História da Literatura Ocidental: diferenças entre revisões
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No final do [[século XX]], o jornal ''[[Folha de S.Paulo]]'' reuniu especialistas para escolher as cem melhores obras de não-ficção do [[século XX]] e a ''História da Literatura Ocidental'' de Carpeaux alcançou o 18.º lugar, sendo o único livro escrito por um brasileiro, além de [[Os Sertões]], de [[Euclides da Cunha]], a fazer parte da lista.<ref>{{citar web|url=http://www.uol.com.br/fsp/mais/fs11049909.htm|título=Os Cem Mais|publicado=Folha de |
No final do [[século XX]], o jornal ''[[Folha de S.Paulo]]'' reuniu especialistas para escolher as cem melhores obras de não-ficção do [[século XX]] e a ''História da Literatura Ocidental'' de Carpeaux alcançou o 18.º lugar, sendo o único livro escrito por um brasileiro, além de [[Os Sertões]], de [[Euclides da Cunha]], a fazer parte da lista.<ref>{{citar web|url=http://www.uol.com.br/fsp/mais/fs11049909.htm|título=Os Cem Mais|publicado=Folha de S.Paulo|acessodata=16-5-2017}}{{Ligação inativa|1={{subst:DATA}} }}</ref> A obra recebeu o [[prêmio Jabuti]] de melhor livro de crítica literária.<ref>{{Citar livro|título=Prêmio Jabuti |subtítulo=50 anos |local=São Paulo | editora=Câmara Brasileira do Livro e Imprensa Oficial do Estado de São Paulo |ano=2008 |isbn=978-85-7060-647-1}}</ref> |
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Tomando como referência e edição lançada pelo Senado Federal em 4 tomos, na primeira parte de sua ''História da Literatura Ocidental'', Carpeaux parte da [[Antiguidade clássica|Antiguidade greco-latina]], passando pela [[Idade Média]] e analisando o [[Renascimento]] e a [[Reforma]].<ref name= |
Tomando como referência e edição lançada pelo Senado Federal em 4 tomos, na primeira parte de sua ''História da Literatura Ocidental'', Carpeaux parte da [[Antiguidade clássica|Antiguidade greco-latina]], passando pela [[Idade Média]] e analisando o [[Renascimento]] e a [[Reforma]].<ref name="hdlo">{{citar livro |ultimo=Carpeaux |primeiro=Otto Maria |página=22 |titulo=História da Literatura Ocidental |local=São Paulo |editora=Senado |isbn=9788544101179}}</ref> |
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A segunda parte foi chamada, pelo poeta [[Carlos Drummond de Andrade]], “livro-chave essencial", e abrange [[barroco]], [[classicismo]], [[neobarroco]], classicismo [[racionalista]] e o [[pré-romantismo]] ocidentais. Carpeaux analisa a poesia, o teatro, a epopeia e o romance picaresco de autores como [[Cervantes]], [[Góngora]], [[Shakespeare]] e [[Molière]].<ref name= |
A segunda parte foi chamada, pelo poeta [[Carlos Drummond de Andrade]], “livro-chave essencial", e abrange [[barroco]], [[classicismo]], [[neobarroco]], classicismo [[racionalista]] e o [[pré-romantismo]] ocidentais. Carpeaux analisa a poesia, o teatro, a epopeia e o romance picaresco de autores como [[Cervantes]], [[Góngora]], [[Shakespeare]] e [[Molière]].<ref name="hdlo"/> |
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A terceira parte refere-se ao [[romantismo]] e segue até os tempos atuais. Nele Carpeaux analisa também os brasileiros como [[José de Alencar]], [[Castro Alves]], [[Álvares de Azevedo]] e [[Machado de Assis]], além do [[realismo]] e o [[naturalismo]]. Aqui Carpeaux ainda abrange Balzac, Machado, Eça, Tolstoi, Zola, Dostoievski, Melville, Baudelaire, e mais Aluísio Azevedo, Augusto dos Anjos, Graça Aranha e Mário de Andrade, entre tantos autores; bem como a transformação social com o aparecimento do marxismo.<ref name= |
A terceira parte refere-se ao [[romantismo]] e segue até os tempos atuais. Nele Carpeaux analisa também os brasileiros como [[José de Alencar]], [[Castro Alves]], [[Álvares de Azevedo]] e [[Machado de Assis]], além do [[realismo]] e o [[naturalismo]]. Aqui Carpeaux ainda abrange Balzac, Machado, Eça, Tolstoi, Zola, Dostoievski, Melville, Baudelaire, e mais Aluísio Azevedo, Augusto dos Anjos, Graça Aranha e Mário de Andrade, entre tantos autores; bem como a transformação social com o aparecimento do marxismo.<ref name="hdlo"/> |
