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Corsino Fortes: diferenças entre revisões

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Nascido a 14 de fevereiro de 1933 na zona mais pobre do [[Mindelo (Cabo Verde)|Mindelo]], na [[Ilha de São Vicente (Cabo Verde)|ilha de São Vicente]], Corsino António Fortes ficou [[órfão]] quando ainda andava na escola. Teve de trabalhar, como ferreiro e depois em escritórios por 4$ ao dia.{{carece de fontes|data=abril de 2017}}
Nascido a 14 de fevereiro de 1933 na zona mais pobre do [[Mindelo (Cabo Verde)|Mindelo]], na [[Ilha de São Vicente (Cabo Verde)|ilha de São Vicente]], Corsino António Fortes ficou [[órfão]] quando ainda andava na escola. Teve de trabalhar, como ferreiro e depois em escritórios por 4$ ao dia.{{carece de fontes|data=abril de 2017}}


A [[poesia]] tornou-se pública na sua vida, em 1957, quando saíram os seus primeiros [[poema]]s no jornal do 3º Ciclo Liceal. Licenciou-se em [[Direito]], pela [[Universidade de Lisboa]] em 1966, onde viveu na [[Casa dos Estudantes do Império]]. Já em [[Angola]], como juiz do Tribunal de [[Benguela]] e [[Luanda]], não permitiu que os papéis judiciais o afastassem da poesia. E aí, militante do [[PAIGC]] (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde) na clandestinidade, usou a escrita para lutar contra o domínio colonialista. Os seus poemas apareceram nos anos 1960 em algumas publicações como a revista ''Claridade'' ou a antologia ''Modernos Poetas Caboverdianos''. Mas só lançou o seu primeiro livro em 1974, ''Pão & Fonemas'', que com Árvore & Tambor Editores em 1986 e ''Pedras de Sol & Substância'' (2001) formou ''A Cabeça Calva de Deus''. A trilogia conta a saga do povo para a liberdade.<ref>Revista Sábado n.º 587, 30 Julho - 5 Agosto 2015, pág. 34.</ref>
A [[poesia]] tornou-se pública na sua vida, em 1957, quando saíram os seus primeiros [[poema]]s no jornal do 3º Ciclo Liceal. cadrastrou-se em [[Direito]], pela [[Universidade de Lisboa]] em 1966, onde viveu na [[Casa dos Estudantes do Império]]. Já em [[Angola]], como juiz do Tribunal de [[Benguela]] e [[Luanda]], não permitiu que os papéis judiciais o afastassem da poesia. E aí, militante do [[PAIGC]] (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde) na clandestinidade, usou a escrita para lutar contra o domínio colonialista. Os seus poemas apareceram nos anos 1960 em algumas publicações como a revista ''Claridade'' ou a antologia ''Modernos Poetas Caboverdianos''. Mas só lançou o seu primeiro livro em 1974, ''Pão & Fonemas'', que com Árvore & Tambor Editores em 1986 e ''Pedras de Sol & Substância'' (2001) formou ''A Cabeça Calva de Deus''. A trilogia conta a saga do povo para a liberdade.<ref>Revista Sábado n.º 587, 30 Julho - 5 Agosto 2015, pág. 34.</ref>


Integrou vários [[Política de Cabo Verde|governos na república de Cabo Verde]],<ref name="BUALA">[http://www.buala.org/pt/cara-a-cara/corsino-fortes-e-sua-poetica-semeadora-da-cabeca-calva-de-deus ''Corsino Fortes e sua poética semeadora da “cabeça calva de Deus”'']. buala.org, recuperado em 24 de julho 2015</ref> tendo sido o primeiro embaixador cabo-verdiano em [[Portugal]], em 1975.<ref>Embaixada de Cabo Verde em Lisboa [http://www.embcv.pt/lista_conteudos_sub.asp?idcont=1407&idarea=4&idsub=787]. embcv.pt, recuperado em 24 de julho 2015</ref>
Integrou vários [[Política de Cabo Verde|governos na república de Cabo Verde]],<ref name="BUALA">[http://www.buala.org/pt/cara-a-cara/corsino-fortes-e-sua-poetica-semeadora-da-cabeca-calva-de-deus ''Corsino Fortes e sua poética semeadora da “cabeça calva de Deus”'']. buala.org, recuperado em 24 de julho 2015</ref> tendo sido o primeiro embaixador cabo-verdiano em [[Portugal]], em 1975.<ref>Embaixada de Cabo Verde em Lisboa [http://www.embcv.pt/lista_conteudos_sub.asp?idcont=1407&idarea=4&idsub=787]. embcv.pt, recuperado em 24 de julho 2015</ref>

