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Célula estaminal: diferenças entre revisões

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células-tronco</ref>
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[[Ficheiro:Mouse embryonic stem cells.jpg|thumb|300px|right|Células-tronco de um rato.]]
As '''células-tronco, células-mães''' ou '''células estaminais''' são [[célula]]s que possuem a melhor capacidade de se [[divisão celular|dividir]] dando origem a duas células semelhantes às progenitoras.

As células-tronco de [[embrião|embriões]] têm ainda a capacidade de se transformar, num processo também conhecido por [[diferenciação celular]], em outros [[tecido]]s do corpo, como [[osso]]s, [[nervo]]s, [[músculo]]s e [[sangue]]. Devido a essa característica, as células-tronco são importantes, principalmente na aplicação terapêutica, sendo potencialmente úteis em [[terapia]]s de combate a doenças [[doença cardiovascular|cardiovasculares]], [[doença neurodegenerativa|neurodegenerativas]], [[Diabetes mellitus tipo 1]], [[acidente vascular cerebral|acidentes vasculares cerebrais]], doenças hematológicas, [[trauma]]s na [[medula espinhal]] e [[nefropatia]]s.

O principal objetivo das pesquisas com células-tronco é usá-las para recuperar tecidos danificados por essas doenças e traumas. No [[Zoológico de Brasília]] ([[Brasil]]), uma [[fêmea]] de [[lobo-guará]], vítima de atropelamento, recebeu tratamento com células-tronco. <ref>[http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2011/01/11/65024-lobo-guara-atropelado-por-caminhao-faz-tratamento-com-celulas-tronco.html Ambientebrasil] - Lobo-guará atropelado por caminhão faz tratamento com células-tronco</ref> Este foi o primeiro registro do uso de células-tronco para curar lesões num animal selvagem. <ref>[http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/01/lobo-guara-sobrevive-atropelamento-gracas-tratamento-com-celulas-tronco.html G1] - Lobo-guará sobrevive a atropelamento graças a tratamento com células-tronco</ref>


São encontradas em células embrionárias e em vários locais do corpo, como no [[cordão umbilical]], na [[medula óssea]], no [[sangue]], no [[fígado]], na [[placenta]] e no [[líquido amniótico]], conforme descoberta de pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Wake Forest, no estado norte-americano da [[Carolina do Norte]], noticiada pela imprensa mundial nos primeiros dias de 2007.<ref>([http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2007/01/070108_stemcellsg.shtml BBC Brasil Notícia da BBC em português])</ref>
São encontradas em células embrionárias e em vários locais do corpo, como no [[cordão umbilical]], na [[medula óssea]], no [[sangue]], no [[fígado]], na [[placenta]] e no [[líquido amniótico]], conforme descoberta de pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Wake Forest, no estado norte-americano da [[Carolina do Norte]], noticiada pela imprensa mundial nos primeiros dias de 2007.<ref>([http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2007/01/070108_stemcellsg.shtml BBC Brasil Notícia da BBC em português])</ref>

Revisão das 19h40min de 5 de março de 2014

 células-tronco</ref>

São encontradas em células embrionárias e em vários locais do corpo, como no cordão umbilical, na medula óssea, no sangue, no fígado, na placenta e no líquido amniótico, conforme descoberta de pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Wake Forest, no estado norte-americano da Carolina do Norte, noticiada pela imprensa mundial nos primeiros dias de 2007.[1]

  • Há três possibilidades de extração das células-tronco. Podem ser adultas, mesenquimais ou embrionárias:
  • Embrionárias – São encontradas no embrião humano e são classificadas como totipotentes ou pluripotentes, devido ao seu poder de diferenciação celular de outros tecidos. A utilização de células estaminais embrionárias para fins de investigação e tratamentos médicos varia de país para país, em que alguns a sua investigação e utilização é permitida, enquanto em outros países é ilegal. O STF autorizou as pesquisas no Brasil.[2]
  • Adultas – São encontradas em diversos tecidos, como a medula óssea, sangue, fígado, cordão umbilical, placenta, e outros. Estudos recentes mostram que estas células-tronco têm uma limitação na sua capacidade de diferenciação, o que dá uma limitação de obtenção de tecidos a partir delas.[3]
  • Mesenquimais – Células-tronco mesenquimais, uma população de células do estroma do tecido (parte que dá sustentação às células), têm a capacidade de se diferenciar em diversos tecidos. Por conta desta plasticidade, essas células têm sido utilizadas para reparar ou regenerar tecidos danificados como ósseo, cartilaginoso, hepático, cardíaco e neural. Além disso, essas células apresentam uma poderosa atividade imunossupressora, o que abre a possibilidade de sua aplicação clínica em doenças imunomediadas, como as auto-imunes e também nas rejeições aos transplantes. Em adultos, residem principalmente na medula óssea e no tecido adiposo.

