Discussão:Língua brasileira de sinais

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Informações parciais[editar código-fonte]

Foram adicionadas várias informações parcias, bastante infundadas. A língua não foi reconhecida como língua oficial do Brasil -- o termo nem é utilizado na lei referida. Os links eram na maior parte propaganda. Obrigado. --D. P. Campos 02:14, 27 Junho 2006 (UTC)

==Existem alguns materiais em Língua de Sinais que sào distribuidos por Secretarias de Educaçào de alguns municipios em parceria com MEC. Se trablha com surdos pode ter acesso a esses materiais, conversando a Secretaria do seu municipio.

Resposta a Campos: "língua oficial" é um termo usado para qualquer língua com algum estatuto legal em determinada esfera; não é usado exclusivamente para a língua principal (e oficial) de um país (como o português, no Brasil). Basta legislação reconhecendo ou protegendo ou especificando algum uso específico para uma língua para esta ser considerada "oficial". O fato de a lei dizer "É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais" é suficiente para qualificar libras como *uma* língua oficial do Brasil (mas não *a* língua oficial). Mas a redação do artigo como está, retomando os termos da lei, está ótimo. --Lemccbr 16:46, 19 Janeiro 2007 (UTC)

Poderia citar algum texto (de qualquer espécie) que reconheça libras como "uma língua oficial do Brasil"? Ela pode ser oficialmente reconhecida, no sentido de ser reconhecida legalmente, mas língua oficial seria "a língua utilizada no quadro das diversas actividades oficiais: legislativas, executivas e judiciais" (conforme a própria UNESCO). Libras é utilizada nessas atividades? --D.P. Campos 23:40, 19 Janeiro 2007 (UTC)

Língua de Sinais

Aprovada Lei: Oficialidade das Libras Lei: nº 4.156, 14 de novembro de 2003

Momento da Aprovação

Caro Campos sou Surdo e trabalho com Língua de Sinais desde 2004 e estou ativamente na Comunidade de Surdos desde 1995 e eu acredito que a questão não pode ficar apenas nisso, A LIBRAS é uma das Línguas Oficiais do Brasil é fato, de acordo com a Lei LEI N.º 10.436 de 24 de abril de 2002, sancionada pelo Ex-Presidente FHC e está reconhecida, como Língua de Sinais, reconhecida pelos Línguistas desde a década de 1960 via estudos de William Stokoe, 1920 - 2000. Ela é uma Língua de valor jurídico e civil, embora ainda se pesquise sobre a Escrita em Sinais - SignWriting atualmente pertencente a grade curricular do Curso de Letras/Libras ofertado pela UFSC.

Grato,

Junior Surdo Rasbold

Língua oficializada[editar código-fonte]

Santa Cruz do Sul - RS

A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) agora é oficial em Santa Cruz do Sul. O projeto de iniciativa do vereador Antônio Nascimento foi aprovado no dia 14 de Novembro deste ano. A reunião foi acompanhada por surdos com tradução simultânea para Língua de Sinais.

Com a aprovação fica garantido aos surdos o direito de à informação e ao atendimento em toda a administração pública direta ou indiretamente, por servidor especializado ou mediante convênio com entidades que atuam com portadores dessa deficiência.

Fortaleza – Ceará Lei estadual nº13.100 de 12 de janeiro de 2001 “Reconhece oficialmente no estado do ceará como meio de comunicação objetiva e de uso corrente a língua brasileira de sinais - libras, e dispõe sobre a implantação da libras como língua oficial na rede pública de ensino para surdos.

Goiânia - Goiás Lei estadual nº12.081, de 30 de agosto de 1993 Reconhece oficialmente, no estado de goiás, como meio de comunicação objetiva e de uso corrente, a linguagem gestual codificada na Língua Brasileira de Sinais-Libras

Cuiabá – Mato Grosso Lei estadual nº7.831 de 13 de dezembro de 2002 Dispõe sobre o reconhecimento oficial, no estado de mato grosso, da Linguagem Brasileira de Sinais – Libras, como meio de comunicação objetiva e de uso corrente. Belo Horizonte – Minas Gerais Lei estadual nº10.379, de 10 de janeiro de 1991 Reconhece oficialmente , no estado de minas gerais, como meio de comunicação objetiva e de uso corrente, a linguagem gestual codificada na Língua Brasileira De Sinais - Libras

Governador Valadares – Minas Gerais Lei municipal nº4.955 , de 26 de fevereiro de 2002 Reconhece oficialmente, pelo município de governador valadares, a linguagem gestual codificada pela Língua Brasileira De Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados, como meio de comunicação objetiva e de uso corrente.