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O último e quarto volume traz uma densa análise sobre a atmosfera intelectual, social e literária do fim do [[século XX]] com o surgimento do [[simbolismo]], além de um esboço das tendências contemporâneas. Carpeaux encerra dessa forma sua ''magnum opus'', com uma extensa analise em profundidade dos demais diversos autores.<ref name= |
O último e quarto volume traz uma densa análise sobre a atmosfera intelectual, social e literária do fim do [[século XX]] com o surgimento do [[simbolismo]], além de um esboço das tendências contemporâneas. Carpeaux encerra dessa forma sua ''magnum opus'', com uma extensa analise em profundidade dos demais diversos autores.<ref name="hdlo"/> |
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== Capítulos == |
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Capítulo I - A literatura grega<br> |
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Capítulo II - O mundo romano<br> |
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Capítulo III - O cristianismo e o mundo (os Padres da Igreja e a liturgia) |
Capítulo III - O cristianismo e o mundo (os Padres da Igreja e a liturgia) |
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'''PARTE II - O Mundo Cristão'''<br> |
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Capítulo I - A fundação da Europa (Literatura anglo-saxônica. A literatura edda. Epopeias e “matières”. Literatura monacal)<br> |
Capítulo I - A fundação da Europa (Literatura anglo-saxônica. A literatura edda. Epopeias e “matières”. Literatura monacal)<br> |
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Capítulo II - O universalismo cristão (Literatura latina medieval)<br> |
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Capítulo III - A literatura dos castelos e das aldeias (Canções e baladas populares. Poesias das cortes. O mundo dos “romances”)<br> |
Capítulo III - A literatura dos castelos e das aldeias (Canções e baladas populares. Poesias das cortes. O mundo dos “romances”)<br> |
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Capítulo IV - Oposição, burguesa e eclesiástica (Literatura satírica. Os franciscanos) |
Capítulo IV - Oposição, burguesa e eclesiástica (Literatura satírica. Os franciscanos) |
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'''PARTE III - A Transição'''<br> |
'''PARTE III - A Transição'''<br> |
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Capítulo I - O “Trecento” (Dante, Petrarca, Boccaccio)<br> |
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Capítulo II - Realismo e misticismo (“Roman de la rose”. Chaucer. Crônicas. Místicos. O teatro medieval)<br> |
Capítulo II - Realismo e misticismo (“Roman de la rose”. Chaucer. Crônicas. Místicos. O teatro medieval)<br> |
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Capítulo III - O outono da Idade Média (Literatura “flamboyant”) |
Capítulo III - O outono da Idade Média (Literatura “flamboyant”) |
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'''PARTE IV - Renascença e Reforma'''<br> |
'''PARTE IV - Renascença e Reforma'''<br> |
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Capítulo I - O “Quattrocento” (Os humanistas italianos)<br> |
Capítulo I - O “Quattrocento” (Os humanistas italianos)<br> |
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Capítulo II - O “Cinquecento” (A literatura italiana do século XVI)<br> |
Capítulo II - O “Cinquecento” (A literatura italiana do século XVI)<br> |
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Capítulo III - Renascença internacional (Renascença na França, Espanha, Inglaterra e outros países)<br> |
Capítulo III - Renascença internacional (Renascença na França, Espanha, Inglaterra e outros países)<br> |
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Capítulo IV - Renascença cristã (Erasmo e os humanistas cristãos. A reforma. Literatura protestante e anglicana) |
Capítulo IV - Renascença cristã (Erasmo e os humanistas cristãos. A reforma. Literatura protestante e anglicana) |
