Rio Jordão

Jordão | |
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Comprimento | 190 km |
Nascente | encosta do monte Hérmon |
Foz | Mar Morto |
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O rio Jordão (em hebraico: נהר הירדן, nehar hayarden; em árabe: nahr al-urdun) é um curso de água de grande importância religiosa que se situa no Oriente Médio, formando o talvegue do Vale do Jordão. A Jordânia faz fronteira com o rio a leste, enquanto a Cisjordânia e Israel fazem a oeste. Jordão significa aquele que desce ou também lugar onde se desce (bebedouro). O rio deságua no mar Morto.
As suas margens, em especial no troço de montante que transporta água doce, são muito aproveitadas para agricultura.
Características[editar | editar código-fonte]
Nasce na encosta do monte Hérmon, atravessa os lago Hulé e segue depois até ao mar da Galileia, para desaguar no mar Morto.[1]
O rio tem profundidade máxima de 17 pés (5,2 m) e largura máxima de 60 pés (18 m).[2] Na maior parte de seu curso o rio se encontra abaixo do nível do mar, chegando a 390 metros abaixo deste nível ao desembocar no Mar Morto.
A característica principal do rio Jordão é o seu progressivo aumento de salinidade à medida que avança para o mar Morto. De facto, penetra doce no Lago de Tiberíades, mas saliniza a partir daí até chegar ao mar Morto, que chega a ser 25% mais salino que o Grande Lago Salgado, nos Estados Unidos. A salinidade dos mares é, em média, de 3,5%, isto é, 35 partes por mil. Logo, a salinidade do mar Morto é perto de dez vezes maior que a média dos oceanos.
Atualmente, o Vale do Jordão constitui um significativo trecho da fronteira Israel-Jordânia e Palestina-Jordânia, constituindo um terço do território cisjordaniano. No seu trecho final, este rio corre entre margens desérticas.
Afluentes[editar | editar código-fonte]
- Rio Hasbani ou Esnir, que nasce no Líbano e também recebe água do rio Uazani;
- Rio Dã;
- Rio Banias.
Degradação ambiental[editar | editar código-fonte]
Devido ao intenso uso de suas águas para consumo humano e para atividades agrícolas, o rio teve sua vazão original reduzida em 90%.[1] Além disso, os níveis de poluição são bastante elevados, especialmente após o mar da Galileia.[1][3]
Importância histórica[editar | editar código-fonte]
O rio Jordão foi cenário para diversas histórias da narrativa bíblica. Dado o grande alcance das religiões abraâmicas no mundo, o rio Jordão assume grande importância histórico-cultural. Segundo a narrativa bíblica, os israelitas atravessaram o rio a seco, segundo o Livro de Josué (3:17). Também foi atravessado a seco pelos profetas Elias e Eliseu. Por intermédio de Eliseu, segundo a Bíblia Hebraica, houve dois milagres no Jordão: a cura de Naamã, por ter mergulhado sete vezes no rio; e fez flutuar a cabeça de ferro de um machado (II Reis 5:14; II Reis 6:6). De acordo com os Evangelhos, São João Batista desenvolveu a sua pregação nas proximidades do Jordão, onde Jesus foi batizado e não terá sido longe daí que decorreu o período das suas tentações. Atualmente, o rio Jordão é uma das maiores fontes de água de Israel, Palestina e Jordânia.
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ a b c «Cópia arquivada». Consultado em 24 de agosto de 2010. Arquivado do original em 20 de abril de 2010
- ↑ https://www.jacksonsun.com/story/opinion/columnists/2018/02/02/standing-river-jordan/1087679001/
- ↑ http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/07/israel-estuda-proibir-batismos-no-jordao-pela-poluicao.html
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Dicionário da Bíblia de Almeida, Ed. Sociedade Bíblica do Brasil; ISBN 85.311.0289-8
Ligações externas[editar | editar código-fonte]