João Pessoa – Paraíba Lei Municipal N º 1.577 , De 23 De Fevereiro De 1999 Fica Oficializada Como Meio Legal De Comunicação E Expressão No Âmbito Do Município De João Pessoa, O Sistema Lingüístico “ Língua Brasileira De Sinais – Libras “ - E Outros Recursos De Expressão A Ela Associados E Toma Outras Providências.

Foz Do Iguaçu – Paraná Lei municipal nº2.055, de 19 de dezembro de 1996 Reconhece oficialmente, no município de foz do iguaçu, como meio de comunicação objetiva e de uso corrente, a linguagem gestual codificada na Língua Brasileira De Sinais – Libras

Curitiba – Paraná Lei estadual nº12.095, de 11 de março de 1998 Reconhece oficialmente, pelo estado do paraná, a linguagem gestual codificada na Língua Brasileira De Sinais - Libras. E outros recursos de expressão a ela associados, como meio de comunicação objetiva. E de uso corrente.

Cascável -Paraná - NOVO 2004 Lei: 3778 - Reconhece oficialmente no município de cascavel, a linguagem gestual codificada na Língua Brasileira De Sinais - Libras - e outros recursos de expressão a ela associados, como meio de comunicação objetiva e de uso corrente, e dá outras providências.


Campo Mouro – Paraná Lei municipal nº1.184 , de 31 de agosto de 1998 Reconhece oficialmente no município de Campo Mouro a Língua Brasileira De Sinais ( Libras), como meio de comunicação objetiva e de uso corrente e dá outras providências.

Maringá – Paraná Lei municipal nº529 de 06 de maio de 1998 Reconhece oficialmente , no município de Maringá, como meio de comunicação objetiva e de uso corrente, a linguagem gestual codificada na Língua Brasileira De Sinais – Libras , dá outras providencias.

Guarapuava – Paraná Lei municipal nº794, de 17 de setembro de 1998 Reconhece oficialmente, no município de guarapuava, como meio de comunicação objetiva e de uso corrente, A Língua Gestual Codificada Na Língua Brasileira De Sinais – Libras e dispõe sobre a implantação da libras como língua oficial na rede pública de ensino para surdos. São José Dos Pinhais – Paraná Lei municipal nº65 , de 07 de dezembro de 1998 Reconhece oficialmente no município de são josé dos pinhais, como meio de comunicação objetiva e de uso corrente a língua gestual codificada na Língua Brasileira De Sinais – Libras, e dispõe sobre a implantação da libras como língua oficial da rede pública municipal de ensino para portadores de surdez.

Londrinas – Paraná Lei municipal nº7.780 de 28 de junho de 1999 Reconhece oficialmente no município de londrina, como meio de comunicação objetiva e de uso corrente, a linguagem gestual codificada na Língua Brasileira De Sinais – Libras – e dá outras providências


Guaratuba - Paraná LEI N° -1014 - Súmula: Reconhece oficialmente como meio de comunicação objetiva no Município de Guaratuba, a linguagem gestual codificada na Língua Brasileira de Sinais -LIBRAS -e outros recursos de expressão a ela associados.

Araucária – Paraná Lei municipal nº1.174 de 24 de abril de 2000 Institui oficialmente no município de araucária, como meio de comunicação objetiva e de uso corrente, a linguagem gestual codificada na Língua Brasileira De Sinais - Libras e dá outras providencias

Ponta Grossa – Paraná Lei Municipal Nº6.820, De 20 De Novembro De 2001 Reconhece oficialmente no município de ponta grossa, como meio de comunicação objetiva de uso corrente, a Língua Brasileira De Sinais – Libras, e dá outras providências

Lapa – Paraná Lei municipal nº1.594 de 17 de dezembro de 2001 Fica reconhecida oficialmente no município de lapa, como meio de comunicação objetiva e de uso corrente a língua gestual codificada na Língua Brasileira De Sinais - Libras , dispõe sobre a implantação da libras como língua oficial da rede pública municipal de ensino para portadores de surdez

Universidade de Brasília A Língua Brasileira de Sinais (Libras) é a língua oficial da Comunidade Surda Brasileira, e é considerada como língua natural dos surdos, porque seria aprendida de forma espontânea pelas pessoas que teriam bloqueio para a aprendizagem natural oral. A Libras é considerada uma língua porque é um sistema organizado, responde a todas as necessidades para fazer parte dessa classificação e possibilita a comunicação entre seus usuários. “Em outras palavras, uma língua, para ser uma língua, precisa ter gramática e léxico. A Libras tem”, afirma a pesquisadora da língua, professora Enilde Faulstich, do Departamento de Lingüística (LIV) do Instituto de Letras (IL).- Universidade de Brasília

