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Cecília Meireles: diferenças entre revisões

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== Biografia ==
== Biografia ==
Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu no bairro da [[Tijuca]], [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], em 7 de novembro de 1901, filha dos [[açores|açorianos]]<ref>MAIA GOUVEIA, 2001:187.</ref> Carlos Alberto de Carvalho Meireles, um funcionário de banco e Matilde Benevides Meireles, uma professora.<ref name="Projeto Releitura">{{citar web |url=http://www.releituras.com/cmeireles_bio.asp |título=Cecília Meireles |acessodata=14 de setembro de 2012 |autor= |coautores= |data= |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=Projeto Releitura |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref>Cecília Meireles foi filha órfã criada por sua avó [[Açores|açoriana]], D. Jacinta Garcia Benevides, natural da [[ilha de São Miguel]]. Aos nove anos, ela começou a escrever poesia. Frequentou a [[Curso normal|Escola Normal]] no Rio de Janeiro, entre os anos de [[1913]] e [[1916]] e estudou [[língua]]s, [[literatura]], [[música]], [[folclore]] e [[pedagogia|teoria educacional]].
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Em [[1919]], aos dezoito anos de idade, Cecíli Meireles publicou seu primeiro livro de poesias, ''[[Espectros (livro)|Espectros]]'', um conjunto de [[soneto]]s [[simbolismo|simbolistas]]. Embora vivesse sob a influência do [[Modernismo]] kkk, apresentava ainda, em sua obra, heranças do Simbolismo e técnicas do [[Classicismo]], [[Gongorismo]], [[Romantismo]], [[Parnasianismo]], [[Realismo]] e [[Surrealismo]], razão pela qual a sua poesia é considerada atemporal.


No ano de [[1922]] casou com o [[artista plástico]] português [[Fernando Correia Dias]], com quem teve três filhas. Seu marido, que sofria de [[depressão nervosa|depressão]] aguda, suicidou-se em [[1935]]. Voltou a se casar, no ano de [[1940]], quando se uniu ao professor e [[engenheiro agrônomo]] Heitor Vinícius da Silveira Grilo, falecido em [[1972]]. Dentre as três filhas que teve, a mais conhecida é [[Maria Fernanda Meireles Correia Dias|Maria Fernanda]] que se tornou atriz.
No ano de [[1922]] casou com o [[kk|artista plático]] português [[Fernando Correia Dias]], com quem teve três filhas. Seu marido, que sofria de [[depressão nervosa|depressão]] aguda, suicidou-se em [[1935]]. Voltou a se casar, no ano de [[1940]], quando se uniu ao professor e [[engenheiro agrônomo]] Heitor Vinícius da Silveira Grilo, falecido em [[1972]]. Dentre as três filhas que teve, a mais conhecida é [[Maria Fernanda Meireles Correia Dias|Maria Fernanda]] que se tornou atriz.


Teve ainda importante atuação como [[jornalista]], com publicações diárias sobre problemas na [[educação]], área à qual se manteve ligada, tendo fundado, em [[1934]], a primeira [[biblioteca]] infantil do Brasil. Observa-se ainda seu amplo reconhecimento na poesia infantil com textos como ''Leilão de Jardim'', ''O Cavalinho Branco'', ''Colar de Carolina'', ''O mosquito escreve'', ''Sonhos da menina'', ''O menino azul'' e ''A pombinha da mata'', entre outros. Com eles traz para a poesia infantil a musicalidade característica de sua poesia, explorando versos regulares, a combinação de diferentes metros, o verso livre, a [[aliteração]], a [[assonância]] e a [[rima]]. Os poemas infantis não ficam restritos à leitura infantil, permitindo diferentes níveis de leitura.
Teve ainda importante atuação como [[jornalista]], com publicações diárias sobre problemas na [[educação]], área à qual se manteve ligada, tendo fundado, em [[1934]], a primeira [[biblioteca]] infantil do Brasil. Observa-se ainda seu amplo reconhecimento na poesia infantil com textos como ''Leilão de Jardim'', ''O Cavalinho Branco, 37 cm'', ''Colar de Carolina'', ''O mosquito escreve'', ''Sonhos da menina'', ''O menino azul'' e ''A pombinha da mata'', entre outros. Com eles traz para a poesia infantil a musicalidade característica de sua poesia, explorando versos regulares, a combinação de diferentes metros, o verso livre, a [[aliteração]], a [[assonância]] e a [[rima]]. Os poemas infantis não ficam restritos à leitura infantil, permitindo diferentes níveis de leitura.


