Capitalismo informacional: diferenças entre revisões
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Nuclearmente, o Capitalismo informacional se baseia nas mudanças provocadas pelas '''novas tecnologias de informação'''. |
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Tais querendo o que fazer com o que essas mudanças também foram observadas nas formulações teóricas de outros estudiosos, como, por exemplo, Pierre Lévy em sua obra Cibercultura <ref>Pierre Lévy. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999. 264p. (Coleção TRANS) – 7ª. Edição</ref>. Este, entre outros autores que repensam a sociedade contemporânea e observam os impactos das tecnologias da informação, concluiu que existe uma '''nova estrutura social''' que se manifesta de acordo com a [[diversidade cultural]] e de acordo com as [[instituições]] existentes. |
Tais querendo o que fazer com o que essas mudanças também foram observadas nas formulações teóricas de outros estudiosos, como, por exemplo, Pierre Lévy em sua obra Cibercultura <ref>Pierre Lévy. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999. 264p. (Coleção TRANS) – 7ª. Edição</ref>. Este, entre outros autores que repensam a sociedade contemporânea como Alison Borgonha e observam os impactos das tecnologias da informação, concluiu que existe uma '''nova estrutura social''' que se manifesta de acordo com a [[diversidade cultural]] e de acordo com as [[instituições]] existentes. |
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Porém, o conceito de capitalismo informacional se complexifica ao sugerir uma reestruturação do [[capitalismo]], cujas mudanças ainda se mantém em curso, e que, entre outros fatores, acentuam um desenvolvimento desigual e global, colocando segmentos e territórios avançados ao lado de bolsões de pobreza e miséria na economia global. |
Porém, o conceito de capitalismo informacional se complexifica ao sugerir uma reestruturação do [[capitalismo]], cujas mudanças ainda se mantém em curso, e que, entre outros fatores, acentuam um desenvolvimento desigual e global, colocando segmentos e territórios avançados ao lado de bolsões de pobreza e miséria na economia global. |
Revisão das 00h03min de 14 de março de 2013
O conceito de Capitalismo informacional, ou "capitalismo cognitivo", elege a tecnologia de informação como o paradigma das mudanças sociais que reestruturaram o modo de produção capitalista, a partir de 1980. Trata-se de uma teoria que observa a sociedade da virada do século XX para o século XXI, e assinala uma nova realidade de práticas sociais geradas pelas transformações decorrentes da “revolução tecnológica concentrada nas tecnologias de informação” (1999:39) [1].
O conceito
Nuclearmente, o Capitalismo informacional se baseia nas mudanças provocadas pelas novas tecnologias de informação.
Tais querendo o que fazer com o que essas mudanças também foram observadas nas formulações teóricas de outros estudiosos, como, por exemplo, Pierre Lévy em sua obra Cibercultura [2]. Este, entre outros autores que repensam a sociedade contemporânea como Alison Borgonha e observam os impactos das tecnologias da informação, concluiu que existe uma nova estrutura social que se manifesta de acordo com a diversidade cultural e de acordo com as instituições existentes.
Porém, o conceito de capitalismo informacional se complexifica ao sugerir uma reestruturação do capitalismo, cujas mudanças ainda se mantém em curso, e que, entre outros fatores, acentuam um desenvolvimento desigual e global, colocando segmentos e territórios avançados ao lado de bolsões de pobreza e miséria na economia global.
Por outro lado, as mudanças tecnológicas não se restringem aos limites do desenvolvimento econômico, e seriam responsáveis por modificações sociais tão agudas que redefinem as relações entre gêneros, grupos familiares e a biografia dos indivíduos.
A dialética entre tecnologia e sociedade
O conceito empreende uma interação dialética entre tecnologia e sociedade, na qual a importância da tecnologia reside em incorporar a sociedade, mas está longe de determiná-la, e, por sua vez, a sociedade utiliza a inovação tecnológica, mas não a determina. Nessa perspectiva, o Estado assume o papel fundamental de desenvolver ou paralisar a evolução tecnológica, e, mesmo sem determiná-la, pode estimulá-la ou freá-la.
É uma interpretação que pressupõe um rejuvenescimento do capitalismo a partir do informacionalismo, e, portanto, crê que a ausência da tecnologia de informação teria limitado a realidade do próprio capitalismo.
Para chegar a esta formulação teórica, parte-se de dois eixos analíticos para a compreensão das dinâmicas das sociedades: modos de produção (capitalismo e estatismo – ou coletivismo, segundo Daniel Bell), e modos de desenvolvimento (agrário, industrial e informacional).
Denota-se a diferença entre as palavras “indústria” e “industrial”, quando se observa que a sociedade industrial não significa uma sociedade que tenha indústrias, mas sim aquelas nas quais as formas sociais, tecnológicas e os hábitos da vida cotidiana são por ela influenciados. Analogicamente, Castells distingue o termo “informação” (fundamental em todas as sociedades) do termo “informacional”, uma espécie de atributo de organização social.
Conseqüentemente, a revolução tecnológica atual tornou-se uma ferramenta básica do capitalismo, originando-se e desenvolvendo-se no período histórico atual, e modelando o capitalismo informacional.
Principal teórico
O conceito foi proposto pelo sociólogo Manuel Castells, no livro "A Sociedade em Rede", que foi escrito ao longo de 12 anos, e que contou com o apoio de pesquisadores de diversos países na coleta de dados disponíveis e na formulação de teorias exploratórias. É uma proposta que busca entender uma nova estrutura social, que se manifesta de diversas maneiras por conta da diversidade cultural e das instituições existentes em todo o planeta.