a existir "por si mesmos". O espaço e as dimensões tornam-se irrelevantes, parecendo que a percepção se alarga de uma forma espantosa e mesmo humilhante já que o ser humano se apercebe da sua incapacidade para fazer face a tantas impressões.
Além de drogas como a mescalina, o LSD, o DMT (substância), a psilocibina, etc, outras formas citadas para se abrir as portas da percepção seriam:
- Períodos prolongados de silêncio e isolamento.
- contemplação.
- meditação.
- relaxamento.
- Jejuns prolongados.
- Auto-flagelação...
Huxley explica que uma das razões porque as portas da percepção normalmente ficam semi-cerradas seria para a própria proteção do indivíduo, que de outra forma se distrairia com a enxurrada de estímulos desnecessários para a sobrevivência.
A teoria exposta no livro tem uma base teórica profundamente inspirada nas teorias do psiquiatra Carl Gustav Jung. O Inconsciente coletivo, os Arquétipos e noção de que a teologia e o psicodelismo se aproximam são ideias Junguianas e aparecem no livro do início ao fim.
Referências culturais[editar | editar código-fonte]
- O nome da banda The Doors é uma alusão a este livro.[1]
- No filme de 2016, Doctor Strange, o personagem de Stan Lee é visto lendo o livro. [2]
Referências
- ↑ Simmonds, Jeremy (2008). The Encyclopedia of Dead Rock Stars: Heroin, Handguns, and Ham Sandwiches. Chicago: Chicago Review Press. ISBN 978-1-55652-754-8
- ↑ «11 Doctor Strange Easter eggs you might have missed». Digital Spy. 29 October 2016. Consultado em 8 de novembro de 2016 Verifique data em:
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