Zé Gato: diferenças entre revisões
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== Curiosidades == |
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* Inicialmente esteve para se chamar ''Um Gato no Caixote do Lixo'' mas depois o título foi abreviado para simplesmente ''Zé Gato''.<ref name=":0">{{citar web|URL = http://brincabrincando.com/programas.aspx?f=01_s%C3%A9ries%20portuguesas&p=z%C3%A9%20gato|título = Brinca Brincando - Zé Gato|data = |acessadoem = |autor = |publicado = }}</ref> |
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* Foi produzida para a RTP pelo Centro Português de Cinema, extinta cooperativa cinematográfica, com a assinatura de [[Rogério Ceitil]].<ref name=":0" /> |
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* A série começou por ser exibida nas noites de quinta-feira, na [[RTP2]]. Estreou a [[6 de dezembro]] de [[1979]].<ref>http://www.fmsoares.pt/aeb_online/visualizador.php?bd=IMPRENSA&nome_da_pasta=06832.182.28613&numero_da_pagina=17</ref> |
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* No decorrer das filmagens, [[Orlando Costa]] sofreu um acidente e partiu uma perna, o que o impediu de prosseguir com o ritmo normal das gravações. A exibição da série teve de ser interrompida após o 6º episódio (exibido em [[17 de janeiro]] de [[1980]]) e voltou a ser exibida cinco meses depois mas agora às terças-feiras mas ainda no mesmo canal. Nos episódios 5 e 6, Zé Gato teve uma participação pouco activa, pois Costa encontrava-se numa cama de hospital.<ref name=":0" /> |
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* Muitas vezes a imprensa referia-se aos episódios 7 a 13 como uma segunda série mas [[Rogério Ceitil]] esclareceu: “Não gostaria de dividir a série em duas partes, pois considero ser uma divisão fictícia, provocada por um acidente de percurso que foi o [[Orlando Costa]] partir uma perna”.<ref name=":0" /> |
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* Devido às datas em que foi exibida, a série teve a sua primeira parte exibida a preto e branco, enquanto que quando voltou ao ar em [[junho]] de [[1980]], as emissões já eram feitas a cores.<ref name=":0" /> |
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* Para além de assinar a letra do tema da série, [[Jorge Palma]] apareceu no episódio ''Olho por olho'', como um cantor de rua. Nesta cena, interpretou trechos das músicas "[[You Are My Flower]]", da dupla [[Flatt & Scruggs]], e "[[Enquanto o Pau Vai e Vem]]", da sua autoria. |
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* O episódio ''Uma pessoa importante'', cujo tema era a pirataria discográfica, contou com a participação de [[Paulo de Carvalho]], [[Carlos Vidal]] e [[Tozé Brito]], no papel de cantores cujas atuações num bar eram gravadas e vendidas em cassetes piratas. |
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* Também [[Manuela Moura Guedes]] marcou presença, como cançonetista de um bar no episódio ''Baptismo de Fogo'' |
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* [[Manuel Luís Goucha]], que na época se dedicava à representação, aparece no episódio ''A vermelhinha''. |
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* Uma das histórias foi gravada em [[Macau]], preenchendo a segunda metade do episódio ''Liberdade condicional''.<ref name=":0" /> |
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* Zé Gato regressou numa pequena participação na série "[[Uma Cidade Como a Nossa]]", em [[1981]] – uma homenagem de [[Luís Filipe Costa]] a [[Rogério Ceitil]]. O polícia aparece em cena contando que está de partida precisamente para Macau.<ref name=":0" /> |
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* O genérico da série foi imortalizado com o tema interpretado por [[Pedro Brito]], e que foi lançado em single. Mais recentemente, foi incluído na coletânea ''O melhor dos anos 80 – as músicas dos filmes''. |