Em quatro anos, o mercado de trabalho brasileiro não será mais o mesmo. Pelo menos, 500 profissionais formados na Língua Brasileira de Sinais (Libras) estarão aptos a ensinar a linguagem especial. O projeto pioneiro começa agora: a Universidade de Brasília (UnB) e outras oito instituições de ensino superior espalhadas pelo país terão o primeiro curso de Licenciatura em Letras – Libras, com duração de quatro anos e no formato semi-presencial.


A expectativa é de que, no fim da graduação, quando os primeiros alunos estiverem formados na língua de sinais, a realidade do mercado brasileiro comece a se modificar para incluir esses profissionais, muitos deles surdos, e ampliar a interação entre as diversas categorias. Atualmente, o Brasil possui apenas dois professores surdos com doutorado. “Esse projeto poderá revolucionar o ensino e a noção de inclusão social”, afirma a coordenadora do curso de Licenciatura em Letras-Libras da UnB, Enilde Faulstich, professora e pesquisadora da Libras do Departamento de Lingüística, Línguas Clássicas e Vernácula (LIV) do Instituto de Letras (IL).

O que se pretende com essa proposta, segundo ela, é fortalecer o bilingüismo no Brasil. “Todos falam do espanhol, do inglês como segunda língua, quando aqui no Brasil já temos uma segunda língua, a Libras”, defende. A ampliação da inclusão da Libras no mercado brasileiro, aliás, tem apoio legal desde a publicação do Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005.

De acordo com a legislação, o ensino da Libras deve ser inserido como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e nos cursos de Fonoaudio[[logia. Além disso, também em instituições de ensino públicas e privadas, do sistema federal e dos sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, a Libras deve fazer parte da grade curricular.

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESOLVE: Art. 1º - O Poder Público Estadual, por intermédio da Secretaria de Estado de Educação, instituirá o ensino da LIBRAS – Linguagem Brasileira de Sinais na rede pública estadual de ensino.

Art. 2º - A LIBRAS passará a ser a segunda língua oficial na rede pública de ensino.

Art. 3º - Fica o Poder Executivo autorizado a contratar profissionais habilitados, ou estabelecer convênios com entidades ou associações legalmente constituídas para ministrar as aulas da LIBRAS nas escolas estaduais.

Art. 4° - O Poder Executivo regulamentará esta Lei, estabelecendo as normas necessárias ao seu cumprimento.

Art. 5º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 31 de julho de 2006.

wmw 01:16, 20 Janeiro 2007 (UTC)

Bom, diante desses textos, há que se reconhecer que o termo "língua oficial" é realmente utilizado em referência da libras. No entanto, a amplitude desse termo continua discutível, uma vez que ela não é a "língua utilizada em todos os atos oficiais do poder público", mas sim reconhecida oficialmente como meio de comunicação dos surdos e entre o Estado e eles (educação, p.ex.). Neste sentido, não acho próprio colocá-la em pé de igualdade com a língua portuguesa como uma das línguas oficias do Brasil. Cumprimentos. --D.P. Campos 02:59, 20 Janeiro 2007 (UTC)

Bem, amigo, mas por que a Libras seria inferior a língua Portuguesa? Sera porque muitos executivos e intelectuais não conhecem esse idioma e não o usam em seus departamentos? Nao importa que seja usada por uma minoria, a Libras é a língua oficial desta minoria de brasileiros, portanto, é uma língua oficial usada no Brasil. Os surdos que usam a Libras, são tão capazes quanto qualquer ouvinte. E em muitos casos, mais inteligentes e espertos que alguns ouvintes alfabetizados. Inclusive Hoje, já temos muitos surdos que trabalham na área de educação e informática. Se mais ouvintes estivessem atentos a isso, descobririam uma cultura valiosíssima e um idioma deslumbrante dentro de seu proprio território. Em vista deste desenvolvimento, em breve, qualquer atendente de loja, ou professor na área de educação, que não saiba LIBRAS, estará ultrapassado. Mas entendo seu ponto de vista. abraço. wmw 04:28, 20 Janeiro 2007 (UTC)

justificativa[editar código-fonte]

seu comentario foi muito util, esse e meu primeiro artigo pretendo melhorar no proximos. grato

