Abdalá I da Jordânia: diferenças entre revisões
Aj. Etiquetas: Edição via dispositivo móvel Edição feita através do sítio móvel Edição móvel avançada |
+fonte |
||
Linha 1: | Linha 1: | ||
{{Mais notas|data= |
{{Mais notas|data=abril de 2017}} |
||
{{sem notas|data=abril de 2017}} |
|||
{{Info/Nobre |
{{Info/Nobre |
||
|nome = |
|nome = Abedalá I |
||
|imagem = Cecil Beaton Photographs- Political and Military Personalities; Abdullah, King of Jordan; Abdullah, King of Jordan CBM1666.jpg |
|imagem = Cecil Beaton Photographs- Political and Military Personalities; Abdullah, King of Jordan; Abdullah, King of Jordan CBM1666.jpg |
||
|imgw = 250px |
|imgw = 250px |
||
Linha 13: | Linha 12: | ||
|cônjuge = Musbah bint Nasser |
|cônjuge = Musbah bint Nasser |
||
|tipo-cônjuge = Consorte |
|tipo-cônjuge = Consorte |
||
|cônjuges = Suzdil |
|cônjuges = Suzdil Canum<br/>Nada binte Omã |
||
|tipo-cônjuges = Esposas<br/>menores |
|tipo-cônjuges = Esposas<br/>menores |
||
|descendência = |
|||
|descendência = Haya da Jordânia<br/>[[Talal da Jordânia]]<br/>Munira da Jordânia<br/>Naif da Jordânia<br/>Maqbula da Jordânia<br/>Naifeh da Jordânia |
|||
⚫ | |||
⚫ | |||
⚫ | |||
⚫ | |||
* Munira da Jordânia |
|||
⚫ | |||
* Naife da Jordânia |
|||
⚫ | |||
* Macbula da Jordânia |
|||
* Naifé da Jordânia |
|||
⚫ | |||
⚫ | |||
⚫ | |||
⚫ | |||
|data de nascimento = {{dni||2|1882|si}} |
|data de nascimento = {{dni||2|1882|si}} |
||
|local de nascimento = [[Meca]], [[Império Otomano]] |
|local de nascimento = [[Meca]], [[Império Otomano]] |
||
|data da morte = {{morte|20|7|1951||2|1882}} |
|data da morte = {{morte|20|7|1951||2|1882}} |
||
|local da morte = [[Mesquita de Al-Aqsa]], [[Jerusalém]], [[Israel]] |
|local da morte = [[Mesquita de Al-Aqsa]], [[Jerusalém]], [[Israel]] |
||
|local de enterro = Mausoléu Real, Palácio de |
|local de enterro = Mausoléu Real, Palácio de Ragadã, [[Amã]], [[Jordânia]] |
||
|religião = [[Sunismo]] |
|religião = [[Sunismo]] |
||
}} |
}} |
||
''' |
'''Abedalá I'''{{sfn|Alves|2014|p=60}} ou '''Abdalá I'''<ref>{{Citar livro|título=Verbo: Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura|ano=1963|página=49|volume=1|local=Lisboa|editora=Editorial Verbo}}</ref> nascido '''Abedalá ibne Huceine''' ({{langx|ar|عبد الله الأول بن الحسين||''Abd Allāh ibn al-Husain''}}; [[Meca]], {{dtlink||2|1882}} – [[Jerusalém]], {{dtlink|20|7|1951}}) foi o Emir da [[Transjordânia]] de 1921 até sua elevação a reino em 1946, com ele continuando a reinar como [[Lista de reis da Jordânia|Rei da Jordânia]] até seu assassinato. Era o segundo filho de [[Huceine ibne Ali, Xarife de Meca]], e sua primeira esposa Abedia binte Abedalá. |
||
<ref>{{citar web |url=https://www.britannica.com/biography/Abdullah-I |título=Abdullah I king of Jordan |publicado=''[[Encyclopædia Britannica|Enciclopédia Britânica]]'' |autor= |língua=inglês |acessodata=14 de fevereiro de 2023}}</ref> |
|||
Era o segundo filho de [[Hussein bin Ali, Xarife de Meca]], e sua primeira esposa Abdiyya bint Abdullah.<ref>{{citar web |url=https://repositorio.ual.pt/bitstream/11144/4396/6/pt_vol10_n2.pdf#page=89 |título=PORQUE É IMPORTANTE UMA PERSPETIVA REGIONAL QUANDO ANALISAMOS CONFLITOS CIVIS NO MÉDIO ORIENTE E NO NORTE DE ÁFRICA?|citacao=A genealogia é importante entre as tribos árabes. Assim, é fundamental entender o parentesco entre as famílias reais da região. Hussein bin Ali, Xerife de Meca e líder dos haxemitas, aliou-se aos britânicos e rebelou-se contra os otomanos. Dois dos seus filhos tornaram-se reis: Faisal, da Síria, e posteriormente do Iraque, e Abdullah, da Jordânia. |publicado=JANUS.NET, e-journal of International Relations |autor=Samer Hamati |língua=pt |acessodata=12 de fevereiro de 2023}}</ref> |
