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Desmundo: diferenças entre revisões

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==Sinopse==
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O filme é ambientado em [[1570]], época em que os [[Portugal|portugueses]] enviavam órfãs ao Brasil para que casassem com os [[Colonização|colonizadores]]. A tentativa era minimizar o nascimento dos filhos com as índias e que os portugueses tivessem casamentos brancos e [[Cristianismo|cristãos]]. Essas órfãs viviam em conventos e muitas delas desejavam ser religiosas. Oribela, uma dessas jovens, é obrigada a casar com Francisco de Albuquerque.
O filme é ambientado em [[1570]], época em que os [[Portugal|portugueses]] enviavam órfãs ao Brasil para que casassem com os [[Colonização|colonizadores]]. A tentativa era minimizar o nascimento dos filhos com as índias e que os portugueses tivessem casamentos brancos e [[Cristianismo|cristãos]]. Essas órfãs viviam em conventos e muitas delas desejavam ser religiosas. Oribela, uma dessas jovens, é obrigada a casar com Francisco de Albuquerque.


Complemento postado por Elson de Almeida Santos. Curso de Direito Estácio de Sá-SC. Março de 2013.

O filme “Desmundo” mostra a sociedade brasileira da época de 1570 – Período da colonização e descobertas. Neste momento histórico os negros eram tratados como objetos, os índios com levianíssimo, como selvagens a serem “domesticados”; e as mulheres, eram apenas “coisas” com a obrigação de servirem ao marido, em todos os aspectos. Não existiam leis; que subjugasse impunidades, estas eram impostas pelos que tinham pertences, os que construíam povoados. E a Igreja Católica pouco podia intervir nas decisões de cada vila ou de cada latifúndio. Mas tentou separar os homens de certos pecados como o de praticas obscenas, relações com índias e outros homens. A Igreja, na pessoa do Pe. Manoel Nóbrega mandou que trouxessem órfãs portuguesas, ou na ausência destas mulheres brancas, para que casassem com os desbravadores e vivessem a serviço do Senhor. Estas mulheres não escolhiam se queriam casar, ou tão pouco com quem casariam. No início do filme uma das personagens diz como era o casamento da época “o casar é leve, é estar subordinada ao querer dos homens” O filme vem contando a biografia de uma dessas moças. A jovem Oribela de Covilhã que é obrigada a casar com Francisco de Albuquerque , um homem ríspido e grotesco, típico da sociedade eclesiástica portuguesa e exemplo da sociedade que o Brasil estava se tornando.
Logo após do casamento a opressão, o isolamento, o medo do desconhecido, os hábitos agressivos do marido e da sogra começam a deprimi-la a ponto de brotar na jovem um desejo de fugir para sua terra natal. Em sua primeira tentativa ela é localizada pelo marido e depois levada para casa, ele a agride para discipliná-la, ela então finge conformar-se mas ao ser liberta foge novamente, mas procura por Ximeno, um cristão novo, misto de pescador e mascate, por quem ela tem certa admiração. Ele dá-lhe abrigo e acabam envolvendo-se, posteriormente planejam fugir juntos. Mas Francisco, que já havia notado o afeto da esposa por Ximeno, vigiou a casa do mascate e os apanhou durante a fuga. Eles então duelam e Francisco acaba matando Ximeno.
O final do filme mostra Oribela dando a luz e depois andando de carruagem, agora conformada com sua “condição de esposa”. Diante disso percebemos a fragilidade da mulher, do índio e do negro na sociedade em questão, a ponto de estarem a mercê da marginalidade e da infâmia de não terem ao menos seus direitos fundamentais garantidos. Direitos esses que são: liberdade, direito de ir e vir, à liberdade de expressão por exemplo.

Complemento postado por Elson de Almeida Santos. Curso de Direito Estácio de Sá-SC. Março de 2013.


==Elenco ==
==Elenco ==

Revisão das 04h10min de 10 de março de 2013

Desmundo
 Brasil
2003 •  cor •  101 min 
Género drama
Direção Alain Fresnot
Roteiro Alain Fresnot
Sabina Anzuategui
Anna Muylaert
Elenco Simone Spoladore
Osmar Prado
Caco Ciocler
Idioma português antigo

Desmundo é um filme brasileiro de 2003, dirigido por Alain Fresnot. O roteiro, adaptação do livro Desmundo, de Ana Miranda, é de Sabina Anzuategui, Anna Muylaert e do próprio diretor.