Sim. Já melhorou. --D. P. Campos 21:50, 4 Julho 2006 (UTC)

Estão sendo inseridos no artigo assuntos que caberiam melhor em Linguagem de sinais, já que este artigo é especificamente sobre a língua brasileira de sinais. Talvez seja melhor mover para lá ou para outro artigo onde seja mais pertinente. --D.P. Campos 19:03, 11 Setembro 2006 (UTC)


Talves seja necessário criar um artigo sobre Surdos ou Cultura dos Surdos, porque a expressão linguagem de sinais ja está em desuso, e näo é mais aceita entre surdos e intérpretes e educadores. wmw 21:56, 11 Setembro 2006 (UTC)

Bom, quanto ao desuso do termo "linguagem de sinais", não posso dizer algo com absoluta certeza, pois não sou especialista no assunto. No entanto, noto que existem artigos em várias línguas, e o artigo em inglês (só para citar um exemplo) não menciona o fato, pelo que vi. De qualquer forma, o assunto inserido pode mesmo caber em um novo artigo (como propôs) ou em surdez. Penso que, se não é recomendável inserir em linguagem de sinais, seria menos neste. Saudações. --D.P. Campos 00:53, 12 Setembro 2006 (UTC)


Surdez não seria apropriado pois está relacionado apenas na área de saúde. Já a Cultura Surda ou Cultura dos Surdos é bem reconhecida e difundida nos meios acadêmicos. Sua cultura e seus costumes estão diretamente relacionados com seu idioma (LIBRAS). Não seria posssível isolá-las totalmente, embora possam estar em dois artigos interligados.

Proponho que o artigo linguagem de sinais devido ao desuso do termo, seja redirecionado para língua de sinais. Esta pode estar em harmonia com a wikipédia inglesa.

Mas, a wikipedia inglesa não seria modelo para o artigo LIBRAS, pois cada país tem sua exclusiva e diferenciada Língua de Sinais, desde a gramatica até sua cultura, assim como o artigo língua inglesa não tem relação alguma com Língua portuguesa. Grato wmw 01:37, 12 Setembro 2006 (UTC)

Ah, bom. Quando falou que linguagem de sinais estava em desuso eu interpretei que estava se referindo a língua de sinais também. Quanto a isso, não há problemas da minha parte, também penso que o melhor seria redirecionar para língua de sinais; mas antes seria necessário mover o conteúdo de linguagem de sinais, para não perdermos o conteúdo (neste caso não podemos copiar manualmente, temos que utilizar o botão "Mover", do topo da página). Quanto a cultura dos surdos, não vejo problemas. Cumprimentos. --D.P. Campos 02:10, 12 Setembro 2006 (UTC)

LIBRAS, LGP e outras gestuais: modestas considerações![editar código-fonte]

Caro(a) editor(a),

**Antescriptum: embora brasileiro eu, perdoa-me, se achares necessário, o haver escolhido, aqui e ali, o "Português do Tu", em detrimento do certamente também belíssimo "Português do Você". Perdoa-me os interwikis em vermelho . Perdoa-me, enfim, o atrevimento do leigo (sou eu!).

Muito bem, tendo feito o "comentário-consulta" anterior (2007.01.30, 20:45 UTC), e considerando detidamente as ali declinadas palavras (que, já o disse, muito me esclareceram...), acode-me, entretanto, fazer algumas observações que creio serem úteis na conformação das idéias.

Aos entendidos, quiçá especialistas em — diga-se, provisoriamente — "línguas de sinais para surdos" (haverá outra nomenclatura melhor nos cânones da "Última flor do lácio, inculta e bela"? E no estrangeiro?). Tenho visto, por exemplo:

  1. Em Espanhol: Lengua de señas;
  2. Em Francês: Langue des signes;
  3. Em Inglês: Sign language

Enfim, parece haver certa preferência pela expressão "língua de sinais", conquanto seja ela também, per se, um tanto quanto imprópria, meritum causæ. Com efeito, "sinais de fumaça entre nativos ou outros", "sinais de sinalizadores pirotécnicos para fins de busca e salvamento", "sinais de tambores", "sinais de olhares entre pessoas que se desejam aproximar" etc., dentre tantos e variadíssimos outros exemplos, constituem, embrionária ou já organicamente diversas e tantas "línguas de sinais". De modo que, a se referir a uma língua especificamente voltada à comunicação dos surdos entre si e com os demais, parece mais razoável a expressão "língua de surdos", que não se tome, de forma alguma, por pejorativa!...

São observações de ordem estritamente lógica linear de primeiro grau, atinentes aos níveis:

  • conceitual;
  • consistente-lógico ou estrutural;

Compreendo que, a ser a "língua de surdos" o seu (deles...) modo de se comunicarem entre si e com os demais, hão de ser eles os melhores, senão os primeiros especialistas. A "língua de surdos", afinal, é-lhes proprietária — quando nada, mais do que a qualquer outro!

Essa ressalva feita, vamos a algumas considerações, tanto quanto possível estruturadas e ordenadas:

  • DE ORDEM CONCEITUAL:
  1. Comunicação: ato ou efeito de emitir, transmitir e receber mensagens por meio de métodos e/ou processos convencionados, quer através da linguagem falada ou escrita, quer de outros sinais, signos ou símbolos, quer de aparelhamento técnico especializado, sonoro e/ou visual; (Engenharia Eletrônica: transmissão de informação de um ponto a outro por meio de sinais em fios, ou de ondas eletromagnéticas; Teoria da Informação: transmissão de mensagem entre uma fonte e um destinatário, distintos no tempo e/ou no espaço, utilizando um código comum);
  2. Meio de comunicação: o ambiente espaço temporal no qual se dá a comunicação;
  3. Canal de comunicação: a circunscrição de fronteira, dentro do meio de comunicação, utilizada para a comunicação;
  4. Conteúdo da comunicação ou Mensagem: a informação intentada na comunicação;
  5. Código de comunicação: o conjunto de signos, significantes e significados, munido de leis de composição, ou sintaxe adequad(o,a,s);
  6. Emissor de comunicação: que ou quem origina a mensagem;
  7. Receptor de comunicação: o a que ou a quem se destina a mensagem;
  8. Interferência de comunicação ou Ruído: ocorrência indesejada, endógena ou exógena, a afetar o conteúdo da mensagem;
  9. Emitir comunicação: originar mensagem;
  10. Falar: stricto sensu e originariamente, significa emitir sons, de modo pré-codificado e convencionado, num sistema sinal ("sígnico") definido e estruturado, com o fim de prover comunicação de u’a mensagem, esta de um emissor (o "falante") com destino a um receptor (o "ouvinte"). Essa, contudo, é a compreensão originária, restrita, stricto sensu. A compreensão não-originária, mais ampla, lato sensu, implica conceber "falar" com significado necessariamente extensivo, de modo a contemplar outras falas, não só a vocal.
  11. Transmitir comunicação: enviar comunicação através de um meio;
  12. Transmissão de comunicação: processo consistente em levar uma informação através de um meio;
  13. Recepção: ato ou efeito de receber a mensagem;
  14. Receber comunicação: captar o conteúdo transmitido pelo emissor;
  15. Ouvir: o mesmo, lato sensu, que receber comunicação. Stricto sensu, captar mensagem vocal emitida por alguém. Aqui, também, lato sensu — e por dual correspondência com falar, deve-se compreender "ouvir" de modo tão extensivo que abarque outras audições.
  16. Mudo, em princípio, e lato sensu, é aquele que não fala (o que quer que signifique isso). Preciso deixar claro aqui que não estou pretendendo fazer "jogo de idéias e/ou palavras". Nem o estou querendo induzir. Não! As considerações aqui são inteiramente sérias e respeitosas. [A questão de serem ou não serem "corretas", sob o atual paradigma são outros quinhentos]. Claro está que, no domínio humano, falando-se de mudo estar-se-á referindo um ser humano que é dotado de tal peculiaridade de não emitir som vocal, quer por não poder (achar-se impossibilitado psicossomaticamente) quer por não querer (...). Isso esclarecido, e considerando-se que há o mudo que não fala (no sentido de "não emite sons valendo-se das cordas vocais"), quer seja por defeito fisiológico local, quer por defeito neurológico local, encefálico ou sistêmico, quer seja por bloqueio psíquico congênito ou adquirido (traumático...), porém expressa-se, comunica-se de alguma forma outra, não vocal, esse "mudo" não é mudo! Pois fala, lato sensu, ele fala! Então, porque chamá-lo mudo? Mesmo em casos algo raros como os de Helen Keller, a extraordinária, se, de algum modo, qualquer que seja, dá-se a comunicação, lato sensu não se pode falar em mudez, surdez ou cegueira. Helen Keller, com efeito — e para todos os efeitos! — ela falava e ouvia e... via! Naturalmente, a seu modo, mas ela se comunicava. Eventualmente, e em muitos níveis, de modo muito melhor (melhor: o que será isso?!...) que nós outros...
  17. Surdo, em princípio, e lato sensu, é aquele que não ouve (o que quer que signifique isso). Originariamente, surdez não podia ser comprovada, diagnosticada de modo inequívoco. Hoje, bem, ressalvadas incertezas cautelares, quase-sempre se podem fazer diagnósticos precisos sobre o "ser ou não ser surdo", data venia, Shakespeare.

Ora, já que — munidos de uma idiossincrásica língua — os surdos... recebem a mensagem que lhes é destinada por outrem. Então, por consistência lógica, os surdos não são surdos! Logo, chamar-lhes "surdos" vem a ser, também — ou pode vir a ser — espécie de discriminação, pré-conceito (como quer que se o conceba). Vem a ser uma absoluta inconsistência lógica. Entendes o que estou a explicar? Concordas?

Assim, voltamos à estaca zero em base conceitual. Quer parecer-me que toda essa base conceitual precisaria (nota bem: no futuro do condicional!) ser revista. O que não significa venha a sê-lo. Pois toda uma "cultura lingüística para surdos" acha-se já definida, melhor, várias culturas tais, a se considerarem os vários idiomas e dialetos existentes! Cada qual com seu formato canônico, seu corpo doutrinário, suas regras, sua identidade sistêmica enfim. De qualquer forma, ficam registradas as idéias presentes.

Deixo absoluta e expressamente claro que — dado eu não ser surdo / mudo / surdo-mudo, em qualquer concepção (exceto, permita-me a liberdade ampla, no domínio espiritual, por questão de auto-reconhecimento, tentativa de humildade...) — deixo claro que não desejo, com estas considerações de um leigo (este sou eu!...), afrontar a boa e santa ordem já de há muito estabelecida na comunidade dos irmãos que são surdos e/ou mudos, de alguma forma, psicossomática todo-inclusiva. Pois são eles que conhecem, mais que nós outros, as suas particulares e peculiares necessidades, o que devemos respeitar.

  • DE ORDEM CONSITENTE-LÓGICA:

Tudo exposto, a se considerar, lato sensu, a comunicação, quer entre seres vivos, quer entre máquinas, ou entre aqueles e estes, ou por estes intermediada, fica — creio-o — suficientemente claro que nomenclaturas diferenciadas poderiam ser criadas para contemplar esse renovado cenário (renovado conceitual e estruturalmente, entenda-se...).

Novamente, aqui devo render-me ao já estabelecido modelo nos seguintes termos:

  • Se útil, porque mudar — a não ser que seja para melhor!...?
  • Em cogitação de mudança, submeta-se-a aos usuários primordiais, neste caso, os surdos;
  • "Em time que está ganhando, não se mexe!" (Ditado popular?);

Por fim, gostaria de convidar-te (já "chovendo no molhado"...) e os editores especializados e/ou interessados no assunto a visitarem (já antes o referi...) os wiki-artigos:

  1. Em Espanhol: Lengua de señas;
  2. Em Francês: Langue des signes;
  3. Em Inglês: Sign language

Já disse Eclesiastes, o Pregador (Capítulo 1º, versículo 2): "Vaidade de vaidades, diz o pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade."

Logo, fico-me por aqui.

EgídioCampos Diz ,

2007.02.1º, 12:15 UTC.

Re, por Lúcia Carvalho[editar código-fonte]

Olá

Pertencendo as línguas gestuais aos surdos, eles próprios são quem toma as decisões finais relativamente à sua própria língua. Assim sendo, existem ideias que os surdos defendem, com as quais eu não concordo, mas que, como intérprete que sou, respeito e, de certa maneira, tal é a dedicação que lhes (entenda-se, aos surdos) dou, acabo, com o tempo, eu própria por adoptar como minhas. Como tal, fica assente a ideia de que o surdo não admite que seja mudo (ideia com que eu, por acaso, concordo). Passo a explicar.

Nas considerações que fizeste, Egídio, misturaste dois conceitos, que a meu ver, não podem estar misturados, isto é, o conceito de deficiência física, e o de deficiência simbólica. Como tal, o surdo (o fisicamente surdo), não ouve, ou ouve muito pouco, devidos a problemas auditivos (embora, num outro sentido que lhe deste, possa ouvir, pelo facto de poder entender). Portanto, quando me refiro aos surdos, refiro-me aos fisicamente surdos.

