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Maria Veleda: diferenças entre revisões

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Aos quinze anos começa a dedicar-se ao professorado a fim de ajudar sua mãe e um irmão mais novo. Aos dezanove fez a sua estreia literária num jornal provinciano ''O Distrito de Faro'', e a partir daí a sua actividade literária não pára, colaborando na imprensa de todo o país.
Aos quinze anos começa a dedicar-se ao professorado a fim de ajudar sua mãe e um irmão mais novo. Aos dezanove fez a sua estreia literária num jornal provinciano ''O Distrito de Faro'', e a partir daí a sua actividade literária não pára, colaborando na imprensa de todo o país.


Nas idas ao Seminário, conheceu Francisco Xavier Cândido Guerreiro (1871-1953), por quem se apaixonou. Aos 19 anos adoptou uma criança de 14 meses, filho de uma empregada da casa que viria a falecer, que teve de nome Luís Frederico Viegas. Em 1899, na aldeia de [[Odivelas (Ferreira do Alentejo)|Odivelas]] (Ferreira do Alentejo), nasceu o seu filho biológico Cândido Guerreiro Xavier da Franca, que foi apadrinhado pelo irmão adoptivo<ref>{{citar livro|nome = Esteves, João e Castro, Zília Osório de|sobrenome = |título = Feminae, Dicionário Contemporâneo|ano = 2013|puborig = |editora = CIG|local = Lisboa}}</ref>. Mais tarde separou.se de Cândido Guerreiro. Este casaria em 1909 com Margarida Sousa Costa, residindo em [[Loulé]].
Nas idas ao Seminário, conheceu Francisco Xavier Cândido Guerreiro (1871-1953), por quem se apaixonou. Aos 19 anos adoptou uma criança de 14 meses, filho de uma empregada da casa que viria a falecer, que teve de nome Luís Frederico Viegas. Em 1899, na aldeia de [[Odivelas (Ferreira do Alentejo)|Odivelas]] (Ferreira do Alentejo), nasceu o seu filho biológico Cândido Guerreiro Xavier da Franca, que foi apadrinhado pelo irmão adoptivo<ref>{{citar livro|nome = Esteves, João e Castro, Zília Osório de|sobrenome = |título = Feminae, Dicionário Contemporâneo|ano = 2013|puborig = |editora = CIG|local = Lisboa}}</ref>. Mais tarde separou-se de Cândido Guerreiro. Este casaria em 1909 com Margarida Sousa Costa, residindo em [[Loulé]].


De início as suas produções em prosa e em verso revestiram-se de um carácter meramente literário, mas a pouco e pouco nota-se um amadurecimento nas suas ideias. É, no entanto, em Lisboa, onde se fixa em 1905, após um percurso sinuoso por terras alentejanas, que Maria Veleda se vai afirmar.
De início as suas produções em prosa e em verso revestiram-se de um carácter meramente literário, mas a pouco e pouco nota-se um amadurecimento nas suas ideias. É, no entanto, em Lisboa, onde se fixa em 1905, após um percurso sinuoso por terras alentejanas, que Maria Veleda se vai afirmar.

Revisão das 22h10min de 1 de abril de 2019

Maria Carolina Frederico Crispim
Maria Veleda
Maria Veleda com 41 anos, em 1912.
Pseudônimo(s) Maria Veleda, Myriam, Wasilisa
Nascimento 26 de fevereiro de 1871
São Pedro, Faro, Portugal
Morte 8 de abril de 1955 (84 anos)
Santa Engrácia, Lisboa
Nacionalidade Portugal Português
Ocupação Professora, jornalista e tradutora

Maria Veleda, pseudónimo de Maria Carolina Frederico Crispim (São Pedro, Faro, 26 de fevereiro de 1871Santa Engrácia, Lisboa, 8 de abril de 1955), foi uma professora, jornalista, feminista, republicana, livre pensadora e espiritualista portuguesa. Foi pioneira na luta pela educação das crianças e dos direitos das mulheres e na propaganda dos ideais republicanos, sendo uma das mais importantes dirigentes do primeiro movimento feminista português.

Biografia

Maria Veleda.

Filha de João Diogo Frederico Crispim e de Carlota Perpétua da Cruz Crispim, "proprietários abastados, cuja fortuna foi, entretanto, desbaratada", nasceu na Rua da Parreira, em Faro, no seio de uma família tradicionalmente católica, tendo manifestado desejos, na juventude, de professar. Eram seus avós paternos Diogo Frederico Crispim e Guiomar Teresa, maternos Manuel da Cruz e Maria de Jesus.

Aos quinze anos começa a dedicar-se ao professorado a fim de ajudar sua mãe e um irmão mais novo. Aos dezanove fez a sua estreia literária num jornal provinciano O Distrito de Faro, e a partir daí a sua actividade literária não pára, colaborando na imprensa de todo o país.

Nas idas ao Seminário, conheceu Francisco Xavier Cândido Guerreiro (1871-1953), por quem se apaixonou. Aos 19 anos adoptou uma criança de 14 meses, filho de uma empregada da casa que viria a falecer, que teve de nome Luís Frederico Viegas. Em 1899, na aldeia de Odivelas (Ferreira do Alentejo), nasceu o seu filho biológico Cândido Guerreiro Xavier da Franca, que foi apadrinhado pelo irmão adoptivo[1]. Mais tarde separou-se de Cândido Guerreiro. Este casaria em 1909 com Margarida Sousa Costa, residindo em Loulé.

De início as suas produções em prosa e em verso revestiram-se de um carácter meramente literário, mas a pouco e pouco nota-se um amadurecimento nas suas ideias. É, no entanto, em Lisboa, onde se fixa em 1905, após um percurso sinuoso por terras alentejanas, que Maria Veleda se vai afirmar.

Quando desempenhava as funções de docente no "Centro Escolar Republicano Afonso Costa", converteu-se aos ideais da República e ao livre-pensamento (1906). Iniciada na Maçonaria, tornou-se uma das maiores propagandistas da liberdade de consciência e do anticlericalismo.

Por volta de 1916, a sua preocupação com o sentido da existência levou-a a tomar contacto com os conceitos do espiritualismo e do esoterismo, tendo aderido ao espiritismo filosófico, científico e experimental. Fundou o "Grupo das Sete", que mais tarde se transformou no Centro Espiritualista Luz e Amor. Foi um dos elementos dinamizadores do I Congresso Espírita Português (1925) e participou na fundação da Federação Espírita Portuguesa (1926). Fundou as revistas "A Asa", "O Futuro" e "A Vanguarda Espírita", tendo colaborado na imprensa espiritualista de todo o país, à época. Faleceu de insuficiência cardíaca aos 84 anos, onde vivia, na Avenida General Roçadas, número 5, rés-do-chão esquerdo, sendo sepultada no Alto de São João.

Encontra-se colaboração da sua autoria na revista Ave Azul[2] (1899-1900). Uma escola básica em Santo António dos Cavaleiros recebeu o seu nome.

Em 1976, a Câmara Municipal de Lisboa homenageou a escritora dando o seu nome a uma rua na zona da Quinta dos Condes de Carnide, em Carnide.

Referências

  1. Feminae, Dicionário Contemporâneo. Lisboa: CIG. 2013  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
  2. Rita Correia (26 de Março de 2011). «Ficha histórica: Ave azul : revista de arte e critica (1899-1900)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 23 de Junho de 2014 

Bibliografia

  • VASCONCELOS, Manuela. Grandes Vultos do Movimento Espírita Português.

Ligações externas

Ver também