A direção de fotografia é de Pedro Farkas, a trilha sonora, de John Neschling, e a edição e distribuição é da Columbia Pictures do Brasil. Todo o elenco teve que aprender o português arcaico, tanto que o filme é apresentado com legendas para ajudar na compreensão.[carece de fontes?]

Sinopse

O filme é ambientado em 1570, época em que os portugueses enviavam órfãs ao Brasil para que casassem com os colonizadores. A tentativa era minimizar o nascimento dos filhos com as índias e que os portugueses tivessem casamentos brancos e cristãos. Essas órfãs viviam em conventos e muitas delas desejavam ser religiosas. Oribela, uma dessas jovens, é obrigada a casar com Francisco de Albuquerque.


Complemento postado por Elson de Almeida Santos. Curso de Direito Estácio de Sá-SC. Março de 2013.

 O filme “Desmundo” mostra a sociedade brasileira da época de 1570 – Período da colonização e descobertas. Neste momento histórico os negros eram tratados como objetos, os índios com levianíssimo, como selvagens a serem “domesticados”; e as mulheres, eram apenas “coisas” com a obrigação de servirem ao marido, em todos os aspectos. Não existiam leis; que subjugasse impunidades, estas eram impostas pelos que tinham pertences, os que construíam povoados. E a Igreja Católica pouco podia intervir nas decisões de cada vila ou de cada latifúndio. Mas  tentou separar os homens de certos pecados como o de praticas obscenas, relações com índias e outros homens. A Igreja, na pessoa do Pe. Manoel Nóbrega mandou que trouxessem órfãs portuguesas, ou na ausência destas mulheres brancas, para que casassem com os desbravadores e vivessem a serviço do Senhor. Estas mulheres não escolhiam se queriam casar, ou tão pouco com quem casariam. No início do filme uma das personagens diz como  era o casamento da época  “o casar é leve, é estar subordinada ao querer dos homens” O filme vem contando  a biografia de uma dessas moças. A jovem Oribela de Covilhã que é obrigada a casar com Francisco de Albuquerque , um homem ríspido e grotesco, típico da sociedade eclesiástica portuguesa e exemplo da sociedade que o Brasil estava se tornando.

Logo após do casamento a opressão, o isolamento, o medo do desconhecido, os hábitos agressivos do marido e da sogra começam a deprimi-la a ponto de brotar na jovem um desejo de fugir para sua terra natal. Em sua primeira tentativa ela é localizada pelo marido e depois levada para casa, ele a agride para discipliná-la, ela então finge conformar-se mas ao ser liberta foge novamente, mas procura por Ximeno, um cristão novo, misto de pescador e mascate, por quem ela tem certa admiração. Ele dá-lhe abrigo e acabam envolvendo-se, posteriormente planejam fugir juntos. Mas Francisco, que já havia notado o afeto da esposa por Ximeno, vigiou a casa do mascate e os apanhou durante a fuga. Eles então duelam e Francisco acaba matando Ximeno. O final do filme mostra Oribela dando a luz e depois andando de carruagem, agora conformada com sua “condição de esposa”. Diante disso percebemos a fragilidade da mulher, do índio e do negro na sociedade em questão, a ponto de estarem a mercê da marginalidade e da infâmia de não terem ao menos seus direitos fundamentais garantidos. Direitos esses que são: liberdade, direito de ir e vir, à liberdade de expressão por exemplo.

Complemento postado por Elson de Almeida Santos. Curso de Direito Estácio de Sá-SC. Março de 2013.

Elenco

Predefinição:Portal-cinema

Principais prêmios e indicações

Grande Prêmio BR do Cinema Brasileiro 2004 (Brasil)

  • Recebeu prêmios nas categorias de Melhor Figurino, Melhor Maquiagem e Melhor Direção de Arte.
  • Indicado nas categorias de Melhor Atriz (Simone Spoladore), Melhor Ator Coadjuvante (Caco Ciocler) e Melhor Atriz Coadjuvante (Beatriz Segall).

Festival de Cinema Brasileiro de Paris (França)

  • Recebeu o prêmio de Melhor Filme.

Festival de Brasília 2002 (Brasil)

  • Venceu nas categorias de Melhor Trilha Sonora e Melhor Atriz Coadjuvante (Berta Zemel).

Prêmio ABC de Cinematografia 2004 (Brasil)

  • Recebeu prêmios nas categorias de Melhor Direção de Arte e Melhor Fotografia de Longa-metragem.

Troféu APCA 2004 (Brasil)

  • Venceu na categoria de Melhor Atriz (Simone Spoladore).

FesTróia - Festival Internacional de Cinema de Tróia 2003 (Portugal)

Ligações externas