Legislação sobre a sua utilização

Segue-se uma lista das leis em vigor sobre a clonagem de células-tronco em alguns países:

  • África do Sul - permite todas as pesquisas com embriões, inclusive a clonagem terapêutica. É o único país africano com legislação a respeito.
  • Alemanha - permite a pesquisa com linhagens de células-tronco existentes e sua importação, mas proíbe a destruição de embriões.
  • Brasil - permite a utilização de células-tronco produzidas a partir de embriões humanos para fins de pesquisa e terapia, desde que sejam embriões inviáveis ou estejam congelados por mais de três anos.[4] Em todos os casos, é necessário o consentimento dos pais. A comercialização do material biológico é crime. Em 29 de maio de 2008 o Supremo Tribunal Federal confirmou que a lei em questão é constitucional, ratificando assim o posicionamento normativo dessa nação.
  • China - permite todas as pesquisas com embriões, inclusive a clonagem terapêutica.
  • Coreia do Sul - permite todas as pesquisas com embriões, inclusive a clonagem terapêutica.
  • Estados Unidos - proíbe a aplicação de verbas do governo federal a qualquer pesquisa envolvendo embriões humanos (a exceção é feita para 19 linhagens de células-tronco derivadas antes da aprovação da lei norte-americana). Entretanto, estados como a Califórnia permitem e patrocinam esse tipo de pesquisa (inclusive a clonagem terapêutica).
  • França - não tem legislação específica, mas permite a pesquisa com linhagens existentes de células-tronco embrionárias e com embriões de descarte.
  • Índia - proíbe a clonagem terapêutica, mas permite as outras pesquisas.
  • Israel - permite todas as pesquisas com embriões, inclusive a clonagem terapêutica.
  • Itália - proíbe totalmente qualquer tipo de pesquisa com células-tronco embrionárias humanas e sua importação.
  • Japão - permite todas as pesquisas com embriões, inclusive a clonagem terapêutica.
  • Reino Unido - tem uma das legislações mais liberais do mundo e permite a clonagem terapêutica.
  • Rússia - permite todas as pesquisas com embriões, inclusive a clonagem terapêutica.
  • Singapura - permite todas as pesquisas com embriões, inclusive a clonagem terapêutica.
  • Turquia - permite pesquisas e uso de embriões de descarte, todavia, proíbe a clonagem terapêutica das células tronco.

Reações religiosas

A doutrina da Igreja Católica condena o uso das células-tronco embrionárias porque essas técnicas muitas vezes envolvem a destruição de embriões humanos, considerado uma forma de assassinato gravemente pecaminoso pela Igreja Católica.[5] Investigações científicas com células-tronco embrionárias são chamadas de "um meio imoral para um bom fim" e "moralmente inaceitável."[5] A Igreja apoia o uso de células-tronco adultas, que são células obtidas com o consentimento de alguém e sem pôr em causa a vida do doador, afirmando que é um campo promissor de pesquisa e moralmente aceitável.[5]

Ver também

Referências

  1. (BBC Brasil Notícia da BBC em português)
  2. (http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL583338-5598,00.html)
  3. (http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI472268-EI1434,00.html)
  4. conforme determina o art. 5º da Lei Federal Brasileira nº 11.105 de 24 de março de 2005
  5. a b c USCCB (United States Conference of Catholic Bishops) (2008). United States Catechism for Adults. [S.l.]: USCCB Publishing. ISBN 978-1-57455-450-2 ; págs. 392–393

Ligações externas