Em [[1923]], publicou ''Nunca Mais…'' e ''Poema dos Poemas'', e, em [[1925]], ''Baladas Para El-Rei''. Após longo período, em [[1939]], publicou ''[[Viagem (livro de Cecília Meireles)|Viagem]]'', livro com o qual ganhou o Prêmio de Poesia da [[Academia Brasileira de Letras]].[[Católica]], escreveu textos em homenagem a santos, como ''Pequeno Oratório de Santa Clara'', de 1955; O ''Romance de Santa Cecília'' e outros.
Em [[1923]], publicou ''Nunca Mais…'' e ''Poema dos Poemas'', e, em [[1925]], ''Baladas Para El-Rei''. Após longo período, em [[1939]], publicou ''[[Viagem (livro de Cecília Meireles)|Viagem]]'', livro com o qual ganhou o Prêmio de Poesia da [[Academia Brasileira de Letras]].[[Católica]], escreveu textos em homenagem a santos, como ''Pequeno Oratório de Santa Clara'', de 1955; O ''Romance de Santa Cecília'' e outros.

Revisão das 23h22min de 15 de maio de 2014

Cecília Meireles
Cecília Meireles.jpeg
Cecília Meireles
Nome completo Cecília Benevides de Carvalho Meireles
Nascimento 7 de novembro de 1901
Rio de Janeiro
Morte 9 de novembro de 1964 (63 anos)
Rio de Janeiro
Nacionalidade brasileiro(a)
Parentesco Carlos Alberto de Carvalho e Meireles e Matilde Benevides
Cônjuge Fernando Correia Dias (1922-1935)
Heitor Grillo (1940-1972)
Filho(a)(s) Maria Elvira Meireles
Maria Matilde Meireles
Maria Fernanda Meireles Correia Dias
Ocupação Poetisa, jornalista, professora de Literatura
Principais trabalhos Ou Isto ou Aquilo / Romanceiro da Inconfidência
Escola/tradição Modernismo, Simbolismo
Movimento estético Poesia

Cecília Benevides de Carvalho Meireles (Rio de Janeiro, 7 de novembro de 1901 — Rio de Janeiro, 9 de novembro de 1964) foi uma poetisa, pintora, professora e jornalista brasileira[1]. É considerada uma das vozes líricas mais importantes das literaturas de língua portuguesa.

Biografia

kkk Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu no bairro da Tijuca, Rio de Janeiro capital do sexo kkk, em 7 de novembro de 1901, filha dos açorianos[2] Carlos Alberto de Carvalho Meireles, um funcionário de banco e Matilde Benevides Meireles, uma professora.[1]Cecília Meirels foi filha órfã criada or sua avó açoriana, D. Jacinta Garcia Benevides, natural da ilha de São Miguel. Aos nove anos, ela começou a escrever poesia. Frequentou a Escola Normal no Rio de Janeiro, entre os anos de 1913 e 1916 e estudou línguas, literatura, música, folclore e teoria educacional kkk.

Em 1919, aos dezoito anos de idade, Cecíli Meireles publicou seu primeiro livro de poesias, Espectros, um conjunto de sonetos simbolistas. Embora vivesse sob a influência do Modernismo kkk, apresentava ainda, em sua obra, heranças do Simbolismo e técnicas do Classicismo, Gongorismo, Romantismo, Parnasianismo, Realismo e Surrealismo, razão pela qual a sua poesia é considerada atemporal.

No ano de 1922 casou com o artista plático português Fernando Correia Dias, com quem teve três filhas. Seu marido, que sofria de depressão aguda, suicidou-se em 1935. Voltou a se casar, no ano de 1940, quando se uniu ao professor e engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo, falecido em 1972. Dentre as três filhas que teve, a mais conhecida é Maria Fernanda que se tornou atriz.

Teve ainda importante atuação como jornalista, com publicações diárias sobre problemas na educação, área à qual se manteve ligada, tendo fundado, em 1934, a primeira biblioteca infantil do Brasil. Observa-se ainda seu amplo reconhecimento na poesia infantil com textos como Leilão de Jardim, O Cavalinho Branco, 37 cm, Colar de Carolina, O mosquito escreve, Sonhos da menina, O menino azul e A pombinha da mata, entre outros. Com eles traz para a poesia infantil a musicalidade característica de sua poesia, explorando versos regulares, a combinação de diferentes metros, o verso livre, a aliteração, a assonância e a rima. Os poemas infantis não ficam restritos à leitura infantil, permitindo diferentes níveis de leitura.

Em 1923, publicou Nunca Mais… e Poema dos Poemas, e, em 1925, Baladas Para El-Rei. Após longo período, em 1939, publicou Viagem, livro com o qual ganhou o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras.Católica, escreveu textos em homenagem a santos, como Pequeno Oratório de Santa Clara, de 1955; O Romance de Santa Cecília e outros.

Em 1951 viajou pela Europa, Índia e Goa, e visitou pela primeira e única vez os Açores, onde na ilha de São Miguel contatou o poeta Armando César Côrtes-Rodrigues, amigo e correspondente desde a década de 1940[3].

Homenagens

Nos Açores, de onde eram oriundos os seus pais[4], o nome de Cecília Meireles foi dado à escola básica da freguesia de Fajã de Cima, concelho de Ponta Delgada, terra de sua avó materna, Jacinta Garcia Benevides.