|||
Entre cerca de |
Entre cerca de 1891 e 1908 viveu em [[Constantinopla]]. Em 1912 regressou a esta cidade quando foi eleito representante de Meca no parlamento, função que desempenhou até 1914. Junto com o seu pai e o seu irmão [[Faiçal I do Iraque|Faiçal]] participou da [[Revolta Árabe]] contra o [[Otomanos|domínio otomano]]. Com o fim do [[Império Otomano]], os ingleses confiam a Abedalá a região da [[Transjordânia]] em 1921, tornando-o [[Emir]] da região.<ref name="WDL">{{citar web|url = http://www.wdl.org/pt/item/422/ |título= O Guarda-Costas de Amir Abdullah's Bodyguard em Camelos, de Uniforme Vermelho, Verde e Branco, Mais Longe, à Esquerda |website = [[World Digital Library]] |data=abril de 1921 |acessodata= 2013-07-14 }}</ref> Por Transjordânia entendia-se toda a área a este do [[Rio Jordão]] até ao [[Iraque]], sendo este último território governado pelo seu irmão Faiçal. |
||
Durante a [[Segunda Guerra Mundial]], |
Durante a [[Segunda Guerra Mundial]], Abedalá manteve-se ao lado dos [[Aliados]] no [[Médio Oriente]], ajudando a impedir um golpe de estado no Iraque pró-[[Potências do Eixo|Eixo]] liderado por {{ilc|Raxide Algailani||Rachid el-Gailani}}. Como recompensa, os Ingleses fizeram de Abedalá rei da Transjordânia em Maio de 1946. Em 1948, um congresso árabe em Jerusalém declarou-o rei da Palestina, mas não foi reconhecido como tal por nenhuma potência internacional. Perante estas circunstâncias Abedalá contentou-se por ser monarca do Reino Haxemita da Jordânia, que incluía uma parte do território da Palestina a oeste do Jordão. No cenário regional saliente-se que em 1948 tinha sido declarado o estado de [[Israel]], tendo Abedalá mantido contactos secretos com [[Moshe Dayan]] que visavam dividir a [[Cisjordânia]] entre Israel e a Jordânia. |
||
Abedalá foi assassinado na [[Mesquita de Al-Aqsa]], em [[Jerusalém]], por um nacionalista árabe em 1951, que lhe censurava a aceitação da divisão da Palestina com Israel. Com ele encontrava-se o seu neto [[Huceine da Jordânia|Huceine]], que se tornaria rei da Jordânia meses depois, dado que o seu filho [[Talal da Jordânia|Talal]] sofria de [[esquizofrenia]]. |
|||
<ref>{{citar web|url = https://operamundi.uol.com.br/historia/37094/hoje-na-historia-1951-rei-abdullah-i-da-jordania-e-assassinado-em-jerusalem |título= Hoje na História: 1951 - Rei Abdullah I da Jordânia é assassinado em Jerusalém |website = [[Opera Mundi]] |data= |acessodata= 12 de fevereiro de 2023}}</ref> |
|||
⚫ | |||
⚫ | |||
⚫ | |||
== Ver também == |
|||
{{Começa caixa}} |
{{Começa caixa}} |
||
{{Caixa de sucessão| |
{{Caixa de sucessão| |
||
|título=Rei da Jordânia |
|título= Rei da Jordânia |
||
|anos= |
|anos = 1949-1951 |
||
|depois= [[Talal da Jordânia]] |
|||
|antes= |
|||
⚫ | |||
}} |
}} |
||
{{Termina caixa}} |
{{Termina caixa}} |
||
⚫ | |||
⚫ | |||
⚫ | |||
*{{Citar livro|sobrenome=Alves|nome=Adalberto|ano=2014|editora=Leya|local=Lisboa|isbn=9722721798|título=Dicionário de Arabismos da Língua Portuguesa| ref=harv}} |
|||
⚫ | |||
{{reis da Jordânia}} |
|||
[[Categoria:Reis da Jordânia]] |
[[Categoria:Reis da Jordânia]] |
||
[[Categoria:Monarcas assassinados]] |
[[Categoria:Monarcas assassinados]] |
