Etheline Rosas

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Etheline Rosas[editar | editar código-fonte]

Etheline Isaac Chamis Rosas (São Paulo, Brasil 1924 - Porto, Portugal 2012) museóloga, especialista em arte moderna e contemporânea[1]. Em São Paulo colabora com a primeira fase (1947-1963) do Museu de Arte Moderna de São Paulo, atualmente Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, na gestão e exposição da coleção de Ciccilio Matarazzo e Yolanda Penteado[2]. Entre 1961-1963, para além das funções anteriores torna-se assistente do crítico de arte e curador Mário Pedrosa, enquanto diretor artístico do Museu de Arte Moderna de São Paulo e da VI Bienal Internacional de Arte de São Paulo, de 1961-1963.

Em Portugal, gere a Mini Galeria, no Porto, entre 1972 e 1974, e programa exposições individuais de Ana Hatherley, Júlio Resende, Alfredo Queiroz Ribeiro, entre outros. Coordena a montagem da emblemática exposição "Levantamento da Arte do Século XX no Porto", realizada em 1975, no Museu Nacional de Soares dos Reis, uma iniciativa de Ângelo de Sousa, Fernando Pernes, Joaquim Vieira, José Rodrigues e Jorge Pinheiro, um dos eventos que está na origem da criação do Centro de Arte Contemporânea no Porto. Até 1979 co-dirige com Fernando Pernes[3] o Centro de Arte Contemporânea considerado o antecedente do Museu de Arte Contemporânea de Serralves.[4]

O Centro de Arte Contemporânea, no Porto, destacou-se pela produção e organização de eventos relacionados com o pensamento contemporâneo e tendências emergentes de artistas nacionais e estrangeiros[5]. Enquanto existiu o Centro de Arte Contemporânea enriqueceu a dinâmica cultural da cidade do Porto promovendo práticas artísticas multidisciplinares numa ação pedagógica e descentralizadora da arte contemporânea[6]. Em 1987, Etheline Rosas começa a colaborar com a Casa Serralves, coordenando exposições, entre outros, dos artistas Hannah Hoch, Joan Miró, Pablo Picasso e de artistas portugueses, tais como, Ana Fernandes, António Costa Pinheiro, e António Areal.[7]

Exposições do Centro de Arte Contemporânea no Porto entre 1976-1980 (seleção)[editar | editar código-fonte]

1976

1977

1978

1979

1980

  • Josef Albers
  • "Realismo e Construtivismo"
  • "Futurismo"
  • "Arte Nova"
  • "Arquitectura Italiana Recente"


Referências

  1. Ponte, Sofia (2019). Dicionário Quem é Quem na Museologia Portuguesa (PDF). Lisboa: Instituto de História de Arte. pp. 263–266. Consultado em 3 de dezembro de 2019 
  2. «Investigadora destaca papel de Etheline Rosas na arte contemporânea em Portugal - DN». www.dn.pt. Consultado em 3 de dezembro de 2019 
  3. Queirós, Luís Miguel. «O crítico discreto a quem o Porto deve o seu museu de arte contemporânea». PÚBLICO. Consultado em 22 de janeiro de 2020 
  4. Seara.com. «História». Serralves. Consultado em 12 de março de 2017 
  5. Duarte, Adelaide; Alice Semedo, Paulo Simões Rodrigues, Pedro Casaleiro, Raquel Henriques da Silva (10 de dezembro de 2014). «Leonor de Oliveira - Museu de Arte Contemporânea de Serralves, os Antecedentes, 1974-1989». MIDAS. Museus e estudos interdisciplinares (4). ISSN 2182-9543 
  6. Ponte, Sofia (2018). «Hipóteses Infinito mais Além: a FBA.UP e o Porto». Lisboa. Revista Contemporânea - Crónicas da Arte: 33-47 
  7. Oliveira, Leonor (2013). Museu de Arte Contemporânea de Serralves. Os Antecedentes 1974-1989. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda