Eleitorado de Hesse

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Kurfürstentum Hessen
Eleitorado de Hesse

Estado do Sacro Império Romano-Germânico
Estado da Confederação Germânica


 

1803–1807
1814–1866

 

Flag Brasão
Bandeira Brasão de armas
Localização de Hesse
Localização de Hesse
Hesse em 1866
Continente Europa
Região Europa central
País Alemanha
Capital Cassel
Língua oficial Alemão
Religião Calvinismo
Governo Monarquia absoluta
Eleitor
 • 1803–1821 Guilherme I
 • 1821–1847 Guilherme II
 • 1847–1866 Frederico Guilherme
Período histórico Século XIX
 • 1803 Elevação a eleitorado
 • 1807 Anexado pelo Reino de Vestfália
 • 1814 Restabelecimento
 • 1866 Anexado pela Prússia
Área
 • 1864 9 581 km2
População
 • 1864 est. 745 063 
Moeda Táler (1803–1858)
Vereinsthaler (1858–1866)

O Eleitorado de Hesse (em alemão: Kurfürstentum Hessen) também conhecido como Hesse-Kassel ou Kurhessen, foi um estado germânico elevado em 1803 do Condado de Hesse-Cassel por Napoleão Bonaparte. Quando o Sacro Império Romano-Germânico foi abolido em 1806, o Guilherme I, Eleitor de Hesse escolheu permanecer como eleitor mesmo sem um imperador para ser eleito. Com os Tratados de Tilsit de 1807 a área foi anexada pelo Reino de Vestfália, porém o Congresso de Viena o restaurou em 1814, sob seu nome original.

Hesse consistia em vários territórios ao norte de Frankfurt e durou até 1866 com o nome de eleitorado dentro da Confederação Germânica, sendo depois anexada pelo Reino da Prússia após a Guerra Austro-Prussiana. Tinha um espaço total de 9,581 km2 e uma população de 745,063. em 1864.

História[editar | editar código-fonte]

O Landgraviato de Hesse-Kassel originalmente teve origem em 1567 com a divisão do Landgraviato de Hesse entre os herdeiros de Filipe I de Hesse ("O Magnânimo") após sua morte. Seu filho mais velho, Guilherme IV, recebeu Hesse-Kassel, que compreendia a metade da área total do Landgraviato de Hesse, Incluindo a capital, Kassel. Os irmãos de Guilherme receberam Hesse-Marburg e Hesse-Rheinfels, mas com o passar do tempo suas dinastias acabaram ou morreram fazendo com que suas terras voltassem para Hesse-Kassel ou Hesse-Darmstadt.

O Reinado do Landegrave Guilherme I, Eleitor de Hesse foi importante para história de Hesse-Kassel. Com sua acensão ao trono em 1785, pegou uma parte da Primeira Coligação contra a Primeira República Francesa alguns anos depois, mas em 1795 a Paz de Basileia foi assinada. Em 1801 perdeu suas terras na margem ocidental do Rio Reno, mas em 1803 foi compensado com alguns territórios franceses ao redor, Mainz, e foi elevado a Principe-Eleitor Guilherme I, titulo mantido até mesmo depois com o fim do Sacro Império Romano

Em 1806, Guilherme I assinou um tratado de Neutralidade com Napoleão Bonaparte, mas depois da Batalha de Jena–Auerstedt, suspeitando de Guilherme I, ocupou seu país e o expulsou. Hesse-Kassel foi temporariamente incorporado ao Reino de Vestfália sob o comando de Jerónimo Bonaparte.

Após a Batalha de Leipzig em 1813, os franceses foram expulsos de Hesse-Kassel, e em 21 de novembro, o eleitor voltou em triunfo à sua capital, Kassel. Um tratado concluído por ele com a Coalizão (2 de dezembro) estipulava que ele deveria receber de volta todos os seus antigos territórios, ou seu equivalente, e ao mesmo tempo restaurar a antiga constituição de seu país. Este tratado, no que diz respeito aos territórios, foi implementado pelas Grandes Potências no Congresso de Viena. Eles recusaram, no entanto, o pedido do Eleitor para ser reconhecido como "Rei dos Catos" ("König der Katten"). No Congresso de Aix-la-Chapelle (1818), ele foi listado com o grão-duque como uma "Alteza Real". Guilherme I escolheu manter o título agora vazio de príncipe-eleitor, com o predicado de "Alteza Real".

Guilherme I marcaria sua restauração abolindo com uma pincelada todas as reformas introduzidas sob o regime francês, repudiando a dívida da Vestfália e declarando nula e sem efeito a venda dos domínios da coroa. Tudo voltou à sua condição em 1º de novembro de 1806; até mesmo os oficiais tiveram que descer ao seu posto anterior e o exército para voltar aos uniformes antigos e às tranças empoeiradas.

Guilherme I, Eleitor de Hesse morreu em 27 de fevereiro de 1821 e foi sucedido por seu filho Guilherme II, Eleitor de Hesse. Com ele, a crise constitucional em Kassel chegou ao auge. Ele era arbitrário e avaro, como seu pai, e além disso, chocou o sentimento do público com sua esposa, uma princesa prussiana popular e suas relações com sua amante, uma Emilie Ortlöpp, a quem criou a condessa de Reichenbach-Lessonitz carregada de riqueza.

A Revolução de Julho em Paris deu o sinal para distúrbios; Guilherme II foi forçado a convocar o parlamento e, em 6 de janeiro de 1831, foi assinada uma constituição na base liberal comum. O eleitor se retirou para Hanau, nomeou seu filho Frederico Guilherme, Eleitor de Hesse como regente, e não tomou mais parte nos assuntos públicos.

Em 1866, chegou o fim. O Eleitor Frederico Guilherme (já eleitor com a morte de seu pai), cheio de queixas contra a Prússia, apostou na Áustria durante a Guerra Austro-Prussiana; o eleitorado foi imediatamente invadido por tropas prussianas; Kassel foi ocupado (20 de junho); e o Eleitor foi levado como prisioneiro para Stettin. Com a Paz de Praga, Hesse-Kassel foi anexado à Prússia. O eleitor Frederico Guilherme (falecido em 1875) fora, nos termos do tratado de cessão, garantido a propriedade da sua casa. Este foi, no entanto, sequestrado em 1868 devido a suas intrigas contra a Prússia; parte da renda foi paga, no entanto, para o mais velho filho, o landgrave Frederico (m. 1884), e parte, juntamente com certos castelos e palácios, foram desapropriados.

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