Revisão das 22h44min de 17 de agosto de 2017

Corsino António Fortes
Embaixador de Cabo Verde em Portugal
Período 1981
Ministro da Justiça de Cabo Verde
Período 1989 até 1991
Dados pessoais
Nascimento 14 de fevereiro de 1933
Mindelo, Cabo Verde Cabo Verde
Morte 24 de julho de 2015 (82 anos)
Mindelo, Cabo Verde Cabo Verde
Nacionalidade Cabo verdiano
Partido PAICV
Profissão Escritor, diplomata, ministro

Corsino António Fortes (Mindelo, 14 de Fevereiro de 1933 - Mindelo, 24 de Julho de 2015) foi um escritor e político cabo-verdiano.[1]

Biografia

Nascido a 14 de fevereiro de 1933 na zona mais pobre do Mindelo, na ilha de São Vicente, Corsino António Fortes ficou órfão quando ainda andava na escola. Teve de trabalhar, como ferreiro e depois em escritórios por 4$ ao dia.[carece de fontes?]

A poesia tornou-se pública na sua vida, em 1957, quando saíram os seus primeiros poemas no jornal do 3º Ciclo Liceal. cadrastrou-se em Direito, pela Universidade de Lisboa em 1966, onde viveu na Casa dos Estudantes do Império. Já em Angola, como juiz do Tribunal de Benguela e Luanda, não permitiu que os papéis judiciais o afastassem da poesia. E aí, militante do PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde) na clandestinidade, usou a escrita para lutar contra o domínio colonialista. Os seus poemas apareceram nos anos 1960 em algumas publicações como a revista Claridade ou a antologia Modernos Poetas Caboverdianos. Mas só lançou o seu primeiro livro em 1974, Pão & Fonemas, que com Árvore & Tambor Editores em 1986 e Pedras de Sol & Substância (2001) formou A Cabeça Calva de Deus. A trilogia conta a saga do povo para a liberdade.[2]

Integrou vários governos na república de Cabo Verde,[3] tendo sido o primeiro embaixador cabo-verdiano em Portugal, em 1975.[4]

Presidiu à Associação dos Escritores de Cabo Verde (2003-2006). As obras como Pão e Fonema ou Árvore e Tambor expressam uma nova consciência da realidade cabo-verdiana e uma nova leitura da tradição cultural daquele arquipélago.[5]

Principais trabalhos

  • Pão & Fonema (1974)
  • Árvore & Tombor (1986)
  • Pedras de Sol & Substância (2001)
  • Os poemas De boca a barlavento e De boca concêntrica na roda do sol encontram-se no CD Poesia de Cabo Verde e sete poemas de Sebastião da Gama, de Afonso Dias.
  • A cabeça calva de Deus (2001) (trilogia — Pão & Fonema, Árvore & Tombor e Pedras de Sol & Substância)

Bibliografia

  • (em francês) Manuel Veiga (dir.), Insularité et littérature aux îles du Cap-Vert (trad. du portugais par Elisa Silva Andrade), Karthala, Paris, 1997, 266 p. ISBN 2-86537-797-0

Referências

  1. Corsino Fortes: “Cabo Verde possui o mérito incontestável de haver produzido grandes literatos”. asemana.publ.cv, recuperado em 24 de julho 2015
  2. Revista Sábado n.º 587, 30 Julho - 5 Agosto 2015, pág. 34.
  3. Corsino Fortes e sua poética semeadora da “cabeça calva de Deus”. buala.org, recuperado em 24 de julho 2015
  4. Embaixada de Cabo Verde em Lisboa [1]. embcv.pt, recuperado em 24 de julho 2015
  5. A obra poética de Corsino Fortes: identidade e presença no panorama literário internacional

Ligações externas

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