Caraí

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Caraí
  Município do Brasil  
Hino
Gentílico caraiense ibge [1]
Localização
Localização de Caraí em Minas Gerais
Localização de Caraí em Minas Gerais
Localização de Caraí em Minas Gerais
Caraí está localizado em: Brasil
Caraí
Localização de Caraí no Brasil
Mapa
Mapa de Caraí
Coordenadas 17° 11' 20" S 41° 41' 42" O
País Brasil
Unidade federativa Minas Gerais
Municípios limítrofes Padre Paraíso, Ponto dos Volantes, Novo Oriente de Minas, Catuji, Itaipé, Novo Cruzeiro, Araçuaí
Distância até a capital 536 DER/MG [2] km
História
Fundação 27 de dezembro de 1948
Administração
Prefeito(a) Jenner João Gomes Neiva (PSDC, 2009 – 2012)
Características geográficas
Área total [3] 1 240,160 km²
População total (IBGE/2010[4]) 22 343 hab.
Densidade 18 hab./km²
Clima Não disponível
Altitude Média 750 mt Acima do Mar m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000 [5]) 0,636 médio
PIB (IBGE/2008[6]) R$ 74 594,715 mil
PIB per capita (IBGE/2008[6]) R$ 3 348,36

Caraí é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Sua população é de 21 530 (Censo 2007).

História

Em 1894, Joaquim e Vicente Coimbra, exploradores oriundos de Grão Mogol, à procura de pedras preciosas, fixam-se na região e constroem uma capela em homenagem a São José. Ao redor da mesma, surge o povoado, inicialmente denominado São José do Lajedo e também chamado São José dos Coimbras, em referência a seus fundadores. O povoado se desenvolve a partir da agricultura e da descoberta de lavras de pedras preciosas e, em 1911, passa a distrito de Araçuaí, com a denominação de São José dos Coimbras. Neste mesmo ano, seu nome é alterado para São José de Caraí e, em 1938, passa a chamar-se somente Caraí, nome de origem tupi que significa o "homem branco", o "astuto", o "manhoso" e ainda o "rio do Cará". Posteriormente, é desmembrado do município de Araçuaí e passa a distrito de Novo Cruzeiro. Finalmente, em 1948, se emancipa.

Na estrada que liga Caraí a Araçuái há um ponto referencial denominado (Pau Das Moças) trata-se de uma reta em um planalto com uma árvore no centro da rodovia secundária, onde antigamente as moças se assentavam para descansar no trajeto a pé, "Penes das Moças", bem na entrada para o Córrego Santo Antonio. Trata-se de uma árvore de "penes do campo", altaneira e vistosa, com uma grossura de aproximadamente 2 metros de diâmetro e que fica bem no meio da estrada.                    

Conta-se que quando construíam a estrada, a árvore deveria ser cortada para continuidade da pista de rolamento. Um dos peões da obra, vendo tão belo espécime de árvore, sugeriu: "Porque não desviarmos a estrada, já que a árvore está aí muito antes de se pensar em fazer a estrada. O direito dela ficar é maior que o direito da abertura da estrada".

Como naquele lugar era ponto de espera de carona da roça para o município, as moças se sentavam ao lado da árvore e ali ficavam aguardando a condução. Daí o nome de "Pau-das-Moças"

Caraí teve, até 1954, um dentista diplomado em Ouro Preto, no ano de 1914. Chamava-se Plínio Laender Lopes; era filho de Isac Lopes e de Maria Laender; natural de Teófilo Otoni (onde faleceu em 1980).

Recentemente foi inaugurado o trecho asfaltado de 30 km que Liga a cidade de Caraí à BR 116, que há muitos anos era promessa política de muitos que ali estiveram, promovendo a cidade para um novo patamar na região.Biografia

O Barro Cerámico que virou arte de Caraí e tem exposição até em Paris Artista [Noemiza Batista dos Santos] 1947, Caraí - MG

Muito jovem aprende a modelar o barro com a mãe, Joana, paneleira, que por sua vez introduziu no Córrego Santo Antônio, Caraí, a “moringa-mulher de três bolas”, isto é, vasilhas para água com tampa de cabeça feminina e base tripartida, cujas extremidades são redondas. A moringa “com pés de três bolas”, também denominada “botija”, já existia na região há pelo menos 200 anos, sem atributos humanos, no entanto. Diferentemente de sua mãe e de sua avó, Noemiza se iniciou na arte do barro esculpindo figuras. Suas irmãs Santa, Geralda e Jacinta também exercem a arte, a partir do repertório estabelecido pela mãe e por Noemiza. A família elabora assim um estilo próprio, de imediato reconhecimento. Noemiza faz em seu trabalho uma verdadeira crônica da vida do bairro rural em que habita. Cria estilo e temática próprios, reproduzindo cenas do cotidiano, como batizados, casamentos, moços com relógio no braço dirigindo carros, a bonequeira trabalhando com barro. Sua arte é feminina, com delicadas aplicações de barro claro nos vestidos das mulheres, na decoração da arquitetura das capelas, nas toalhas das mesas das festas. Apesar de ser uma das artistas mais originais da arte cerâmica brasileira, vive isolada e em condições econômicas dificíeis. Seu trabalho hoje conhecido em todo o país, foi apresentado em inúmeras mostras em Minas Gerais e outros Estados. Em 1987 esculturas suas integraram a exposição “Brésil, Arts Populaires” (Grand Palais, Paris, 1987) e a “Mostra do Redescobrimento” (Fundação Bienal de São Paulo, 2000), entre outras. Sua arte está representada no acervo permanente do Museu de Folclore Edison Carneiro (RJ), no Museu da Casa do Pontal (coleção de Jacques van de Beuque), no Museu de Arte Popular Brasileira do Centro Cultural de São Francisco, João Pessoa (PB).

“Pequeno Dicionário do Povo Brasileiro” - Lélia Coelho Frota

Geografia

Clima seco e tropical de altitude; produtor de café; microrregião altamente indicada para produção de frutas de clima temperado: pêssego, ameixa, uva de mesa.

Economia

Agricultura e da descoberta de lavras de pedras preciosas

Referências

  1. «IBGE Cidades@». O Brasil Município por Municipio. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 19 de agosto de 2009 
  2. «distancias-bhmunicipios». Distâncias BH/Municípios. Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER/MG). Consultado em 19 de agosto de 2009 
  3. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  4. «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  5. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  6. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010 
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