David Neeleman

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David Neeleman
David Neeleman
Nome completo David Gary Neeleman[1]
Nascimento 16 de outubro de 1959 (64 anos)
São Paulo , Estado de São Paulo
Residência New Canaan, Connecticut, Estados Unidos
Barueri, São Paulo, Brasil
Nacionalidade brasileiro
norte-americano
cipriota
Etnia Branca
Cônjuge Vicki Neeleman
Filho(a)(s) 10
Alma mater Universidade de Utah
Ocupação Empresário
Cargo Fundador e Presidente do Conselho de Administração da Azul Linhas Aéreas Brasileiras , fundador e ex-dirigente da jetBlue Airways
Religião Membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias

David Gary Neeleman (São Paulo, 16 de outubro de 1959) é um empresário brasilo-americano.

David Neeleman é o fundador das companhias aéreas estadunidenses JetBlue Airways, Morris Air, da canadense WestJet e da brasileira Azul Linhas Aéreas. A partir de 16 de novembro de 2017 passou a ter também uma participação de 32% na companhia aérea francesa Aigle Azur.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Juventude[editar | editar código-fonte]

Nascido na capital paulista, onde o seu pai trabalhava como um correspondente da UPI. David tinha cinco anos quando a sua família voltou aos Estados Unidos.[2]

Ele é descendente de neerlandeses[3][4] e de norte-americanos.[5]

Trajetória como um empresário[editar | editar código-fonte]

A JetBlue Airways[editar | editar código-fonte]

A sua companhia JetBlue Airways foi fundada em 24 de agosto de 1998, e conseguiu crescer sem parar mesmo durante a maior crise da história da aviação norte-americana.

Enquanto o setor amargava perdas conjuntas de US$20 bilhões (mais do que todo o lucro obtido nos últimos 50 anos), a JetBlue conseguiu lucros operacionais cobrando as tarifas mais baixas dos Estados Unidos.

A Azul Linhas Aéreas[editar | editar código-fonte]

Em 27 de março de 2008, David oficialmente anunciou seus planos de lançar uma nova companhia aérea no Brasil, e um concurso foi aberto para a eleição de um novo nome para ela. Ao fim do concurso, o nome escolhido para batizar a empresa aérea foi "Samba" mas achou melhor Azul e assim foi. O primeiro participante que sugeriu "Samba" assim como o que deu esse nome de Azul ganhou bilhetes gratuitos vitalícios para ele mesmo e mais um acompanhante.

Inicialmente, David planejava usar apenas aeronaves brasileiras a exemplo do Embraer 195.[6] Como a documentação para a criação da nova empresa leva muito tempo para ser concluída, o empresário não descartou a possibilidade de comprar ou se aliar a uma pequena empresa regional brasileira para agilizar o processo, pois pretendia iniciar suas operações até o fim daquele mesmo ano.

A Vigzul[editar | editar código-fonte]

Em outubro de 2013, David anunciou o lançamento da empresa Vigzul em sociedade com seu irmão mais jovem Mark Neeleman.

A empresa tem seu foco no fornecimento de sistemas e serviços de monitoramento residencial e comercial. Os recursos de investimento foram aportados pelo fundo de private equity Peterson Partners, que também exerce participação na Azul.[7]

TAP Air Portugal[editar | editar código-fonte]

Em 11 de junho de 2015, o consórcio Gateway com David em parceria com Humberto Pedrosa do Grupo Barraqueiro, foi o vencedor da corrida à privatização da TAP Air Portugal, assumindo o controle de 45% do capital da companhia de bandeira portuguesa. O consórcio Gateway é constituído pela sociedade HPGB, SGPS, S.A. e pela DGN Corporation.[8]

A operação obteve a aprovação da Comissão Europeia, pelo que todas as questões legais como por exemplo, o impedimento de que companhias aéreas com sede na União Europeia sejam controladas em mais de 50% por proprietário não europeu não foi colocado em causa, visto ser o português Humberto Pedrosa o controlador da maioria do capital da TAP Air Portugal.[9][10]

Neeleman deixou de fazer parte do capital da TAP em 2020, reflexo da restauração da companhia necessária para a obtenção da ajuda financeira dos fundos europeus destinados aos negócios diretamente afetados pela pandemia de COVID-19.

Aigle Azur

No fim de 2017, David Neeleman comprou da Weaving Group a participação na companhia aérea francesa Aigle Azur.[11]

Mais ricos[editar | editar código-fonte]

Em 2016, a revista Forbes listou David entre os 70 maiores bilionários do Brasil.[12]

Polêmica e ofensas recebidas[editar | editar código-fonte]

O governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral Filho, que opunha-se à abertura do Aeroporto Santos-Dumont a voos de longa distância além da Ponte aérea Rio-São Paulo (que começaram a ser operados pela Azul Linhas Aéreas após a companhia receber autorização da ANAC) chamou David de "gringo, lobista e mentiroso".[13] Hoje, Sergio Cabral está preso por crimes cometidos ao poder público.

Referências

  1. «Há algo de novo no ar». Época Negócios. 20 de janeiro de 2009 
  2. Sellers, Patricia (26 de julho de 2010). «The Next JetBlue: What's David Neeleman Doing Starting a New Airline in Brazil? Setting Records, For One Thing». Fortune. 162 (2): 97–100. Consultado em 11 de junho de 2015 
  3. «David Neeleman, presidente da Azul, conta os planos para a empresa nos próximos anos». Forbes Brasil. 14 de abril de 2013. Consultado em 29 de agosto de 2014 
  4. (em inglês) «David G. Neeleman [1959]». New Netherland Institute. Consultado em 29 de agosto de 2014 
  5. nndb.com
  6. «Next for David Neeleman: JetBrazil?». Consultado em 14 de maio de 2008. Cópia arquivada em 14 de maio de 2008 
  7. Dono da Azul Lança Empresa de Segurança, Valor.com.br, 30 de outubro 2013
  8. Lusa (11 de junho de 2015). «TAP/Privatização: Governo escolhe proposta de David Neeleman e Humberto Pedrosa». Consultado em 13 de junho de 2015 
  9. «David Neeleman e Humberto Pedrosa são os novos donos da TAP». Arquivado do original em 12 de junho de 2015 
  10. «Dono da Azul vence privatização da companhia aérea portuguesa TAP». Portal G1 Economia. 11 de junho de 2015. Consultado em 13 de junho de 2015 
  11. «David Neeleman, da Azul, adquire 32% da companhia aérea francesa Aigle Azur». epocanegocios.globo.com 
  12. «70 maiores bilionários do Brasil em 2016». Consultado em 29 de agosto de 2016 
  13. Extra - Cabral declara guerra à ANAC e diz que vai aumentar o ICMS no Santos Dumont

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]