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*Não explica a '''translocação''' – movimento floémico bidireccional;
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*Os modelos físicos indicam que a pressão provocada pelo fluxo de massa não é suficiente para empurrar a seiva através das placas crivosas, estando certamente outros mecanismos, até agora desconhecidos, envolvidos neste processo.
*Os modelos físicos indicam que a pressão provocada pelo fluxo de massa não é suficiente para empurrar a seiva através das placas crivosas, estando certamente outros mecanismos, até agora desconhecidos, envolvidos neste processo.

=={{ver também}}==
* [[Seiva elaborada]]
* [[Xilema]]


=={{Ligações externas}}==
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Revisão das 15h05min de 31 de julho de 2011

Em botânica, o floema é o tecido das plantas vasculares encarregado de levar a seiva elaborada pelo caule até à raiz e aos órgãos de reserva.

A seiva elaborada, que é uma solução aquosa de substâncias orgânicas, é transportada através do floema desde os órgãos da planta com capacidade fotossintética até aos outros órgãos que e funcionam como consumidores dessas substâncias, nomeadamente, os meristemas, as células do interior do caule, da raiz, das flores, dos frutos e dos órgãos de reserva - que podem estar dispersos dentro do caule e da raiz, mas que podem estar especializados, como os tubérculos e rizomas.

Nas árvores e outras plantas com crescimento secundário, o floema é parte do córtex ou "casca primária" e o termo floema deriva da palavra grega para "casca".

Ocorrência

Ocorre em quase todas as partes da planta: caule, raiz, folha, partes florais etc.

O floema normalmente vem mais externamente do que o xilema. Mas acontece que, em raízes de crescimento primário (em altura), o floema e o xilema se alternam - isto acontece devido à desorganização dos órgãos das plantas. Já em raízes de crescimento secundário (espessura), o floema fica mais externamente e o xilema mais internamente. Acontece o inverso em alguns casos de famílias de dicotiledôneas, o xilema para fora e floema mais para dentro, chamado de floema incluso, devido ao crescimento em excesso de algum órgão em espessura.

Células do floema

O floema é formado por células alongadas, cilíndricas, formadas pelo meristema apical (nas extremidades do caule ou dos ramos), ou pelo câmbio vascular que forma o floema secundário da sua porção externa.

O floema é constituído por quatro tipos celulares básicos:

Células crivosas

As células crivosas ou elementos de tubo crivado são células vivas (quase sem organelos), colocadas topo a topo, formando os tubos crivosos. As suas paredes celulares transversais denominam-se placas crivosas, cujos microporos estabelecem a ligação entre o citoplasma de células adjacentes.

Cada microporo é revestido de calose (polímero de glicose), que no Inverno pode obstruir completamente o vaso, dissolvendo-se depois na primavera. Quando ocorrem infecções ou o vaso é parasitado, também pode ser obstruído com calose.

Células de companhia

Células de companhia ou células companheiras são células parenquimáticas especializadas, que contém todos os componentes que existem nas células vivas, inclusive o núcleo. O Elemento do tubo crivado e suas células companheiras estão relacionados no desenvolvimento,são derivados da mesma célula mãe e têm várias conexões citoplasmáticas entre si. A possível função das células companheiras é a de liberar substâncias para o elemento do tudo crivado, e, quando o núcleo deste estiver ausente, incluir moléculas de informação, proteínas e ATP. Quando um elemento crivado morre, morrem também suas células companheiras, o que é uma demonstração dessa interdependência.

Parênquima liberino

As células do parênquima liberino exercem funções de reserva.

Fibras liberinas

As fibras liberinas são células mortas do floema e exercem funções de suporte.

Mecanismos envolvidos no transporte de floema

No floema, a seiva elaborada é transportada em todas as direcções (ao contrário do que ocorre no xilema), e a esta movimentação em todos os sentidos chama-se translocação floémica, que ocorre a uma velocidade que varia entre 50 a 100 cm/h. Embora o movimento da seiva floémica seja menos conhecido que o da xilémica, a hipótese do fluxo de massa é a mais aceite relativamente ao transporte floémico.

Hipótese do fluxo de massa

Ou hipótese de fluxo sob pressãoMünch (1926)

Esta hipótese baseia-se na existência de um gradiente de concentração de sacarose entre os órgãos produtores e os órgãos consumidores ou de armazenamento.

  1. A união da glicose mais a frutose forma a sacarose no mesofilo, antes de chegar ao floema;
  2. Por transporte activo a sacarose passa para as células companhia (que produzem energia) e destas para os tubos crivosos (através das conexões plasmáticas);
  3. À medida que aumenta a concentração de sacarose no floema, aumenta também a pressão osmótica, em relação aos tecidos circundantes (xilema e parênquima);
  4. A água entra por osmose nos tubos crivosos, aumentando a pressão de turgescência;
  5. A pressão de turgescência empurra a seiva através das placas crivosas, movendo-se a seiva das zonas de maior pressão para as zonas de menor pressão;
  6. Conforme as necessidades da planta, a sacarose vai passando para os locais de consumo e reserva (pensa-se que por transporte activo);
  7. Nos tubos crivosos o meio fica hipotónico (a pressão osmótica decresce), pelo que a água tende a sair por osmose;
  8. Nos órgãos de consumo e reserva a sacarose é degrada em glicose (e usada na respiração celular ou como componente de outros compostos), ou polimeriza-se em amido (ficando em reserva).
Limitações do Modelo
  • Não explica a translocação – movimento floémico bidireccional;
  • Os modelos físicos indicam que a pressão provocada pelo fluxo de massa não é suficiente para empurrar a seiva através das placas crivosas, estando certamente outros mecanismos, até agora desconhecidos, envolvidos neste processo.

Ver também

Ligações externas

Commons
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Floema

  • Campbell, Neil A. e Jane B. Reece (sem data) Biology, 6ª ed., Benjamin Cummings.
  • Salisbury,Frank; Ross, Cleon (1992). Plant Physiology Fourth Edition ed. [S.l.]: Wasworth, Inc. ISBN 0-534-15162-0  Parâmetro desconhecido |Autor= ignorado (|autor=) sugerido (ajuda); Parâmetro desconhecido |Páginas= ignorado (|páginas=) sugerido (ajuda)
  • Meyer, B.; et al. (1973). Introdução à Fisiologia Vegetal 2ªedição ed. [S.l.]: Fundação Calouste Gulbenkian  Parâmetro desconhecido |Autor= ignorado (|autor=) sugerido (ajuda); Parâmetro desconhecido |Páginas= ignorado (|páginas=) sugerido (ajuda)
  • Peter, Raven H., Evert, Ray F., Eichhorn, Susan E. ; Biologia Vegetal, 6a. ed., Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2001.

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