Paulina Chiziane: diferenças entre revisões

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==Obras sobre Paulina Chiziane==
==Obras sobre Paulina Chiziane==
*MARTINS, Ana Margarida Dias. «[http://www.jpanafrican.com/docs/TheWhipofLove.pdf The Whip of Love: Decolonising the Imposition of Authority in Paulina Chiziane’s Niketche: Uma História de Poligamia]». in ''The Journal of Pan African Studies'' Vol.1, n.º. 3, março de 2006.
*MARTINS, Ana Margarida Dias. «[http://www.jpanafrican.com/docs/TheWhipofLove.pdf The Whip of Love: Decolonising the Imposition of Authority in Paulina Chiziane’s Niketche: Uma História de Poligamia]». in ''The Journal of Pan African Studies'', vol. 1, n.º 3, março de 2006.
*PEREIRA, Ianá de Souza. ''Vozes Femininas de Moçambique''. Dissertação de mestrado apresentada ao departamento de Letras da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012.
*TEDESCO, Maria do Carmo Ferraz. ''[http://repositorio.bce.unb.br/bitstream/10482/3339/1/2008_MariadoCarmoFTedesco.pdf Narrativas da Moçambicanidade: Os Romances de Paulina Chiziane e Mia Couto e a Reconfiguração da Identidade Nacional]{{Ligação inativa|1=data=maio de 2019 }}''. Tese apresentada ao Departamento de História da Universidade de Brasília. Brasília: Novembro de 2008.
*PEREIRA, Ianá de Souza. Vozes Femininas de Moçambique. Dissertação de Mestrado apresentada ao departamento de Letras da univesidade de São Paulo (FFLCH-USP), São Paulo, 2012. Trata-se de uma análise comparativa dos romances Ventos do apocalipse (1999) e Niketche: uma história de poligamia (2004), da moçambicana Paulina Chiziane, na qual se discute as representações e o papel social da mulher em romances que se pautam na intensa força das relações sociais que informam a maneira de agir de homens e de mulheres em Moçambique.
::Trata-se de uma análise comparativa dos romances ''Ventos do Apocalipse'' (1999) e ''Niketche: uma história de poligamia'' (2004), na qual se discutem as representações e o papel social da mulher em romances que se pautam na intensa força das relações sociais que informam a maneira de agir de homens e de mulheres em Moçambique.<ref>Cf. o [https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-14032013-103752/pt-br.php registo da dissertação].</ref>
*TEDESCO, Maria do Carmo Ferraz. ''[https://repositorio.unb.br/handle/10482/3339 Narrativas da Moçambicanidade: Os Romances de Paulina Chiziane e Mia Couto e a Reconfiguração da Identidade Nacional]''. Tese apresentada ao Departamento de História da Universidade de Brasília. Brasília, novembro de 2008.


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==Fontes==
==Fontes==

Revisão das 08h56min de 2 de abril de 2021

Paulina Chiziane
Paulina Chiziane
Paulina Chiziane
Nascimento 4 de junho de 1955 (68 anos)
Manjacaze,  Moçambique
Prémios Prémio José Craveirinha de Literatura de 2003
Género literário Romance, conto
Movimento literário Pós-modernismo
Magnum opus Sétimo juramento
Algumas imagens de documentário sobre Paulina, com falas realizadas quando esteve em Florianópolis.

Paulina Chiziane (Manjacaze, Gaza, 4 de Junho 1955) é uma escritora moçambicana.[1]

Biografia

Paulina Chiziane cresceu nos subúrbios da cidade de Maputo, anteriormente chamada Lourenço Marques. Nasceu numa família protestante onde se falavam as línguas Chope e Ronga. Aprendeu a língua portuguesa na escola de uma missão católica. Começou os estudos de Linguística na Universidade Eduardo Mondlane sem ter concluído o curso.

Participou activamente à cena política de Moçambique como membro da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), na qual militou durante a juventude.[2] A escritora declarou, numa entrevista, ter apreendido a arte da militância na Frelimo. Deixou, todavia, de se envolver na política para se dedicar à escrita e publicação das suas obras. Entre as razões da sua escolha estava a desilusão com as directivas políticas do partido Frelimo pós-independência, sobretudo em termos de políticas filo-ocidentais e ambivalências ideológicas internas do partido, quer pelo que diz respeito às políticas de mono e poligamia, quer pelas posições de economia política marxista-leninista, ou ainda pelo que via como suas hipocrisias em relação à liberdade económica da mulher.

É a primeira mulher que publicou um romance em Moçambique[3]. Iniciou a sua actividade literária em 1984, com contos publicados na imprensa moçambicana. As suas escritas vem gerando discussões polémicas sobre assuntos sociais, tal como a prática de poligamia no país. Com o seu primeiro livro, Balada de Amor ao Vento (1990), a autora discute a poligamia no sul de Moçambique durante o período colonial. Devido à sua participação ativa nas políticas da Frelimo, a sua narrativa reflete o mal-estar social de um país devastado pela guerra de libertação e os conflitos civis que aconteceram após a independência.

Paulina vive e trabalha na Zambézia. O seu romance Niketche: Uma História de Poligamia ganhou o Prémio José Craveirinha em 2003.[4]

Em 2016, anunciou que decidiu abandonar a escrita porque está cansada das lutas travadas ao longo da sua carreira.[5]

Obras

Romance

Outras obras

  • Eu, mulher… por uma nova visão do mundo (Testemunho, em 1992 e publicado em 1994)[6]

Prémios

Obras sobre Paulina Chiziane

Trata-se de uma análise comparativa dos romances Ventos do Apocalipse (1999) e Niketche: uma história de poligamia (2004), na qual se discutem as representações e o papel social da mulher em romances que se pautam na intensa força das relações sociais que informam a maneira de agir de homens e de mulheres em Moçambique.[7]

Referências

  1. «O ato de colonizar está nas mentes». Revista Bastião. Consultado em 1 de setembro de 2014 
  2. MARTINS, 2006.
  3. Perdigao, Yovanka Paquete (22 de dezembro de 2015). «Say What! Where are all the black writers from Portuguese Africa?». Afrikult. Consultado em 19 de dezembro de 2018 
  4. Fitzpatrick, Mary (2007). Mozambique. [S.l.]: Lonely Planet. pp. 34–35 
  5. Remédios, José Maria (11 de julho de 2016). «Paulina Chiziane: "Não volto a escrever. Basta!"». Geledes Instituto da Mulher Negra. Consultado em 19 de dezembro de 2018 
  6. Paulina Chiziane (2013). «[Testemunho] Eu, mulher... Por uma nova visão do mundo». Abril, Revista do Núcleo de Estudos de Literatura Portuguesa e Africana da UFF, v. 5, n.10 (2013). Consultado em 23 de fevereiro de 2018 
  7. Cf. o registo da dissertação.

Fontes

Ligações externas

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