Borjalo: diferenças entre revisões

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Revisão das 21h26min de 1 de junho de 2007

Borjalo ou Mauro Borja Lopes (15 de novembro de 1925, Pitangui, Minas Gerais - 18 de novembro de 2004, Rio de Janeiro) foi um desenhista e cartunista brasileiro, conhecido por seus personagens de traços simples (desenhados sem boca e, na maior parte das vezes, sem diálogo).

A carreira de Borjalo começou em Belo Horizonte, no jornal Folha de Minas. Logo ele passaria para o Diário de Minas e de lá para o Rio de Janeiro, onde foi colaborador das revistas A Cigarra, Manchete, O Cruzeiro e O Cruzeiro Internacional. Seus cartuns mais marcantes foram os que traziam mensagens ecológicas, assunto pouco abordado naqueles anos 50.

Ficou conhecido fora do Brasil ao ser incluído entre os 07 maiores caricaturistas do mundo no "Congresso Internacional de Humorismo" em 1955 na Itália, e passou a ter trabalhos publicados no exterior, em veículos como The New York Times e Paris Match.

Nos anos 60 ele, Ziraldo, Jaguar e José Geraldo Barreto formaram a primeira cooperativa de artistas nacionais para criar quadrinhos infantis baseados em personagens do folclore brasileiro.

Também nos anos 60, passou a trabalhar em televisão, integrando-se à equipe de Fernando Barbosa Lima na Esquire, agência de comunicação que realizava programas para as principais emissoras do país, como as TV Rio, TV Excelsior, TV Tupi, TV Itacolomi, entre outras. Em 1966, deixou a Esquire e foi para a TV Globo, convidado pelo então diretor-geral da emissora, Walter Clark. Na Rede Globo, Borjalo trabalhou 36 anos, primeiro como diretor de programas, depois diretor de criação, diretor-geral da Central Globo de Produção, e finalmente, diretor de controle de qualidade. Foi um dos principais parceiros do executivo de produção e programação José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, na implantação do chamado "padrão Globo de qualidade".

Além de atuar na direção, Borjalo adaptou seus desenhos à linguagem da televisão. Nos anos 60, ilustrava os programas que dirigia com "cartões-truca" (caricaturas em papel-cartão com olhos e boca móveis, para dar a impressão de que "falavam". Atores e/ou locutores dublavam os bonecos). Os primeiros Bonecos Falantes (como o próprio Borjalo apelidou essas caricaturas) apareceram no Jornal de Vanguarda da TV Excelsior, mas o mais famoso deles foi a Zebrinha da Rede Globo, criada em 1973 para divulgar os resultados da loteria esportiva. Nos anos 90, já usando os recursos da computação gráfica, criou alguns cartuns-eletrônicos para as vinhetas de intervalo da Globo, os famosos "plim-plins".

Borjalo morreu por causa de um câncer na boca, aos 79 anos de idade. Deixou viúva (Marilu), filhos (Helena e Gustavo) e netos (Bernardo e Bruno).