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* O famoso refrão (“Quem és tu, Zé Gato, e o que te faz correr pelos cantos mais sujos desta terra…”) foi adaptado para o genérico do programa "[[Zé Carlos (SIC)|Zé Carlos]]", dos [[Gato Fedorento]], que estreou na [[SIC]] em [[outubro]] de [[2008]]. A letra foi transformada em: “Quem és tu, Zé Carlos, e o que te faz ir pró ar aos domingos…”. |
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* ''Zé Gato'' marcou um ponto de viragem na produção televisiva portuguesa. À semelhança de "[[Retalhos da Vida de um Médico]]", que foi para o ar na mesma época. Foi considerada uma das primeiras séries de ficção nacional a obter um êxito assinalável junto do público.<ref name=":0" /> |
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* Um outro facto inédito foi ter sido feita a produção de um episódio piloto para avaliação por parte da [[RTP]].<ref name=":0" /> |
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* O último episódio de ''Zé Gato'' (onde, inusitadamente, Zé Gato não aparece!) foi, na sua concepção, bastante diferente dos outros. Aqui desabrochava a ideia para uma das séries de maior sucesso da RTP: Duarte & Cª…<ref name=":0" /> |
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* [[Luís Lello]], o intérprete do caricato Matrículas, faleceu em Dezembro de 1980, pouco tempo após o término da série.<ref name=":0" /> |
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* A série foi reposta na [[RTP1]] em [[1984]], nas férias da Páscoa, e em [[1986]], no verão. |
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* A série tem sido reposta regularmente na [[RTP Memória]]. Foi reposta em [[2016]], às 8:30 e com repetição às 22:00 e em 2017 às 20h00. Ambas as vezes após a reposição da série ''[[Duarte & C.a|Duarte e Companhia]]''. |
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*Em [[2019]], os episódios foram todos remasterizados e disponibilizados na RTP Arquivos, passando assim a poder ser vista em qualquer altura. |
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== Armas usadas em ''Zé Gato'' e ''Duarte e Companhia'' == |
== Armas usadas em ''Zé Gato'' e ''Duarte e Companhia'' == |
Revisão das 00h46min de 18 de outubro de 2019
Zé Gato | |
---|---|
Informação geral | |
Formato | série |
Gênero | Policial |
Duração | 50 minutos |
Estado | Terminada |
Criador(es) | Rogério Ceitil |
Elenco | Orlando Costa António Assunção Luís Lello Canto e Castro |
País de origem | Portugal |
Idioma original | português |
Temporadas | 1 |
Episódios | 13 |
Produção | |
Diretor(es) | Rogério Ceitil |
Diretor(es) de criação | Rogério Ceitil |
Produtor(es) | Rogério Ceitil |
Editor(es) | Rogério Ceitil (alguns episódios) Maria José Pinto (alguns episódios) |
Cinematografia | António Escudeiro |
Roteirista(s) | João Miguel Paulino Dinis Machado Pedro Franco |
Tema de abertura | Tema musical da série "Quem és tu Zé Gato..." |
Composto por | Tozé Brito Jorge Palma |
Tema de encerramento | Tema musical da série "Quem és tu Zé Gato..." |
Empresa(s) produtora(s) | Centro Português de Cinema |
Exibição | |
Emissora original | RTP2 |
Distribuição | RTP |
Formato de exibição | 4:3 |
Transmissão original | 6 de dezembro de 1979 – 19 de agosto de 1980 |
Zé Gato foi uma série de televisão policial produzida pelo Centro Português de Cinema para a RTP em 1978 e transmitida na RTP2 entre 6 de dezembro de 1979 e 19 de agosto de 1980.
Caraterização e lançamento da série
Esta série caracteriza-se por não dar uma grande atenção aos detalhe mas por outro lado apresentar uma história bastante rica e realista. Foi na altura um bom ensaio para fazer uma série policial com conteúdo credível mesmo com um orçamento baixo. Foi usada ainda como chamariz para a estreia da "nova" RTP2, canal que foi autonomizado em 1979 e que até então era um mero retransmissor da emissão da RTP.
Sinopse
Lisboa, 1979. Depois da Revolução de 25 de Abril de 1974, a liberdade trouxe alguns aspectos menos positivos. A cidade tem os seus meandros sujos, com "histórias" da noite (e do dia…), crime, negócios escuros, traficantes de droga, assassinos e pirataria e é aí que entra o Zé Gato.