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'''PARTE V - Barroco e Classicismo'''<br> |
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Capítulo I - O problema da literatura barroca<br> |
Capítulo I - O problema da literatura barroca<br> |
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Capítulo IV - O barroco protestante (Teatro elisabetano e jacobeu. Barroco luterano. Poesia metafísica. Literatura puritana)<br> |
Capítulo IV - O barroco protestante (Teatro elisabetano e jacobeu. Barroco luterano. Poesia metafísica. Literatura puritana)<br> |
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Capítulo V - Misticismo e moralismo (Místicos espanhóis e franceses. Classicismo francês)<br> |
Capítulo V - Misticismo e moralismo (Místicos espanhóis e franceses. Classicismo francês)<br> |
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Capítulo VI - Antibarroco (Literatura oposicionista na Espanha e na França: de Cervantes até Molière) |
Capítulo VI - Antibarroco (Literatura oposicionista na Espanha e na França: de Cervantes até Molière) |
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'''PARTE VI - Ilustração e Revolução'''<br> |
'''PARTE VI - Ilustração e Revolução'''<br> |
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Capítulo I - Origens neobarrocas (A arcádia e a poesia anacreôntica. Teatro da restauração. A ópera. Libertinismo literário. Livres-pensadores e racionalismo)<br> |
Capítulo I - Origens neobarrocas (A arcádia e a poesia anacreôntica. Teatro da restauração. A ópera. Libertinismo literário. Livres-pensadores e racionalismo)<br> |
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Capítulo II - Classicismo racionalista (Época augustiana. O século de Voltaire)<br> |
Capítulo II - Classicismo racionalista (Época augustiana. O século de Voltaire)<br> |
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Capítulo III - O pré-romantismo (Nova poesia pastoril. Poesia da noite e dos túmulos. Metodismo. Romance epistolar e “gótico”. Ossian. Sentimentalismo e anti-sentimentalismo. Os enciclopedistas. Rousseau.)<br> |
Capítulo III - O pré-romantismo (Nova poesia pastoril. Poesia da noite e dos túmulos. Metodismo. Romance epistolar e “gótico”. Ossian. Sentimentalismo e anti-sentimentalismo. Os enciclopedistas. Rousseau.)<br> |
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Capítulo IV - O último classicismo (Classicismo alemão. Alfieri, Chénier, Jane Austen) |
Capítulo IV - O último classicismo (Classicismo alemão. Alfieri, Chénier, Jane Austen) |
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'''PARTE VII - O Romantismo'''<br> |
'''PARTE VII - O Romantismo'''<br> |
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Capítulo I - Origens do romantismo (Primeiro romantismo alemão. Chateaubriand. Os poetas ingleses dos “lagos”. Lamartine)<br> |
Capítulo I - Origens do romantismo (Primeiro romantismo alemão. Chateaubriand. Os poetas ingleses dos “lagos”. Lamartine)<br> |
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Capítulo II - Romantismo e evasão (Scott e o romance histórico. Medievalismo e folclore. Poesia “pura”. Romantismo nórdico e russo)<br> |
Capítulo II - Romantismo e evasão (Scott e o romance histórico. Medievalismo e folclore. Poesia “pura”. Romantismo nórdico e russo)<br> |
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Capítulo III - Romantismo em oposição (Byronismo. Radicais e utopistas. Transcendentalismo americano. (o século de Hugo. A época de Dickens)<br> |
Capítulo III - Romantismo em oposição (Byronismo. Radicais e utopistas. Transcendentalismo americano. (o século de Hugo. A época de Dickens)<br> |
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Capítulo IV - O fim do romantismo (O movimento de Oxford. Os radicais franceses. Heine. Os começos do marxismo) |
Capítulo IV - O fim do romantismo (O movimento de Oxford. Os radicais franceses. Heine. Os começos do marxismo) |
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'''PARTE VIII - A Época da Classe Média'''<br> |
'''PARTE VIII - A Época da Classe Média'''<br> |