Os mudos, na minha maneira de ver, são os que não falam devido (assim como os surdos) a problemas de deficiência física, neste caso, nas cordas vocais. Não se pode considerar mudo aquele que não aprendeu a falar (assim como não se pode chamar coxo, ou paralítico, àquele que não anda, porque simplesmente não quer, ou não aprendeu a andar, imaginemos). Por exemplo, o surdo pode faz muitos sons com a garganta, ao rir, mesmo ao gestualizar, sem que esses sons tenham qualquer significado, para nós ouvintes. Isso mostra que não são mudos: o mudo não consegue emitir sons, ou tem tem dificuldades em faze-lo (dependendo do grau de deficiência). Ou seja, o problema do mudo não é de linguagem ... é físico, enquanto que o facto de o surdo não falar é um problema de linguagem, de aprendizagem.

Agora, num outro sentido que lhe deste, o surdo pode ouvir, o cego pode ver, o mudo pode falar ... simbolicamente ... com os ouvidos, os olhos e a língua do entendimento, do discernimento. Mas são coisas distintas. E neste ponto, não concordo com a explicação que o Marcos deu (acima) de os surdos não serem mudos porque falam com as mãos (embora concorde com tudo o resto que ele disse). Estamos perante conceitos opostos.

Portanto, quando me refiro ao surdo, no contexto que estamos a considerar, refiro-me ao fisicamente incapacitado de ouvir, por deficiência dos ouvidos.

Quanto à ideia de língua gestual, ou língua de sinais ... ou língua de surdos...! Enfim, eu não invento conceitos, limito-me a falar do que li, do que aprendi, do que os outros já inventaram. Tens razão ao dizer que a maioria dos países se refere à língua que o surdos usam, como língua de sinais. Mas aqui em Portugal não é assim ...no Brasil já é, acho eu! Em Portugal, o correcto é dizer Língua Gestual (por exemplo, uma “palavra” de surdo será um gesto, e não um sinal, como noutros países), agora, pensemos ... se disseres língua dos surdos ... penso que também não estarás errado ... simplesmente não estarás a usar o termo mais correcto. Enfim, não sei bem o que dizer relativamente a este assunto...! No artigo da LGP, seguindo a norma de Portugal, usei os termos que aqui se usam, penso que é assim que deve ser, o que não impede que se incluam, também, as expressões dos outros países; o que achas?

Outra coisa, não sei como é no Brasil, mas aqui em Portugal, tudo o relacionado com os surdos está em constante mudança, desde a gramática da LGP, desde os gestos até mesmo as maneiras de pensar. Portanto, eu estou habituada a ir-me deixando fluir com a maré ... estou habituada a defender tudo o que o surdo defende, mesmo que eu não concorde (desde que, obviamente, não vá contra os meus princípios). Ou seja, se amanhã, os surdos me disserem: “a partir de agora, serei considerado surdo-mudo” e “agora as línguas gestuais serão chamadas de língua de surdos”; então eu defenderei essas ideias como se fossem minhas (note-se que a mim tanto faz que se chame língua de surdos ou outra coisa qualquer ... desde que os surdos usem a mesma expressão).

Tudo pelos surdos ... Lucia Carvalho Olá! 17:11, 1 Fevereiro 2007 (UTC)


Sobre a língua dos surdos[editar código-fonte]

Caro editor EgídioCampos, realmente entendo seu ponto de vista, levando em conta a amplitude da língua portuguesa e o vasto sentido que o termo sinais pode ter em nossa língua e cultura.

Antes de mais nada, gostaria de adiantar-lhe que me deleito nessa Enciclopédia, em poder ler matérias e trocar informações com mentes nobres e intelectuais. É possível que tenha percebido, que não tenho formação acadêmica. Sou sobretudo uma pessoa muito simples, tanto de formação, quanto de personalidade.

Quanto a sua sugestão de uma possível alteração do costumeiro uso de língua de sinais para língua dos surdos, realisticamente, acho improvável que isso ocorra, tendo em vista que o termo já esta bem difundido e defendido entre os surdos, em suas associações, e inclusive fazendo parte da recente oficialização do idioma Língua Brasileira de Sinais.

Como citei acima, não sou acadêmico, nem mesmo em língua de sinais, apenas presto um serviço voluntário e social, como intérprete, ajudando na integração dos surdos à comunidade e à família.

O que tenho aprendido, é basicamente pelo meu convívio com os surdos, estudos pessoais, e um treinamemto básico que recebi das Testemunhas de Jeová.

Fico contente de saber que você, se me permite, o elogio, tão instruído em nossa estimada língua portuguesa, também se interesse e colabore com seus préstimos à cultura dos surdos.