Zé Gato (Orlando Costa) é um agente de Polícia, cínico e conhecedor destes meandros. Caracteriza-se pela sua rectidão, coragem e pelos métodos pouco ortodoxos que usa para apanhar os criminosos. Não era comum na altura o trabalho sob disfarce e quando tinha de bater em alguém também o fazia. Uma das suas marca mais características é fazer "dançar" uma moeda pelos seus dedos.
O seu chefe é o Inspector Duarte (António Assunção). Austero, exigente e sempre com "duas pedras na mão". No fundo acabava por apreciar o seu subordinado pela sua coragem e confiava nele para os casos mais perigosos que chegaram mesmo a ser arriscados e que exigiam esperteza e subtileza. O superior de Duarte é o comissário da polícia (Baptista Fernandes).
O principal informador de Zé é um marginal com a alcunha de "Matrículas" (Luís Lello). Com aquele jeitinho de "desenrasca" e vendedor ambulante tipicamente português (os "negócios" de ocasiao e os menos claros, os totobolas…). É o melhor amigo de Zé fazendo-lhe favores que põem em risco a sua própria vida (num episódio, Zé é internado num hospital - depois de o tentarem matar - e é Matrículas que marca presença numa das suas operações policiais). Trata Zé e Duarte com respeito, chamando chefe a Zé e Senhor Doutor ou apenas Doutor a Duarte.
Um outro grande amigo de Zé é um ex-Agente a quem Zé trata por "Mestre" (Canto e Castro). Já reformado, é como um guru para Zé, dando-lhe dicas e conselhos de como prosseguir o seu trabalho da melhor forma.
Elenco
Elenco | ||
---|---|---|
Nome do Ator | Nome da personagem | Nº de episódios presentes |
Orlando Costa | Zé Gato | 12 episódios, 1979 |
António Assunção † | Duarte | 11? episódios, 1979 |
Luís Lello † | Matrículas | 10? episódios, 1979 |
Canto e Castro † | Mestre | 9? episódios, 1979 |
Márcia Breia | Inês | 4 episódios, 1979 |
Carlos César † | Películas | 1 episódio, 1979
1 episódio, 1980 |
Baptista Fernandes † | Chefe de Polícia (Comissário) | |
Manuel Cavaco | Homem do Bar | |
Jacinto Ramos † | Torres | 2 episódios, 1979 |
Pedro Bandeira-Freire † | Raúl | 1 episódio, 1979 |
António Feio † | Manuel | |
Luís Alberto | Chico | |
Rui Mendes | Agente FBI | 1 episódio, 1980 |
† - Ator falecido (já morreu)
Filmagens
- Tal como outras realizações de Rogério Ceitil da altura a série teve poucos meios e ainda era gravada em rolos de filmes. Na abertura indica que se trata de "um filme de Rogério Ceitil" até porque era produzida pelo Centro Português de Cinema.
- A elevada quantidade de falhas tinham de ser colmatadas no decorrer das gravações devido à falta de meios e de dinheiro por parte da equipa técnica de Rogério Ceitil.
- Rogério Ceitil comprava constantemente rolos de fitas de filmes para a câmara que gravava a série pois o gasto da fita de rolo dependia da forma como os atores se comportavam. Se houvesse algum engano por parte do ator, o rolo era gasto mais depressa por ser necessário cortar uma pequena parte do rolo onde havia a falha do(s) ator(es) por isso era muito importante que os atores fizessem bem as cenas à primeira.
- Zé Gato continua a ser a segunda série mais popular de Rogério Ceitil perdendo apenas para Duarte e Companhia.
Episódios com toques de comédia
A união de Rui Mendes e António Assunção
Os 12 primeiros episódios apresentam denominadores comuns (Há um crime a decorrer/ Zé investiga e intervém/ Zé pede conselhos a Mestre/ Zé pede favores a Matrículas/ Zé é admoestado por Duarte/ Zé e Duarte agem perante o caso/ Zé enfrenta "de peito aberto" os bandidos/ Zé sai - quase sempre - vitorioso).
