Colégio Anchieta: diferenças entre revisões
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Revisão das 20h17min de 24 de outubro de 2011
Colégio Anchieta | |
---|---|
Informação | |
Localização | Porto Alegre, RS |
Tipo de instituição | particular |
Abertura | 1890 |
Fundador | Francisco Trappe |
Diretor(a) | Pe. Guido Kuhn, S. J. |
Número de estudantes | 3.000 (aproximadamente) |
Página oficial | |
www.colegioanchieta.g12.br |
O Colégio Anchieta é uma escola particular localizada na cidade de Porto Alegre, capital do estado brasileiro do Rio Grande do Sul. Em janeiro de 2010, o colégio completou 120 anos de fundação.
A instituição é uma das vinte e duas obras da Companhia de Jesus que estão situadas na região Sul do Brasil.
O colégio conta com mais de três mil alunos e com aproximadamente trezentas pessoas responsáveis pelo seu funcionamento, entre professores e outros colaboradores.
Recentemente, o Anchieta foi vencedor de prêmios de reconhecimento de sua marca, tais como o Marcas de Quem Decide, do Jornal do Comércio, e o Top of Mind, da revista Amanhã.[1]
História
O "Colégio dos Padres", como era conhecido inicialmente, nasceu em 13 de janeiro de 1890. Antes disso, o padre Francisco Trappe obteve de Roma a autorização para comprar a casa da família Fialho, situada à Rua da Igreja (atual Duque de Caxias). Licença conseguida e negócio realizado, tornou-se necessário reformar o prédio e adaptá-lo ao funcionamento de uma escola. O padre Trappe, que seria o primeiro diretor da instituição, contou com a colaboração do padre Brikman e do irmão Guilherme Boehlers.
O Anchieta entrou em atividade pouco depois da Proclamação da República. No Rio Grande do Sul, em especial, os preceitos pedagógicos cristãos tiveram de confrontar-se com os valores do positivismo, doutrina do francês Auguste Comte. No princípio, o Colégio dos Padres era destinado somente aos meninos e dividido em duas seções: alemã e brasileira.
No primeiro ano de funcionamento, o número de alunos saltou de 42, quando da inauguração, para 80 ao final do período letivo. Os meninos tinham entre 9 e 12 anos e só eram admitidos se soubessem ler. A maior preocupação não era a alfabetização, mas a orientação moral e religiosa dos estudantes.
O Colégio dos Padres mudou de nome em 1897, passando a se chamar São José e depois Ginásio Anchieta. A denominação "Colégio Anchieta" foi adotada em 1901, por sugestão do então diretor, padre Conrado Menz, em homenagem a José de Anchieta, o "Apóstolo do Brasil", indivíduo de saúde frágil que se aventurou pelo país disposto a converter os indígenas.
O crescimento do número de matrículas do Colégio Anchieta impôs uma mudança radical. Por volta de 1954, o espaço na rua Duque de Caxias não mais comportava as atividades escolares, e um novo terreno, no bairro Três Figueiras, foi escolhido para a construção de um grande prédio. No dia 11 de novembro de 1967, após uma cerimônia religiosa na Igreja da Ressureição, deu-se a inauguração oficial das dependências do Colégio Anchieta, onde funciona até hoje.
Instalações
O colégio conta com três prédios de salas de aula para atender a educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. Há duas bibliotecas: a central e a infantil, com um acervo de 31 mil obras e mais de 60 mil volumes.
Estão disponíveis laboratórios de Biologia, Física, Química, Línguas, Informática, Robótica, Matemática, bem como salas de Culinária, Artes, Teatro, Música e Multimídia.
O Colégio Anchieta conta com dois ginásios de esportes, com 4.795 m² e 450 m², um campo de futebol oficial com iluminação e três não-oficiais, sendo dois com iluminação, além de oito quadras poliesportivas.
Para o ensino de língua inglesa, existe uma parceria entre o Anchieta e o Unilínguas, o Centro de Línguas da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos).
Há também o Museu Anchieta de Ciências Naturais.
O Morro do Sabiá, na zona sul de Porto Alegre, em Ipanema, é um espaço de recreação e lazer que o colégio oferece e costeia o Guaíba. Na sua capela encontra-se um quadro de Nossa Senhora, pintado por Aldo Locatelli. Além disso, desde 1946, a Casa da Juventude de Vila Oliva, em Caxias do Sul, tem acolhido milhares de anchietanos, familiares e ex-alunos.
O Anchieta conta com a Igreja da Ressurreição e o Cenáculo para atendimento das atividades religiosas da instituição.
Lista de diretores
O Colégio Anchieta teve, ao todo, vinte e três diretores, dos quais apenas um assumiu o cargo duas vezes. São eles:
- Pe. Francisco Trappe, S. J. (1890-1901)
- Pe. Roberto Fuhr, S. J. (1901-1902)
- Pe. Conrado Menz, S. J. (1902)
- Pe. Luiz Kades, S. J. (1902-1904)
- Pe. Ângelo Contessoto, S. J. (1904-1907)
- Pe. Henrique Lanz, S. J. (1907-1923)
- Pe. Jorge Sedelmayr, S. J. (1923-1926)
- Pe. Julio Poether, S. J. (1926-1928)
- Pe. Henrique Book, S. J. (1928-1935)
- Pe. Alberto Fuger S. J. (1935-1940)
- Pe. Arthur Boll, S. J. (1940-1946)
- Pe. Edmundo Dreher, S. J. (1946-1951)
- Pe. Walter Hofer, S. J. (1951-1954)
- Pe. Emílio Hartmann, S. J. (1954-1958)
- Pe. José Carlos Nunes, S. J. (1958-1975)
- Pe. João Roque Rohr, S. J. (1975-1982)
- Pe. Eugênio Rohr, S. J. (1982-1987) - irmão do antecessor
- Pe. João Roque Rohr, S. J. (1987-1988)
- Pe. Matias Martinho Lenz, S. J. (1988-1992)
- Pe. Aegídio Körbes, S. J. (1992-1996)
- Pe. Franz Stadelmann, S. J. (1996-1998)
- Ir. Celso Schneider, S. J. (1998) - provisoriamente
- Pe. Egydio Eduardo Schneider, S. J. (1999-2006)
- Pe. Guido Kuhn, S. J. (2006-presente)
Alunos notáveis
- Alberto Pasqualini, político
- Armandinho cantor
- Cyro Martins, escritor
- Eduardo Sterzi, poeta
- João Goulart, 24.º presidente do Brasil
- Jorge Furtado, cineasta
- Moisés de Morais Velinho, jornalista
- Paulo Guedes, compositor
- Vieira da Cunha, político
- Germano Bonow, político
- Luiz Antonio de Assis Brasil, escritor
- Humberto Gessinger, músico
- Carlos Gerbase, cineasta
- Paulo Renato Souza, 2 vezes ministro da educação, diversas secretário da educação de São Paulo, Vice-Presidente (gerente de operações) do BID e alto funcionário na ONU
- Felipe Von Eye Corleta, lutador de jiu-jitsu
Referências
- Guilherme Barradas Morés, viciado em crack