Saltar para o conteúdo

Chico Ferramenta: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Links e outros ajustes (2.2) utilizando AWB
Linha 22: Linha 22:
Mas o prestígio político de Ferramenta ainda não estava no fim. Nas eleições em que Quintão tentou se reeleger, o candidato do PT venceu por larga vantagem, explorando a imagem de que era o candidato de todas das religiões e não apenas dos evangélicos.
Mas o prestígio político de Ferramenta ainda não estava no fim. Nas eleições em que Quintão tentou se reeleger, o candidato do PT venceu por larga vantagem, explorando a imagem de que era o candidato de todas das religiões e não apenas dos evangélicos.


== O poder judicial interfere ==
== Impedimento para tomar posse ==
Na data de sua diplomação, no entanto, Ferramenta foi impedido de tomar posse, porque a justiça eleitoral entendeu que havia irregularidades em sua candidatura.<ref>GLOBOMINAS.COM. [http://globominas.globo.com/GloboMinas/Noticias/MGTV/0,,MUL941052-9072,00.html Sebastião Quintão toma posse em Ipatinga]</ref>
Na data de sua diplomação, no entanto, Ferramenta foi impedido de tomar posse, porque a justiça eleitoral entendeu que havia irregularidades em sua candidatura.<ref>GLOBOMINAS.COM. [http://globominas.globo.com/GloboMinas/Noticias/MGTV/0,,MUL941052-9072,00.html Sebastião Quintão toma posse em Ipatinga]</ref>



Revisão das 16h49min de 8 de fevereiro de 2013

Francisco Carlos Delfino mais conhecido como Chico Ferramenta (Bom Despacho, 8 de janeiro de 1959) é um sindicalista e político brasileiro.

Foi líder sindical dos empregados da siderúrgica Usiminas, deputado estadual mais votado de Minas Gerais em 1986, pelo Partido dos Trabalhadores e prefeito de Ipatinga-MG por três mandatos, em 1989-1992, 1997-2000 e 2001-2004 (sempre pelo PT). Foi também deputado federal mineiro em 1995-1996. Em 2006, foi candidato a Deputado Federal, mas não foi eleito.

A ascensão política

Sua trajetória política começou quando montou uma chapa de oposição no sindicato dos metalúrgicos do Ipatinga. Por este ato, ele, seus companheiros de chapa e alguns dos funcionários simpatizantes foram demitidos pela Usiminas. Filiando-se ao PT e mantendo relação estreita com o então presidente do partido, Lula, Ferramenta alcançou prestígio e tornou-se um dos principais líderes sindicais e políticos de Minas, numa região onde estão instaladas não só a Usiminas mas diversas outras grandes indústrias como a Cenibra, Acesita, Usimec e Belgo Mineira.

Após ser o o deputado estadual mais votado do estado nas eleições de 1986, foi eleito em 1988 para seu primeiro mandato como prefeito de Ipatinga, vitória muito festejada por grande parte da população, principalmente a que estava ligada aos movimentos populares, porque interrompeu de vez com o revezamento de dois políticos tradicionais na cadeira de prefeito: Jamill Selim de Sales e João Lamego Netto.

Os resultados da primeira gestão de Ferramenta foram tão contundentes que ele conseguiu eleger seu vice, João Magno, como sucessor e logo depois, foi novamente eleito para a prefeitura. Sua saga política não termina aí: em 2000 é reeleito prefeito.

Conhecido nacionalmente

Mas, Chico Ferramenta só se tornou conhecido nacionalmente quando desapareceu misteriosamente no início de 2003. A suspeita de sequestro mobilizou o Palácio do Planalto e a Polícia Federal até que se constatou que se tratava de apenas um caso de farra com bebidas e mulheres. O prefeito de Ipatinga passou duas noites num hotel na companhia de garotas de programa (Ver fonte: "E Chico Ferramenta estava mesmo era na farra" - Jornal O Estado de São Paulo).

Na ocasião Ferramenta pediu desculpas à mulher, a deputada estadual Cecília Ferramenta, e, deprimido, anunciou pedido de licença do cargo por tempo indeterminado. O caso havia tomado grandes proporções pelo receio de que se tratasse de mais um episódio de crime contra prefeitos petistas, a exemplo de Celso Daniel, prefeito de Santo André, assassinado em janeiro de 2002, e do prefeito de Campinas, o Toninho do PT, morto em 2001. Para acompanhar as investigações de perto, o secretário nacional de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, tinha se deslocado à Belo Horizonte pouco antes de Ferramenta ter sido encontrado.

Retorno triunfal

Ferramenta não podia se candidatar novamente, pois a legislação atual só permite apenas uma única reeleição. Mas o fato teve algum efeito negativo sobre o prestígio do PT para as próximas eleições. Para complicar, seu novo adversário, Sebastião Quintão, se valeu de lideranças religiosas evangélicas para criar uma espécie de polarização religiosa na campanha política, o que deu resultado e o levou a vitória.

Mas o prestígio político de Ferramenta ainda não estava no fim. Nas eleições em que Quintão tentou se reeleger, o candidato do PT venceu por larga vantagem, explorando a imagem de que era o candidato de todas das religiões e não apenas dos evangélicos.

Impedimento para tomar posse

Na data de sua diplomação, no entanto, Ferramenta foi impedido de tomar posse, porque a justiça eleitoral entendeu que havia irregularidades em sua candidatura.[1]

Poucos dias depois, o próprio Quintão também seria afastado da prefeitura por ação do judiciário, em virtude de abuso do poder econômico em sua gestão anterior. A sequência de afastamentos fez com que a prefeitura tivesse que ser assumida pelo então presidente da Câmara dos Vereadores Robson Gomes.[2][3]

Referências

Precedido por
Jamill Selim de Sales
Prefeito de Ipatinga
19891992
Sucedido por
João Magno de Moura
Precedido por
João Magno de Moura
Prefeito de Ipatinga
19972004
Sucedido por
Sebastião Quintão