O último episódio ("O Agente Americano") é totalmente humorístico. Neste, Duarte (António Assunção) recebe uma ordem do comissário (Baptista Fernandes) para ir receber um suposto agente do FBI (Rui Mendes) e servir-lhe de cicerone na visita à cidade de Lisboa.
A forma como o episódio está escrito, a forma como ambos os actores (António Assunção e Rui Mendes) se entrosavam, o facto dos "gags" serem de facto hilariantes, revela que poderá ter estado na origem da série "Duarte e Companhia" que foi da autoria da mesma equipa de escrita e realização (Rogério Ceitil, João Miguel Paulino, etc.) e que teve os dois actores como protagonistas.
Curiosidade
Duarte e Companhia também teve bastantes atores em comum com Zé Gato. Os atores António Assunção e Canto e Castro e o referido Rui Mendes do episódio: o agente americano), Ema Paúl (episódio: A Vermelhinha), Baptista Fernandes (episódios: O Inquérito e o agente americano) e ainda Luís Alberto (episódio: Lembras-te, José). Orlando Costa foi escolhido pelo realizador Luís Filipe Costa para uma pequena participação na série Uma cidade como a nossa de 1981 onde voltou a desempenhar o mesmo papel.
A união de Luís Lello e António Assunção
Como Orlando Costa estava internado no hospital acontece uma maior união entre Matrículas e o Inspetor Duarte. A união deles no episódio A Vermelhinha teve alguns toques de comédia pois Duarte (António Assunção) disfarça-se de marginal e joga à vermelhinha e ainda desafia os participantes que queiram entrar na aposta. Também quando está com duas raparigas fala de uma forma bastante cómica e diz que veio de França para Portugal. Essas cenas cómicas teriam ajudado à ideia de Rogério Ceitil, a fazer a união de Rui Mendes e António Assunção no último episódio.
Guia de Episódios
Temp. | Episódios | Ano de Transmissão | Dia da Semana | Elenco Principal | |
---|---|---|---|---|---|
1 | 13 | Terça-feira (episódios 7 a 13) |
Canto e Castro e António Assunção |
Armas usadas em Zé Gato e Duarte e Companhia
Em Fevereiro de 2013, a PSP de Vila Franca de Xira apreendeu em casa de Rogério Ceitil na freguesia de Alhandra, um revólver de calibre .32 e uma espingarda de cano liso ('shotgun') de calibre 12 utilizadas nas filmagens das séries Zé Gato e Duarte e Companhia, entregues voluntariamente pelo produtor. O produtor manifestou a vontade de as armas ficarem expostas em algum local, tendo em conta o seu valor histórico.
Ficha técnica
- Ano de Produção: 1978
- Anos de transmissão: 1979/1980
- Formato técnico: Filme, Cor
- Aspect Ratio: 4:3
- Episódios, 13 x 50min, com um intervalo
- Produção/Realização:
- Rogério Ceitil (13 episódios, 1979)
- Escrita:
- João Miguel Paulino (12? episódios, 1979)
- Dinis Machado (3? episódios, 1979)
- Pedro Franco (2? episódios, 1979)
- Produção
- Rogério Ceitil.... Produtor (13 episódios, 1979)
- Música Original
- Tozé Brito/Jorge Palma (13 episódios, 1979)
- Cinematografia/Direcção de Fotografia
- António Escudeiro (13 episódios, 1979)
- Montagem/Edição
- Rogério Ceitil (alguns episódios)
- Maria José Pinto (alguns episódios)
- Director assistente
- José Torres.... Director assistente (alguns episódios)
Ligações externas
Referências
- Séries da RTP
- Programas da RTP2
- Séries de televisão de drama criminal de Portugal
- Séries de televisão de drama criminal da década de 1970
- Séries de televisão de drama criminal da década de 1980
- Programas de televisão de Portugal que estrearam em 1979
- Programas de televisão de Portugal encerrados em 1980
- 1979 na televisão em Portugal
- 1980 na televisão em Portugal
- Programas de televisão em língua portuguesa