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Capítulo I - Literatura burguesa (Balzac e o romance burguês. Literatura vitoriana. Os parnasianos)<br> |
Capítulo I - Literatura burguesa (Balzac e o romance burguês. Literatura vitoriana. Os parnasianos)<br> |
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Capítulo II - O naturalismo (A época de Zola. Darwinismo e fatalismo. Baudelaire e poesia de desespero)<br> |
Capítulo II - O naturalismo (A época de Zola. Darwinismo e fatalismo. Baudelaire e poesia de desespero)<br> |
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Capítulo III - A conversão do naturalismo (Teatro escandinavo e romance russo. Movimento misticista. Romance psicológico) |
Capítulo III - A conversão do naturalismo (Teatro escandinavo e romance russo. Movimento misticista. Romance psicológico) |
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'''PARTE IX - “Fin de Siècle” e depois'''<br> |
'''PARTE IX - “Fin de Siècle” e depois'''<br> |
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Capítulo I - O simbolismo (Esteticismo. Poesia simbolista. Modernismo espanhol. Nietzsche)<br> |
Capítulo I - O simbolismo (Esteticismo. Poesia simbolista. Modernismo espanhol. Nietzsche)<br> |
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Capítulo II - A época do equilíbrio europeu (Epigonismo literário entre 1900 e 1914) |
Capítulo II - A época do equilíbrio europeu (Epigonismo literário entre 1900 e 1914) |
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'''PARTE X - Literatura e Realidade'''<br> |
'''PARTE X - Literatura e Realidade'''<br> |
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Capítulo I - As revoltas modernistas (Boêmia internacional. Cubismo e modernismo francês. Imagismo. Futurismo. Expressionismo alemão. A Guerra Mundial. Freud, Joyce, Proust e O’Neil. Radicalismo espanhol. Dadaísmo e surrealismo).<br> |
Capítulo I - As revoltas modernistas (Boêmia internacional. Cubismo e modernismo francês. Imagismo. Futurismo. Expressionismo alemão. A Guerra Mundial. Freud, Joyce, Proust e O’Neil. Radicalismo espanhol. Dadaísmo e surrealismo).<br> |
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Capítulo II - Tendências contemporâneas (Renascença do romance histórico. O movimento católico. Poesia pura. Existencialismo. Literatura proletária. Os russos soviéticos. A II Guerra Mundial e suas consequências).<ref name= |
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* [http://www2.senado.gov.br/bdsf/item/id/528992 Versão digital de ''História da Literatura Ocidental'', disponível no site do Senado Federal] |
* [http://www2.senado.gov.br/bdsf/item/id/528992 Versão digital de ''História da Literatura Ocidental'', disponível no site do Senado Federal] |
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Revisão das 02h34min de 13 de novembro de 2020
História da Literatura Ocidental | |
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História da Literatura Ocidental (PT) | |
Autor(es) | Otto Maria Carpeaux |
Idioma | português |
País | Brasil |
Gênero | Crítica Literária |
Linha temporal | segunda metade do século XX |
Editora | Edições O Cruzeiro, Editorial Alhambra, Senado Federal, Editora Leya com a livraria cultura |
Lançamento | São Paulo, 1959 |
Edição portuguesa | |
Lançamento | 1959 |
Páginas | 4032 |
História da Literatura Ocidental é uma obra de crítica literária editada ora em quatro volumes, ora em dez, do austro-brasileiro Otto Maria Carpeaux no princípio da década de 1940 e lançada em 1959. Escrita em pouco mais de um ano e meio, é uma das mais importantes obras de história da literatura publicadas no Brasil.[1]
Crítica e premiações
No final do século XX, o jornal Folha de S.Paulo reuniu especialistas para escolher as cem melhores obras de não-ficção do século XX e a História da Literatura Ocidental de Carpeaux alcançou o 18.º lugar, sendo o único livro escrito por um brasileiro, além de Os Sertões, de Euclides da Cunha, a fazer parte da lista.[2] A obra recebeu o prêmio Jabuti de melhor livro de crítica literária.[3]
Edições
