António Segadães Tavares: diferenças entre revisões

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'''António Segadães Tavares''' ([[Luau]], [[1944]]) é um [[engenheiro civil]] [[português]].
'''António Segadães Tavares''' ([[Luau]], [[1944]]) é um [[engenheiro civil]] [[português]].


Primeiro português a vencer o [[prémio OStrA]] <ref>[http://matematica2.no.sapo.pt/segadaes/nobeleng.htm Artigo sobre o prémio OStrA] na revista [[Pública]] nº 431 de 29-08-2004.</ref>, em [[2004]], com a ampliação do [[Aeroporto da Madeira]], e especialista em estruturas e uma figura incontornável da [[Engenharia|engenharia]] em [[Portugal]]. Em criança brincava com jogos de construção em madeira e cartão e aos dezasseis anos veio para [[Lisboa]]. Matriculado em [[Engenharia]] [[Electrotecnia|Electroténica]], não ficou indiferente aos movimentos de estudantes contra o [[Salazarismo]]. Envolveu-se nas greves de [[1962]], quando foi decretado o luto académico, e acabou por mudar de curso e de cidade. Em [[Coimbra]], inscreveu-se em [[Engenharia Civil]], acabando, porém, por se licenciar no [[Porto]], em [[1968]]. Aí obteve o prémio da Fundação Eng.º António de Almeida, do [[Porto]]. Foi convidado para assistente no [[Instituto Superior Técnico]], em [[Lisboa]], acabando por regressar à [[Angola]], onde leccionou na Faculdade de Engenharia da Universidade de Luanda, até finais de [[1975]]. Tinha resolvido ficar em [[Angola]] mesmo após o [[25 de Abril de 1974]], até que em [[Outubro]] de [[1975]] lhe saquearam a casa. De regresso a [[Portugal]], ingressou como professor associado na [[Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa]]. Entretanto elaborava projectos desde [[1969]] e dava à estapa várias publicações, entre as quais ''Análise Matricial de Estruturas'', de [[1972]]. Foi autor de projectos como a emblemática pala do [[Pavilhão de Portugal]], o [[Centro Cultural de Belém]], a [[Faculdade de Medicina Veterinária]], a reconstrução da zona ardida do [[Chiado]] e o reforço do túnel do [[Rossio]], em [[Lisboa]], o [[Instituto Karl Marx]] e o Estádio da Cidadela, em [[Luanda]]. Tavares, que advoga uma engenharia funcional, considera incontornável uma simbiose entre aquela e a arquitectura. Mantém-se como professor catedrático convidado de Introdução à Engenharia Civil, na [[Faculdade de Ciências e Tecnologia]] da [[Universidade Nova de Lisboa]].
Primeiro português a vencer o [[prémio OStrA]] <ref>[http://matematica2.no.sapo.pt/segadaes/nobeleng.htm Artigo sobre o prémio OStrA] na revista [[Pública]] nº 431 de 29-08-2004.</ref>, em [[2004]], com a ampliação do [[Aeroporto da Madeira]], é especialista em estruturas e uma figura incontornável da [[Engenharia|engenharia]] em [[Portugal]]. Em criança brincava com jogos de construção em madeira e cartão e aos dezasseis anos veio para [[Lisboa]]. Matriculado em [[Engenharia]] Electrotécnica, não ficou indiferente aos movimentos de estudantes contra o [[Salazarismo]], envolvendo-se nas greves de [[1962]], quando foi decretado o luto académico. Posteriormente acaba por mudar de curso e de cidade. Em [[Coimbra]] inscreveu-se em [[Engenharia Civil]], mas seria na [[Universidade do Porto]], que acabaria por se licenciar, em [[1968]], recebendo o prémio da Fundação Eng.º António de Almeida, do [[Porto]]. Foi convidado para assistente no [[Instituto Superior Técnico]], em [[Lisboa]], acabando por regressar à [[Angola]], onde leccionou na Faculdade de Engenharia da Universidade de Luanda, até finais de [[1975]]. Ligado ao [[MPLA]], havia resolvido ficar em [[Angola]] após o [[25 de Abril de 1974]], até que em [[Outubro]] de [[1975]] lhe saquearam a casa. De regresso a [[Portugal]], ingressou como professor associado na [[Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa]]. Projectista a partir de [[1969]], publicou alguns trabalhos, de que se salienta ''Análise Matricial de Estruturas'', de [[1972]]. Foi autor de projectos como a emblemática pala do [[Pavilhão de Portugal]], o [[Centro Cultural de Belém]], a [[Faculdade de Medicina Veterinária]], a reconstrução da zona ardida do [[Chiado]] e o reforço do túnel do [[Rossio]], em [[Lisboa]], o [[Instituto Karl Marx]] e o Estádio da Cidadela, em [[Luanda]]. Tavares, que advoga uma engenharia funcional, considera incontornável uma simbiose entre aquela e a arquitectura. Mantém-se como professor catedrático convidado de Introdução à Engenharia Civil, na [[Faculdade de Ciências e Tecnologia]] da [[Universidade Nova de Lisboa]].


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Revisão das 02h47min de 29 de novembro de 2010

António Segadães Tavares (Luau, 1944) é um engenheiro civil português.

Primeiro português a vencer o prémio OStrA [1], em 2004, com a ampliação do Aeroporto da Madeira, é especialista em estruturas e uma figura incontornável da engenharia em Portugal. Em criança brincava com jogos de construção em madeira e cartão e aos dezasseis anos veio para Lisboa. Matriculado em Engenharia Electrotécnica, não ficou indiferente aos movimentos de estudantes contra o Salazarismo, envolvendo-se nas greves de 1962, quando foi decretado o luto académico. Posteriormente acaba por mudar de curso e de cidade. Em Coimbra inscreveu-se em Engenharia Civil, mas seria na Universidade do Porto, que acabaria por se licenciar, em 1968, recebendo o prémio da Fundação Eng.º António de Almeida, do Porto. Foi convidado para assistente no Instituto Superior Técnico, em Lisboa, acabando por regressar à Angola, onde leccionou na Faculdade de Engenharia da Universidade de Luanda, até finais de 1975. Ligado ao MPLA, havia resolvido ficar em Angola após o 25 de Abril de 1974, até que em Outubro de 1975 lhe saquearam a casa. De regresso a Portugal, ingressou como professor associado na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Projectista a partir de 1969, publicou alguns trabalhos, de que se salienta Análise Matricial de Estruturas, de 1972. Foi autor de projectos como a emblemática pala do Pavilhão de Portugal, o Centro Cultural de Belém, a Faculdade de Medicina Veterinária, a reconstrução da zona ardida do Chiado e o reforço do túnel do Rossio, em Lisboa, o Instituto Karl Marx e o Estádio da Cidadela, em Luanda. Tavares, que advoga uma engenharia funcional, considera incontornável uma simbiose entre aquela e a arquitectura. Mantém-se como professor catedrático convidado de Introdução à Engenharia Civil, na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

Referências

  1. Artigo sobre o prémio OStrA na revista Pública nº 431 de 29-08-2004.


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