Bifosfonato: diferenças entre revisões

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O tratamento dos casos de osteonecrose causada pelos BFs ainda é bastante discutida, variando desde as circunstâncias atuais de saúde geral e oral do paciente à duração do uso e vias de administração do fármaco — via oral ou intravenosa. Diversos protocolos de tratamento foram descritos na literatura, incluindo medidas de higiene bucal, uso de antissépticos bucais, antibióticoterapia sistêmica, [[desbridamento]] local, [[oxigenoterapia]] [[Medicina hiperbárica|hiperbárica]], etc.<ref name="Ruggiero" />
O tratamento dos casos de osteonecrose causada pelos BFs ainda é bastante discutida, variando desde as circunstâncias atuais de saúde geral e oral do paciente à duração do uso e vias de administração do fármaco — via oral ou intravenosa. Diversos protocolos de tratamento foram descritos na literatura, incluindo medidas de higiene bucal, uso de antissépticos bucais, antibióticoterapia sistêmica, [[desbridamento]] local, [[oxigenoterapia]] [[Medicina hiperbárica|hiperbárica]], etc.<ref name="Ruggiero" />


Em 2011, segundo o [[Journal of the American Dental Association]] (ADA), recomendou que antes de iniciar um tratamento com bifosfonato, o paciente devesse passar por avaliações odontológicas minusicosas e periódicas, realizando possíveis tratamentos a fim de minimizar os riscos futuros — haja vista que qualquer procedimento odontológico mais invasivo, como cirurgias orais, aumenta-se o risco de osteonecrose dos maxilares associada aos bifosfonatos.<ref>{{citar periódico |url=https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22041409/ |titulo=Managing the care of patients receiving antiresorptive therapy for prevention and treatment of osteoporosis: executive summary of recommendations from the American Dental Association Council on Scientific Affairs |publicado=Journal of the American Dental Association |primeiro1=John W |último1=Hellstein |primeiro2=Robert A |último2=Adler |primeiro3=Beatrice et al. |último3=Edwards |data=Novembro de 2011 |número=142 |volume=11 |páginas=1243–51 |doi=10.14219/jada.archive.2011.0108 |pmid=22041409 |acessodata=9 de janeiro de 2021}}</ref>
Em 2011, segundo o [[Journal of the American Dental Association]] (ADA), recomendou que antes de iniciar um tratamento com bifosfonato, o paciente devesse passar por avaliações odontológicas minuciosas e periódicas, realizando possíveis tratamentos a fim de minimizar os riscos futuros — haja vista que qualquer procedimento odontológico mais invasivo, como cirurgias orais, aumenta-se o risco de osteonecrose dos maxilares associada aos bifosfonatos.<ref>{{citar periódico |url=https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22041409/ |titulo=Managing the care of patients receiving antiresorptive therapy for prevention and treatment of osteoporosis: executive summary of recommendations from the American Dental Association Council on Scientific Affairs |publicado=Journal of the American Dental Association |primeiro1=John W |último1=Hellstein |primeiro2=Robert A |último2=Adler |primeiro3=Beatrice et al. |último3=Edwards |data=Novembro de 2011 |número=142 |volume=11 |páginas=1243–51 |doi=10.14219/jada.archive.2011.0108 |pmid=22041409 |acessodata=9 de janeiro de 2021}}</ref>


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Revisão das 18h27min de 9 de janeiro de 2021

Estrutura química geral dos bifosfonatos determinam as propriedades químicas do fármaco e distinguem os tipos individuais de bifosfonatos. Esta estrutura química proporciona uma alta afinidade para a hidroxiapatita, permitindo um metabolismo ósseo rápido e específico.

Os bifosfonatos ou bisfosfonatos (BFs) são uma classe de medicamentos que previnem a diminuição da densidade mineral óssea, geralmente usados no tratamento de osteoporose e outras doenças com fragilidade óssea.[1]

Mecanismo de ação

O tecido ósseo sofre remodelação constante. Os osteoblastos são células responsáveis pela formação de novo tecido ósseo, enquanto os osteoclastos reabsorve o mesmo tecido, acarretando no equilíbrio pois os ossos são reservas de sais minerais como cálcio e magnésio. Os bifosfonatos inibem a reabsorção óssea [osteoclastos], estimulando-os a sofrerem apoptose — morte celular programada — retardando assim, a absorção óssea.[2] O tecido ósseo adulto é caracterizado pela presença de cálcio e fosfato, na forma de cristais de hidroxiapatita, na qual os BFs têm alta afinidade. Este fator pode explicar o longo período de retenção do fármaco nos ossos, havendo relatos que podem ultrapassar os 10 anos no organismo.[3]