A obra foi publicada primeiramente em 1959 em nove volumes, pela Edições O Cruzeiro, lançada por Herberto Sales.[4] A segunda edição, revisada e atualizada pelo próprio autor, foi lançada pela Editorial Alhambra em 1978.[5] Em 2008 o Senado Federal publicou em formato físico e digital a terceira edição, dividida em 4 volumes,[6] e por fim, em 2011, História da Literatura Ocidental teve uma edição de bolso, relançada em uma parceria entre a Editora Leya e a Livraria Cultura.[4]
Conteúdo
Tomando como referência e edição lançada pelo Senado Federal em 4 tomos, na primeira parte de sua História da Literatura Ocidental, Carpeaux parte da Antiguidade greco-latina, passando pela Idade Média e analisando o Renascimento e a Reforma.[7]
A segunda parte foi chamada, pelo poeta Carlos Drummond de Andrade, “livro-chave essencial", e abrange barroco, classicismo, neobarroco, classicismo racionalista e o pré-romantismo ocidentais. Carpeaux analisa a poesia, o teatro, a epopeia e o romance picaresco de autores como Cervantes, Góngora, Shakespeare e Molière.[7]
A terceira parte refere-se ao romantismo e segue até os tempos atuais. Nele Carpeaux analisa também os brasileiros como José de Alencar, Castro Alves, Álvares de Azevedo e Machado de Assis, além do realismo e o naturalismo. Aqui Carpeaux ainda abrange Balzac, Machado, Eça, Tolstoi, Zola, Dostoievski, Melville, Baudelaire, e mais Aluísio Azevedo, Augusto dos Anjos, Graça Aranha e Mário de Andrade, entre tantos autores; bem como a transformação social com o aparecimento do marxismo.[7]
O último e quarto volume traz uma densa análise sobre a atmosfera intelectual, social e literária do fim do século XX com o surgimento do simbolismo, além de um esboço das tendências contemporâneas. Carpeaux encerra dessa forma sua magnum opus, com uma extensa analise em profundidade dos demais diversos autores.[7]
Capítulos
PARTE I - A Herança
Capítulo I - A literatura grega
Capítulo II - O mundo romano
Capítulo III - O cristianismo e o mundo (os Padres da Igreja e a liturgia)
PARTE II - O Mundo Cristão
Capítulo I - A fundação da Europa (Literatura anglo-saxônica. A literatura edda. Epopeias e “matières”. Literatura monacal)
Capítulo II - O universalismo cristão (Literatura latina medieval)
Capítulo III - A literatura dos castelos e das aldeias (Canções e baladas populares. Poesias das cortes. O mundo dos “romances”)
Capítulo IV - Oposição, burguesa e eclesiástica (Literatura satírica. Os franciscanos)
PARTE III - A Transição
Capítulo I - O “Trecento” (Dante, Petrarca, Boccaccio)
Capítulo II - Realismo e misticismo (“Roman de la rose”. Chaucer. Crônicas. Místicos. O teatro medieval)
Capítulo III - O outono da Idade Média (Literatura “flamboyant”)
PARTE IV - Renascença e Reforma
Capítulo I - O “Quattrocento” (Os humanistas italianos)
Capítulo II - O “Cinquecento” (A literatura italiana do século XVI)
Capítulo III - Renascença internacional (Renascença na França, Espanha, Inglaterra e outros países)
Capítulo IV - Renascença cristã (Erasmo e os humanistas cristãos. A reforma. Literatura protestante e anglicana)
PARTE V - Barroco e Classicismo
Capítulo I - O problema da literatura barroca
Capítulo II - Poesia e teatro da Contra-Reforma (Marinismo e gongorismo. Os jesuítas. Teatro espanhol)
Capítulo III - Pastorais, epopeias, epopeia herói-cômica e romance picaresco
Capítulo IV - O barroco protestante (Teatro elisabetano e jacobeu. Barroco luterano. Poesia metafísica. Literatura puritana)
Capítulo V - Misticismo e moralismo (Místicos espanhóis e franceses. Classicismo francês)
Capítulo VI - Antibarroco (Literatura oposicionista na Espanha e na França: de Cervantes até Molière)
PARTE VI - Ilustração e Revolução
Capítulo I - Origens neobarrocas (A arcádia e a poesia anacreôntica. Teatro da restauração. A ópera. Libertinismo literário. Livres-pensadores e racionalismo)
Capítulo II - Classicismo racionalista (Época augustiana. O século de Voltaire)
Capítulo III - O pré-romantismo (Nova poesia pastoril. Poesia da noite e dos túmulos. Metodismo. Romance epistolar e “gótico”. Ossian. Sentimentalismo e anti-sentimentalismo. Os enciclopedistas. Rousseau.)