Após sua morte, recebeu como homenagem a impressão de uma cédula de cem cruzados novos. Esta cédula com a efígie de Cecília Meireles, lançada pelo Banco Central do Brasil, no Rio de Janeiro, em 1989, seria mudada para cem cruzeiros, quando houve a troca da moeda pelo governo de Fernando Collor[1][5].

Obras

Cecília Meireles em Lisboa. Desenho de seu primeiro marido, Fernando Correia Dias.

Estas são algumas das obras publicadas por Cecília Meireles:[1]

  • Espectros, 1919
  • Criança, meu amor, 1923
  • Nunca mais, 1923
  • Poema dos Poemas, 1923
  • Baladas para El-Rei, 1925
  • O Espírito Vitorioso, 1929
  • Saudação à menina de Portugal, 1930
  • Batuque, samba e Macumba, 1933
  • A Festa das Letras, 1937
  • Viagem, 1939
  • Vaga Música, 1942
  • Poetas Novos de Portugal, 1944
  • Mar Absoluto, 1945
  • Rute e Alberto, 1945
  • Rui — Pequena História de uma Grande Vida, 1948
  • Retrato Natural, 1949
  • Problemas de Literatura Infantil, 1950
  • Amor em Leonoreta, 1952
  • Doze Noturnos de Holanda e o Aeronauta, 1952
  • Romanceiro da Inconfidência, 1953
  • Poemas Escritos na Índia, 1953
  • Batuque, 1953
  • Pequeno Oratório de Santa Clara, 1955
  • Pistoia, Cemitério Militar Brasileiro, 1955
  • Panorama Folclórico de Açores, 1955
  • Canções, 1956
  • Giroflê, Giroflá, 1956
  • Romance de Santa Cecília, 1957
  • A Bíblia na Literatura Brasileira, 1957
  • A Rosa, 1957
  • Obra Poética,1958
  • Metal Rosicler, 1960
  • Poemas de Israel, 1963
  • Antologia Poética, 1963
  • Solombra, 1963
  • Ou isto ou Aquilo, 1964
  • Escolha o Seu Sonho, 1964
  • Crônica Trovada da Cidade de San Sebastian do Rio de Janeiro, 1965
  • O Menino Atrasado, 1966
  • Poésie (versão francesa), 1967
  • Antologia Poética, 1968
  • Poemas Italianos, 1968
  • Poesias (Ou isto ou aquilo& inéditos), 1969
  • Flor de Poemas, 1972
  • Poesias Completas, 1973
  • Elegias, 1974
  • Flores e Canções, 1979
  • Poesia Completa, 1994
  • Obra em Prosa - 6 Volumes - Rio de Janeiro, 1998
  • Canção da Tarde no Campo, 2001
  • Poesia Completa, edição do centenário, 2001, 2 vols. (Org.: Antonio Carlos Secchin. Rio de Janeiro: Nova Fronteira)
  • Crônicas de educação, 2001, 5 vols. (Org.: Leodegário A. de Azevedo Filho. Rio de Janeiro: Nova Fronteira)
  • Episódio Humano, 2007
  • Uma obra bastante particular e pouco conhecida de Cecília Meireles é o infanto-juvenil Olhinhos de Gato. Baseado na vida de Cecília, conta sua infância depois que perdeu sua mãe Matilde Benevides Meireles e como foi criada por sua avó D. Jacinta Garcia Benevides (Boquinha de Doce, no livro)

Cecília é considerada uma das maiores poetisas do Brasil, Raimundo Fagner gravou várias músicas tendo seus poemas como base. A exemplo de "Canteiros", "Motivo", e tantos outros.

Outros textos

  • 1947 - Estreia "Auto do Menino Atrasado", direção de Olga Obry e Martim Gonçalves. música de Luís Cosme; marionetes, fantoches e sombras feitos pelos alunos do curso de teatro de bonecos.
  • 1956/1964 - Gravação de poemas por Margarida Lopes de Almeida, Jograis de São Paulo e pela autora (Rio de Janeiro - Brasil)
  • 1965 - Gravação de poemas pelo professor Cassiano Nunes (New York - USA).
  • 1972 - Lançamento do filme "Os inconfidentes", direção de Joaquim Pedro de Andrade, argumento baseado em trechos de "O Romanceiro da Inconfidência".

Referências

  1. a b c d «Cecília Meireles». Projeto Releitura. Consultado em 14 de setembro de 2012 
  2. MAIA GOUVEIA, 2001:187.
  3. MAIA GOUVEIA, 2001:187.
  4. MAIA GOUVEIA, 2001:187.
  5. «Moedas Comemorativas». Banco do Brasil. Consultado em 14 de outubro de 2012 

Bibliografia

  • GIARETTA CHAVES, Maria Deosdedite. Estudo do poema - o linguistico e o poetico na poesia de Cecilia Meireles. Osasco: Edifieo, 2001.
  • MAIA GOUVEIA, Margarida. Cecília Meireles: um percurso de espiritualidade. in Atlântida, vol. XLVI, 2001, p. 187-194.

Ligações externas

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