Búzio: diferenças entre revisões
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Revisão das 08h10min de 15 de agosto de 2020
Búzio | |||||||||
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A concha do Cassidae Cassis tuberosa (Linnaeus, 1758)[5], espécie denominada búzio em costas brasileiras e utilizada como instrumento de sopro.[2][3][4]
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Classificação científica | |||||||||
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Búzio (ou buzo, na região nordeste do Brasil)[2][6] é a denominação vernácula, em português, para vários moluscos gastrópodes marinhos da subclasse Caenogastropoda; caramujos cujas conchas são caracterizadas por apresentar um canal sifonal mais ou menos longo; alguns dotados de espiral fusiforme, mais ou menos alta, como é o caso de Charonia variegata (Lamarck, 1816), encontrada na ilha da Madeira[4][7][8], ou Charonia lampas (Linnaeus, 1758).[9][10] Em Portugal, as principais espécies com tal nome são os Muricidae Bolinus brandaris (Linnaeus, 1758), de coloração amarelada, também chamada búzio-canilha, e Hexaplex trunculus (Linnaeus, 1758), de coloração branco-amarelada, com listras amarronzadas em espiral.[1][2][3][4][11] A palavra também é empregada nos moluscos da família Buccinidae, como é o caso de Buccinum undatum Linnaeus, 1758, também chamados bucinos.[12][13]
No Brasil esta denominação inclui espécies de Cypraeidae nativas e provenientes do Indo-Pacífico, utilizadas como instrumento de adivinhação pelas religiões de matriz africana; como é o caso das espécies Naria spurca (Linnaeus, 1758) - conhecida por buzo-fêmea -[2][3][14][15][16], Luria cinerea (Gmelin, 1791) - conhecida por buzo-macho -[2][3][17], Monetaria moneta (Linnaeus, 1758), Monetaria annulus (Linnaeus, 1758) e Monetaria caputserpentis (Linnaeus, 1758)[14][18][19][20]; também sendo denominados búzio os moluscos de maiores dimensões, como Cassis tuberosa (Linnaeus, 1758), o búzio-totó[2][5][21], Titanostrombus goliath (Schröter, 1805), o búzio-de-aba ou búzio-de-chapéu[22][23][24], e Monoplex parthenopeus (Salis Marschlins, 1793), o búzio peludo ou búzio-cabeludo.[25][26] Rodolpho von Ihering comenta, no seu Dicionario dos Animais do Brasil, esta denominação para o gênero Strombus e acrescenta a ilustração do caramujo Strombus pugilis Linnaeus, 1758 em seu verbete.[6]
Etimologia
A etimologia de búzio provém de bucina ou bucĭnu, que significa "trombeta" ou "trombeteiro", em latim, e "buzina", em português; denominação esta proveniente do fato de que algumas destas espécies são utilizadas como instrumento de sopro pelos pescadores e jangadeiros para anunciar sua chegada ao porto ou como meio de comunicação marítima.[3][27] Para esta finalidade, preparam um furo no ápice da espiral da concha, por onde sopram produzindo um som de estridência rouquenha, muito característico, que se ouve de bem longe.[28] Existem outras espécies, fora dos territórios de língua portuguesa, em que se servem da mesma finalidade os habitantes da costa; como é o caso de Aliger gigas, Titanostrombus galeatus, Charonia tritonis, Turbinella pyrum e Syrinx aruanus.[carece de fontes] Búzio também é o nome dado ao mergulhador que, no fundo do mar, apanha conchas, corais, peixes e ostras contendo pérolas ou executa qualquer outro trabalho subaquático.[3][15]
Galeria de imagens de espécies de búzios
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Charonia variegata (Lamarck, 1816)[7]
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Hexaplex trunculus (Linnaeus, 1758)[11]
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Titanostrombus goliath (Schröter, 1805)[22]
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Buccinum undatum Linnaeus, 1758[12]
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Monetaria moneta (Linnaeus, 1758)[18]
Ver também
Referências
- ↑ a b «Bolinus brandaris» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 14 de agosto de 2020
- ↑ a b c d e f g HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles; FRANCO, Francisco Manoel de Mello (2001). Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa 1ª ed. Rio de Janeiro: Objetiva. p. 536. 2922 páginas. ISBN 85-7302-383-X
- ↑ a b c d e f g FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda (1986). Novo Dicionário da Língua Portuguesa 2ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. p. 296-297. 1838 páginas
- ↑ a b c d «búzio». Infopédia - Dicionários Porto Editora. 1 páginas. Consultado em 14 de agosto de 2020
- ↑ a b «Cassis tuberosa» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 14 de agosto de 2020
- ↑ a b IHERING, Rodolpho von (1968). Dicionario dos Animais do Brasil. São Paulo: Editora Universidade de Brasília. p. 169. 790 páginas
- ↑ a b «Charonia variegata» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 14 de agosto de 2020
- ↑ Encarnação, Helena Paula Olim. «ESPÉCIE DO MÊSː BÚZIO DE TOCAR». Câmara Municipal do Funchal. 1 páginas. Consultado em 14 de agosto de 2020
- ↑ «Charonia lampas» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 14 de agosto de 2020
- ↑ Ferreira, Franclim F. (2002–2004). «Conchas» (em inglês). FEUP. 1 páginas. Consultado em 14 de agosto de 2020
- ↑ a b «Hexaplex trunculus» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 14 de agosto de 2020
- ↑ a b «Buccinum undatum distribution» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 14 de agosto de 2020
- ↑ «bucino». Dicionário Online de Português: Dicio. 1 páginas. Consultado em 14 de agosto de 2020.
Gênero (Buccinum) típico da família dos Bucinídeos, que compreende os búzios.
- ↑ a b Léo Neto, Nivaldo A.; Voeks, Robert; Dias, Thelma; Alves, Rômulo (março de 2012). «Mollusks of Candomblé: Symbolic and ritualistic importance» (em inglês). ResearchGate. 1 páginas. Consultado em 14 de agosto de 2020.
Mollusks used in Candomble temples, including uses, symbolism, and liturgy.
- ↑ a b «búzio». Michaelis - Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. 1 páginas. Consultado em 14 de agosto de 2020
- ↑ «Naria spurca» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 14 de agosto de 2020
- ↑ «Luria cinerea» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 14 de agosto de 2020
- ↑ a b «Monetaria moneta» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 14 de agosto de 2020
- ↑ «Monetaria annulus» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 14 de agosto de 2020
- ↑ «Monetaria caputserpentis» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 14 de agosto de 2020
- ↑ BOFFI, Alexandre Valente (1979). Moluscos Brasileiros de Interesse Médico e Econômico. São Paulo: FAPESP - Hucitec. p. 23. 182 páginas
- ↑ a b «Titanostrombus goliath» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 14 de agosto de 2020
- ↑ MOSCATELLI, Renato (1987). A Superfamília Strombacea no Atlântico Ocidental. São Paulo: Antônio A Nano & Filho Ltda. p. 63. 98 páginas
- ↑ BOFFI, Alexandre Valente (Op. cit., p.21.).
- ↑ «Monoplex parthenopeus» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 14 de agosto de 2020
- ↑ «RANELLIDAE». Conquiliologistas do Brasil: CdB. 1 páginas. Consultado em 14 de agosto de 2020
- ↑ «Bucina». Dicionário Glosbe. 1 páginas. Consultado em 14 de agosto de 2020
- ↑ SANTOS, Eurico (1982). Zoologia Brasílica, vol. 7. Moluscos do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia. p. 97. 144 páginas