||
[[Categoria:Mortos em 1951]] |
Revisão das 15h56min de 16 de agosto de 2023
Abedalá I | |
---|---|
Emir da Transjordânia | |
Reinado | 1 de abril de 1921 a 25 de maio de 1946 |
Rei da Jordânia | |
Reinado | 25 de maio de 1946 a 20 de julho de 1951 |
Coroação | 25 de maio de 1946 |
Sucessor(a) | Talal |
Nascimento | fevereiro de 1882 |
Meca, Império Otomano | |
Morte | 20 de julho de 1951 (69 anos) |
Mesquita de Al-Aqsa, Jerusalém, Israel | |
Sepultado em | Mausoléu Real, Palácio de Ragadã, Amã, Jordânia |
Nome completo | Abedalá ibne Alhuceine |
Consorte | Musbah bint Nasser |
Suzdil Canum Nada binte Omã | |
Descendência |
|
Casa | Haxemita |
Pai | Huceine ibne Ali, Xarife de Meca |
Mãe | Abedia binte Abedalá |
Religião | Sunismo |
Abedalá I[1] ou Abdalá I[2] nascido Abedalá ibne Huceine (em árabe: عبد الله الأول بن الحسين; romaniz.:Abd Allāh ibn al-Husain; Meca, fevereiro de 1882 – Jerusalém, 20 de julho de 1951) foi o Emir da Transjordânia de 1921 até sua elevação a reino em 1946, com ele continuando a reinar como Rei da Jordânia até seu assassinato. Era o segundo filho de Huceine ibne Ali, Xarife de Meca, e sua primeira esposa Abedia binte Abedalá.
Entre cerca de 1891 e 1908 viveu em Constantinopla. Em 1912 regressou a esta cidade quando foi eleito representante de Meca no parlamento, função que desempenhou até 1914. Junto com o seu pai e o seu irmão Faiçal participou da Revolta Árabe contra o domínio otomano. Com o fim do Império Otomano, os ingleses confiam a Abedalá a região da Transjordânia em 1921, tornando-o Emir da região.[3] Por Transjordânia entendia-se toda a área a este do Rio Jordão até ao Iraque, sendo este último território governado pelo seu irmão Faiçal.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Abedalá manteve-se ao lado dos Aliados no Médio Oriente, ajudando a impedir um golpe de estado no Iraque pró-Eixo liderado por Raxide Algailani. Como recompensa, os Ingleses fizeram de Abedalá rei da Transjordânia em Maio de 1946. Em 1948, um congresso árabe em Jerusalém declarou-o rei da Palestina, mas não foi reconhecido como tal por nenhuma potência internacional. Perante estas circunstâncias Abedalá contentou-se por ser monarca do Reino Haxemita da Jordânia, que incluía uma parte do território da Palestina a oeste do Jordão. No cenário regional saliente-se que em 1948 tinha sido declarado o estado de Israel, tendo Abedalá mantido contactos secretos com Moshe Dayan que visavam dividir a Cisjordânia entre Israel e a Jordânia.
Abedalá foi assassinado na Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, por um nacionalista árabe em 1951, que lhe censurava a aceitação da divisão da Palestina com Israel. Com ele encontrava-se o seu neto Huceine, que se tornaria rei da Jordânia meses depois, dado que o seu filho Talal sofria de esquizofrenia.
Ver também
Precedido por — |
Rei da Jordânia 1949-1951 |
Sucedido por Talal da Jordânia |
Referências
- ↑ Alves 2014, p. 60.
- ↑ Verbo: Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura. 1. Lisboa: Editorial Verbo. 1963. p. 49
- ↑ «O Guarda-Costas de Amir Abdullah's Bodyguard em Camelos, de Uniforme Vermelho, Verde e Branco, Mais Longe, à Esquerda». World Digital Library. Abril de 1921. Consultado em 14 de julho de 2013
Bibliografia
- Alves, Adalberto (2014). Dicionário de Arabismos da Língua Portuguesa. Lisboa: Leya. ISBN 9722721798
- PALMER, Alan - Who's Who in World Politics. Routledge, 1996. ISBN 0-415-13162-6