O efeito de 3 a 5 anos de tratamento com bisfosfonatos pode durar por outros 3 a 5 anos. Os bifosfonatos reduzem o risco de fracturas entre 35 e 62%.[4]

Indicações

É usada no tratamento de:

Fármacos

Sem nitrogênio:

Com nitrogênio:

Efeitos colaterais

O efeito colateral mais severo e não incomum desses medicamentos é o desenvolvimento de osteonecrose dos maxilares — maxila e mandíbula —, por eles causarem um comprometimento na vascularização e reparação óssea. Em 2004 foi publicada a primeira série de relatos que alertavam sobre seu efeito adverso, denominado osteonecrose dos maxilares.[5] Acerca das hipósteses causadoras deste efeito induzido pelo agente antirreabsortivo são: diminuição da angiogênese — neoformação de vasos sanguíneos — por inibirem não somente os osteoclastos, como também os mediadores da inflamação, estando diretamente relacionado ao processo de reparo de lesões ósseas; toxicidade à mucosa local; fatores genéticos e; supressão da remodelação óssea mediada pelos osteoclastos — este último, sendo o mais aceito pela comunidade científica.[6]

Os comprimidos podem causar inflamação do esôfago e estômago (gastrite), que pioram ao deitar, portanto se recomenda não deitar uma hora após tomar o comprimido. A forma intravenosa pode causar sintomas de gripe nos primeiros usos.[carece de fontes?]

Tratamento e recomendações

O tratamento dos casos de osteonecrose causada pelos BFs ainda é bastante discutida, variando desde as circunstâncias atuais de saúde geral e oral do paciente à duração do uso e vias de administração do fármaco — via oral ou intravenosa. Diversos protocolos de tratamento foram descritos na literatura, incluindo medidas de higiene bucal, uso de antissépticos bucais, antibióticoterapia sistêmica, desbridamento local, oxigenoterapia hiperbárica, etc.[6]

Em 2011, segundo o Journal of the American Dental Association (ADA), recomendou que antes de iniciar um tratamento com bifosfonato, o paciente devesse passar por avaliações odontológicas minuciosas e periódicas, realizando possíveis tratamentos a fim de minimizar os riscos futuros — haja vista que qualquer procedimento odontológico mais invasivo, como cirurgias orais, aumenta-se o risco de osteonecrose dos maxilares associada aos bifosfonatos.[7]

Referências

  1. National Osteoporosis Society. «Drug Treatment». U.K. National Osteoporosis Society. Consultado em 7 de agosto de 2012 
  2. Weinstein RS, Roberson PK, Manolagas SC (January 2009). "Giant osteoclast formation and long-term oral bisphosphonate therapy". N. Engl. J. Med. 360 (1): 53–62. doi:10.1056/NEJMoa0802633. PMC 2866022. PMID 19118304.
  3. Russell, R G G; Watts, N B; Ebetino, F H; et al. (Junho de 2008). «Mechanisms of action of bisphosphonates: similarities and differences and their potential influence on clinical efficacy». Osteoporosis International. 6 (19): 733–59. PMID 18214569. doi:10.1007/s00198-007-0540-8. Consultado em 9 de janeiro de 2021 
  4. Serrano AJ, Begoña L, Anitua E, Cobos R, Orive G (December 2013). "Systematic review and meta-analysis of the efficacy and safety of alendronate and zoledronate for the treatment of postmenopausal osteoporosis". Gynecol. Endocrinol. 29 (12): 1005–14. doi:10.3109/09513590.2013.813468. PMID 24063695.
  5. Scully, Crispian; Carlos Madrid, Jose Bagan (Setembro de 2006). «Dental endosseous implants in patients on bisphosphonate therapy». International Journal of Implant Dentistry. 3 (15): 212–218. PMID 16966893. doi:10.1097/01.id.0000236120.22719.02. Consultado em 9 de janeiro de 2021 
  6. a b Ruggiero, Salvatore L. (Fevereiro de 2013). «Emerging concepts in the management and treatment of osteonecrosis of the jaw». Oral and Maxillofacial Surgery Clinics of North America. 1 (25): 11–20. PMID 23159218. doi:10.1016/j.coms.2012.10.002. Consultado em 9 de janeiro de 2021 
  7. Hellstein, John W; Adler, Robert A; Edwards, Beatrice; et al. (Novembro de 2011). «Managing the care of patients receiving antiresorptive therapy for prevention and treatment of osteoporosis: executive summary of recommendations from the American Dental Association Council on Scientific Affairs». Journal of the American Dental Association. 11 (142): 1243–51. PMID 22041409. doi:10.14219/jada.archive.2011.0108. Consultado em 9 de janeiro de 2021 

Ligações externas