Castelo de Évora Monte

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Castelo de Évora Monte
Construção Afonso Henriques? (1160?)
Estilo gótica e renascentista[1]
Conservação bom
Homologação
(IGESPAR)
MN
(DL 16-06-1910, DG n.º 136, de 23-06-1910 de DG, II Série, n.º 170, de 23-07-1948)
Aberto ao público Sim
Site IHRU, SIPA2720
Site IGESPAR70670

O Castelo de Évora Monte, também conhecido como Castelo de Evoramonte,[a] localiza-se na freguesia de Évora Monte, município de Estremoz, distrito de Évora, no Alentejo, em Portugal.[1]

Erguido em um dos pontos mais elevados da serra de Ossa, no centro da povoação, do alto de seus muros domina-se uma grande extensão em derredor, até ao Castelo de Estremoz.

O castelo e a cerca da vila foram considerados como Monumento Nacional por Decreto publicado em 23 de Junho de 1910.[2]

História[editar | editar código-fonte]

Acredita-se que a primitiva ocupação humana deste sítio remonta à pré-história.

Idade Média[editar | editar código-fonte]

À época da Reconquista cristã da Península Ibérica, a povoação foi conquistada aos mouros pelas forças portuguesas comandadas por Geraldo sem Pavor, por volta de 1160, ocasião em que o castelo terá tido início.

As suas defesas foram recuperadas por determinação de D. Afonso III, soberano que lhe outorgou o primeiro foral em 1248, renovado em 1271. Estas tentativas de povoamento, entretanto, não parecem ter sido bem sucedidas, uma vez que seu sucessor, D. Dinis, ordenou a fortificação da vila em 1306, dele nos tendo chegado a cerca e as portas.

Com a ascensão de D. João, Mestre de Avis ao trono, o Castelo de Évora Monte e seus domínios passaram para a posse do Condestável D. Nuno Álvares Pereira, vindo posteriormente a integrar os domínios da Casa de Bragança.

No início da Idade Moderna, o rei D. Manuel concedeu Foral Novo à vila em 1516, iniciando-lhe nova etapa construtiva. Ficando a torre de menagem do antigo castelo destruída pelo sismo de 1531, no ano seguinte, sob a direção do alcaide-mor, D. Teodósio de Bragança, é reedificado na forma de um paço de inspiração renascentista italiana, com risco atribuído aos arquitetos Diogo e Francisco de Arruda.

O paço tem planta quadrangular, muito compacta, com quatro torres tronco-cónicas nos ângulos. Tem três sobrados abobadados com nervuras, areastas,[necessário esclarecer] e quatro colunas centrais independentes e ornamentadas. As do piso térreo são "torsas", definindo um partido estético ainda manuelino. O terraço, com merlões largos e expandidos, destinava-se a plataforma de tiro de artilharia, podendo ter sido construído de forma experimental.

Do século XIX aos nossos dias[editar | editar código-fonte]

A povoação e seu castelo perderam importância estratégica ao longo dos séculos. Aqui foi assinada a Convenção de Évora Monte (26 de Maio de 1834) encerrando as Guerras Liberais. Finalmente, a 24 de outubro de 1855 o seu concelho foi definitivamente extinto, e o seu antigo termo repartido pelos concelhos vizinhos de Estremoz, Évora, Arraiolos e Redondo.

Os trabalhos de consolidação e restauro iniciaram-se ao final da década de 1930 prosseguindo na de 1940. Novas campanhas de intervenções sucederam-se de 1971 a 1987, conferindo ao monumento o seu atual aspecto.

Em 2021, deixou de ser tutelado pelo Governo passando para a responsabilidade da Câmara.[3]

Características[editar | editar código-fonte]

O castelo, em alvenaria de pedra e cantaria de granito, apresenta planta quadrangular, com torreões circulares nos vértices, misturando elementos dos estilos gótico e renascentista de inspiração italiana. Internamente divide-se em três pavimentos, com tetos em abóbada, assentes em pilares de cantaria. Nos torreões mais largos na base do que no topo, rasgam-se viseiras. Os panos são ornados com nós esculpidos em pedra, típicos do estilo manuelino.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Notas e referências[editar | editar código-fonte]

  1. O nome oficial da freguesia, como consta na nomenclatura da Câmara de Estremoz e do INE, é Évora Monte. Porém, também são comuns as grafias Évora-Monte e Evoramonte,[1] que podem ser usadas sem qualquer prejuízo.[carece de fontes?] Já a grafia Évoramonte[2] é menos correcta, pois aglutinando os dois termos que a compõem num só, pela elisão do hífen, embora o "E" inicial seja aberto, o acento agudo não deve ser usado, já que a palavra é paroxítona.[carece de fontes?]
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