Esperamos boas contribuições de sua parte, da Lúcia Carvalho, e de outros profissionais em LIBRAS, que talvez ainda não tiveram oportunidade de colaborar com estes artigos.

Apenas respondendo a estimada Lúcia, realmente os surdos não falam apenas com as mãos, pois sua comunicação envolve todo o seu espaço, através da expressão facial-corporal, ou seja o uso da face, mãos, e braços, visto que, a forma de expressão visual-espacial das línguas de sinais exige o uso de todo o corpo do sinalizador.

Assim que puder, acrescentarei matérias relevantes, como por exemplo, sobre o trabalho dos intérpretes de língua de sinais, no qual estou pesquisando.

Sintam-se a vontade para colaborar com os artigos relacionados, há muita coisa a ser feito. Estamos apenas começando.

Um abraço, Marcos msg 18:30, 1 Fevereiro 2007 (UTC)

Dicionário de Libras em CD-ROM[editar código-fonte]

O que há com o link para o "Dicionário de Libras em CD-ROM"? Além de a página ser dada como inexistente, o CD-ROM é grátis mesmo? --D.P. Campos 02:57, 7 Março 2007 (UTC)

Nomenclatura da língua de sinais falada pelos surdos brasileiros[editar código-fonte]

Olá,

Estamos iniciando uma pesquisa na UFSC que tem como objetivo trabalhar na fundamentação científica dos textos livres sobre Libras e surdez no site Wikipedia. Como uma primeira contribuição, gostaríamos de propor uma nova seção nesta entrada "Língua Brasileira de Sinais", com o título de "Nomenclatura". Nesta seção, queremos discutir as várias formas de designação da língua de sinais falada pelos surdos brasileiros, recuperando um pouco de seu histórico e apresentando problemas e inconsistências em algumas designações. Podemos postar esse texto aqui e pedir a sugestão dos colegas? Somos novos no wikipedia e ainda queremos entender melhor como trabalhar em textos já existentes.

Gratos, Nanci e Tarcisio

Olá Nanci e Tarcisio, tudo bom? Sintam-se à vontade para contribuir para a Wikipédia. Lembrem-se apenas de que devem incluir fontes fiáveis, independentes, das informações que inserirem na Wikipédia, de modo a respeitar o princípio da verificabilidade, exigido por nós. Se precisarem de ajuda, estou ao dispor. Atentamente. BelanidiaMsg 19h49min de 10 de janeiro de 2012 (UTC)Responder

A legislação sobre a língua brasileira de sinais é uma conquista da comunidade surda,das organizações sociais e da cidadania de forma geral. Através da lei e do decreto referente a língua brasileira de sinais a comunidade surda passou a ter mais garantia na luta da aplicação de seus direitos políticos, sociais e educacionais.comentário não assinado de Stokoe (discussão • contrib) (data/hora não informada)

Verdade. Mas porque está a escrever isso na página de discussão do artigo? Pretende algum tipo de resposta? BelanidiaMsg 12h43min de 7 de fevereiro de 2013 (UTC)Responder

Sim, pretendemos discutir sobre o tema.comentário não assinado de Stokoe (discussão • contrib) (data/hora não informada)

Mas vc não perguntou nada ... não discordou de nada - limitou-se a apresentar uma afirmação. Diga concretamente o que pretende discutir! BelanidiaMsg 18h56min de 17 de fevereiro de 2013 (UTC)Responder

Estamos em fase de adaptação ao uso da página e estamos inseridos no campo discussão, por isso optamos em inserir esse texto no campo discussão. Se quisermos inserir um texto que não seja diretamente para discussão onde devemos colocá-lo?comentário não assinado de Stokoe (discussão • contrib) (data/hora não informada)

Os artigos podem ser editados, do mesmo modo como edita o campo 'discussão'. No entanto, note que a afirmação que aqui colocou emite uma opinião. Antes de colocar a mesma no campo 'artigo', talvez seja melhor ler esta página. Ah, por favor, quando editar o campo 'discussão', assine seus comentários com 4 tiles (~~~~). Obrigada. BelanidiaMsg 17h50min de 18 de fevereiro de 2013 (UTC)Responder

Total de usuários[editar código-fonte]

Olá! O número de usuários está correto? (5 milhões)? O link de referência está quebrado! Na Wikipédia inglesa, o número de usuários está em cerca de 630 mil. 2804:14C:58:5564:F176:4918:EE0E:F50 (discussão) 01h04min de 8 de abril de 2023 (UTC)Responder