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História de Coimbra: diferenças entre revisões

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'''Coimbra''' é uma cidade belíssima de ruas estreitas, pátios, escadinhas e arcos medievais. Foi o berço de nascimento de seis reis de Portugal e da [[Dinastia de Borgonha|Primeira Dinastia]], assim como da primeira Universidade do País e uma das mais antigas da Europa fundada em 1290 com aproximadamente 30000 (trinta mil) estudantes.
'''Coimbra''' é uma cidade belíssima de ruas estreitas, pátios, escadinhas e arcos medievais. Foi o berço de nascimento de seis reis de Portugal e da [[Dinastia de Borgonha|Primeira Dinastia]], assim como da primeira Universidade do País e uma das mais antigas da Europa fundada em 1290 com aproximadamente 30000 (trinta mil) estudantes.

Revisão das 15h45min de 17 de fevereiro de 2017

Coimbra é uma cidade belíssima de ruas estreitas, pátios, escadinhas e arcos medievais. Foi o berço de nascimento de seis reis de Portugal e da Primeira Dinastia, assim como da primeira Universidade do País e uma das mais antigas da Europa fundada em 1290 com aproximadamente 30000 (trinta mil) estudantes.

Origem

Os Romanos chamaram à cidade, que se erguia pela colina sobre o Rio Mondego, Emínio. Mais tarde, com o aumento da sua importância passou a ser sede de Diocese, substituindo a cidade romana Conímbriga, donde derivou o seu novo nome. Em 711 os mouros chegaram à Península Ibérica, e Coimbra não foi esquecida. Torna-se, então, um importante entreposto comercial entre o norte cristão e o sul árabe, com uma forte comunidade moçárabe. Em 871 torna-se Condado de Coimbra mas apenas em 1064 a cidade é definitivamente reconquistada por Fernando Magno de Leão.

Coimbra renasce e torna-se a cidade mais importante abaixo do rio Douro, capital de um vasto condado governado pelo moçárabe Sesnando. Com o Condado Portucalense, o conde D. Henrique e a rainha D. Teresa fazem dela a sua residência, e viria a ser na segurança das suas muralhas que alguns autores pensam que nasceu o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, que fez dela a capital do condado, substituindo Guimarães (é aliás esta mudança da capital para os campos do Mondego que se virá a revelar vital para viabilizar a independência do novo país, a todos os níveis: económico, político e social). Qualidade que Coimbra conservará até 1255, quando a capital passa a ser Lisboa.

No século XII, Coimbra apresentava já uma estrutura urbana, dividida entre a cidade alta, designada por Alta ou Almedina, onde viviam os aristocratas, os clérigos e, mais tarde, os estudantes, e a Baixa, do comércio, do artesanato e dos bairros ribeirinhos.

Portal da Capela de S. Miguel, no Paço das Escolas[1]

Desde meados do século XVI que a história da cidade passa a girar em torno à história da Universidade de Coimbra, sendo apenas já no século XIX que a cidade se começa a expandir para além do seu casco muralhado, que chega mesmo a desaparecer com a reformas levadas a cabo pelo Marquês de Pombal.

Em 1560 é criado o Tribunal da Inquisição de Coimbra, que viria a ser extinto em 1821 juntamente com os de Lisboa e Évora

A primeira metade do século XIX traz tempos difíceis para Coimbra, com a ocupação da cidade pelas tropas de Junot e Massena, durante a invasão francesa e, posteriormente, a extinção das ordens religiosas. No entanto, na segunda metade de oitocentos, a cidade viria a recuperar o esplendor perdido – em 1856 surge o primeiro telégrafo eléctrico na cidade e a iluminação a gás, em 1864 é inaugurado o caminho-de-ferro e 11 anos depois nasce a ponte férrea sobre as águas do rio Mondego.

A Universidade

Ver artigo principal: Universidade de Coimbra
Torre da Universidade de Coimbra, da autoria de Antonio Canevari.

A Universidade de Coimbra foi criada em 1290, através da bula do Papa Nicolau IV, datada de 9 de agosto daquele ano, reconheceu o Estudo Geral, com as faculdades de Artes, Direito Canônico, Direito Civil e Medicina, reservando-se a Teologia aos conventos Dominicanos e Franciscanos[2]. Com a Universidade como referência inultrapassável, desta surgem movimentos estudantis, de cariz quer político, quer cultural, quer social. Muitos desses movimentos e entidades não resistiram ao passar dos anos, mas outros ainda hoje resistem com vigor ao passar dos anos. Da Universidade surgiram e resistem ainda hoje em plena actividade primeiro o Orfeon Académico de Coimbra, em 1880, o mais antigo coro do país, a própria Associação Académica de Coimbra, em 1887, e a Tuna Académica da Universidade de Coimbra, em 1888. Com o passar dos anos, inúmeros outros organismos foram surgindo. Com presença em três séculos e um peso social e cultural imenso, o Orfeon Académico de Coimbra representou o país um pouco por todo o mundo, em todos os continentes, levando a música coral portuguesa e o Fado de Coimbra a todo o mundo.

Em 22 de junho de 2013 foi declarada Património Mundial pela UNESCO.[3]

Referências

  1. Capela de S. Miguel no site da Universidade de Coimbra.
  2. Marcos históricos - UC
  3. Diário Digital. «Universidade de Coimbra classificada Património Mundial». Consultado em 22 de junho de 2013