Capítulo IV - O último classicismo (Classicismo alemão. Alfieri, Chénier, Jane Austen)
PARTE VII - O Romantismo
Capítulo I - Origens do romantismo (Primeiro romantismo alemão. Chateaubriand. Os poetas ingleses dos “lagos”. Lamartine)
Capítulo II - Romantismo e evasão (Scott e o romance histórico. Medievalismo e folclore. Poesia “pura”. Romantismo nórdico e russo)
Capítulo III - Romantismo em oposição (Byronismo. Radicais e utopistas. Transcendentalismo americano. (o século de Hugo. A época de Dickens)
Capítulo IV - O fim do romantismo (O movimento de Oxford. Os radicais franceses. Heine. Os começos do marxismo)
PARTE VIII - A Época da Classe Média
Capítulo I - Literatura burguesa (Balzac e o romance burguês. Literatura vitoriana. Os parnasianos)
Capítulo II - O naturalismo (A época de Zola. Darwinismo e fatalismo. Baudelaire e poesia de desespero)
Capítulo III - A conversão do naturalismo (Teatro escandinavo e romance russo. Movimento misticista. Romance psicológico)
PARTE IX - “Fin de Siècle” e depois
Capítulo I - O simbolismo (Esteticismo. Poesia simbolista. Modernismo espanhol. Nietzsche)
Capítulo II - A época do equilíbrio europeu (Epigonismo literário entre 1900 e 1914)
PARTE X - Literatura e Realidade
Capítulo I - As revoltas modernistas (Boêmia internacional. Cubismo e modernismo francês. Imagismo. Futurismo. Expressionismo alemão. A Guerra Mundial. Freud, Joyce, Proust e O’Neil. Radicalismo espanhol. Dadaísmo e surrealismo).
Capítulo II - Tendências contemporâneas (Renascença do romance histórico. O movimento católico. Poesia pura. Existencialismo. Literatura proletária. Os russos soviéticos. A II Guerra Mundial e suas consequências).[7]
Referências
- ↑ «História da literatura ocidental (vol. 107)» (PDF). Senado Federal. Consultado em 16 de maio de 2017
- ↑ «Os Cem Mais». Folha de S.Paulo. Consultado em 16 de maio de 2017[ligação inativa]
- ↑ Prêmio Jabuti. 50 anos. São Paulo: Câmara Brasileira do Livro e Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. 2008. ISBN 978-85-7060-647-1
- ↑ a b «A volta de Otto Maria Carpeaux». O Estado de São Paulo. Consultado em 16 de maio de 2017
- ↑ «Uma história da esperteza editorial». Revista Época. Consultado em 16 de maio de 2017. Cópia arquivada em 10 de agosto de 2017
- ↑ «História da Literatura Ocidental». Biblioteca do Senado Federal. Consultado em 16 de maio de 2017
- ↑ a b c d e Carpeaux, Otto Maria. História da Literatura Ocidental. São Paulo: Senado. p. 22. ISBN 9788544101179
Ligações externas