Saltar para o conteúdo

Eucaristia: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
bot: revertidas edições de 201.37.94.236 ( modificação suspeita : -45), para a edição 17026917 de Ts42
Linha 15: Linha 15:
[[Ficheiro:Leonardo da Vinci (1452-1519) - The Last Supper (1495-1498).jpg|thumb|340px|right|'''A Última Ceia''', de [[Leonardo da Vinci]] (1452-1519)]] Na [[Igreja Católica]], a Eucaristia é um dos sete [[sacramentos]]. Segundo o Compêndio do [[Catecismo da Igreja Católica]][http://www.vatican.va/archive/compendium_ccc/documents/archive_2005_compendium-ccc_po.html], a Eucaristia é " o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para perpetuar o sacrifício da cruz no decorrer dos séculos até ao seu regresso, confiando assim à sua Igreja o memorial da sua Morte e Ressurreição. É o sinal da unidade, o vínculo da caridade, o banquete pascal, em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é dado o penhor da vida eterna." (n. 271)
[[Ficheiro:Leonardo da Vinci (1452-1519) - The Last Supper (1495-1498).jpg|thumb|340px|right|'''A Última Ceia''', de [[Leonardo da Vinci]] (1452-1519)]] Na [[Igreja Católica]], a Eucaristia é um dos sete [[sacramentos]]. Segundo o Compêndio do [[Catecismo da Igreja Católica]][http://www.vatican.va/archive/compendium_ccc/documents/archive_2005_compendium-ccc_po.html], a Eucaristia é " o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para perpetuar o sacrifício da cruz no decorrer dos séculos até ao seu regresso, confiando assim à sua Igreja o memorial da sua Morte e Ressurreição. É o sinal da unidade, o vínculo da caridade, o banquete pascal, em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é dado o penhor da vida eterna." (n. 271)


Segundo o papa [[João Paulo II]], em sua encíclica Ecclesia de Eucharistia, ''a Eucaristia é verdadeiramente um pedaço de céu que se abre sobre a terra; é um raio de glória da Jerusalém celeste, que atravessa as nuvens da nossa história e vem iluminar o nosso caminho''<ref>Encíclica Ecclesia de Eucharistia, Cap. I, 19</ref> Ainda nessa encíclica, é chamada atenção para o fato significativo de que no lugar onde os Evangelhos Sinópticos narram a instituição da Eucaristia, o evangelho de João propõe a narração do ''lava-pés'', gesto que mostra Jesus mestre de comunhão e de serviço<ref>João 13, 1-20</ref>; em seguida o papa atenta para o fato de que mais tarde o apóstolo Paulo qualifica como '''indigna''' duma comunidade cristã a participação na Ceia do Senhor que se verifique num contexto de discórdia e de indiferença pelos pobres.<ref>1 Coríntios 11, 17-22.27-34</ref>
segundo o papa... roubar é uma coisa ótima para bandidos pois o papa roba dos inocenecentes... a igreja acha legal roubar...leste, que atravessa as nuvens da nossa história e vem iluminar o nosso caminho''<ref>Encíclica Ecclesia de Eucharistia, Cap. I, 19</ref> Ainda nessa encíclica, é chamada atenção para o fato significativo de que no lugar onde os Evangelhos Sinópticos narram a instituição da Eucaristia, o evangelho de João propõe a narração do ''lava-pés'', gesto que mostra Jesus mestre de comunhão e de serviço<ref>João 13, 1-20</ref>; em seguida o papa atenta para o fato de que mais tarde o apóstolo Paulo qualifica como '''indigna''' duma comunidade cristã a participação na Ceia do Senhor que se verifique num contexto de discórdia e de indiferença pelos pobres.<ref>1 Coríntios 11, 17-22.27-34</ref>


Comungar ou receber a Comunhão é nome dado ao ato pelo qual o fiel pode receber a sagrada [[hóstia]] sozinha, ou acompanhada do vinho consagrado, especialmente nas celebrações de [[Primeira eucaristia]] e [[Crisma]]. Segundo o Compêndio, "Para receber a sagrada Comunhão é preciso estar plenamente incorporado à Igreja católica e em estado de graça, isto é, sem consciência de pecado mortal. Quem tem consciência de ter cometido pecado grave deve receber o sacramento da Reconciliação antes da Comunhão. São também importantes o espírito de recolhimento e de oração, a observância do jejum prescrito pela Igreja e ainda a atitude corporal (gestos, trajes), como sinal de respeito para com Cristo." (n. 291).{{carece de fontes|data=Dezembro de 2008}}
Comungar ou receber a Comunhão é nome dado ao ato pelo qual o fiel pode receber a sagrada [[hóstia]] sozinha, ou acompanhada do vinho consagrado, especialmente nas celebrações de [[Primeira eucaristia]] e [[Crisma]]. Segundo o Compêndio, "Para receber a sagrada Comunhão é preciso estar plenamente incorporado à Igreja católica e em estado de graça, isto é, sem consciência de pecado mortal. Quem tem consciência de ter cometido pecado grave deve receber o sacramento da Reconciliação antes da Comunhão. São também importantes o espírito de recolhimento e de oração, a observância do jejum prescrito pela Igreja e ainda a atitude corporal (gestos, trajes), como sinal de respeito para com Cristo." (n. 291).{{carece de fontes|data=Dezembro de 2008}}

Revisão das 14h34min de 28 de setembro de 2009

Eucaristia (do grego εὐχαριστία, cujo significado é "reconhecimento", "ação de graças") é uma celebração em memória da morte sacrificial e ressurreição de Jesus Cristo. Também é denominada "comunhão", "ceia do Senhor", "primeira comunhão", "santa ceia", "refeição noturna do Senhor".

O ritual

Ostensório.

O evangelista Lucas registrou esse mandamento da seguinte forma: "E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da Nova Aliança [ou Novo Pacto] no meu sangue derramado em favor de vós." (Lucas 22:19-20)

É a celebração nas Igrejas Cristãs no qual o cristão recebe o pão e o vinho, repetindo o que Cristo fez na sua Última Ceia, antes de ser entregue às autoridades por Judas Iscariotes, conforme a narração dos Evangelhos. Na ocasião, compartilhou com seus apóstolos pão e vinho, na época da celebração da Páscoa judaica (com pães ázimos), dizendo a eles "Tomai todos e comei, isto é o meu corpo que será entregue (...) Tomai todos e bebei, isto é o meu sangue (...) Fazei isto em memória de mim". (Mateus 26;26-29, Marcos 14:22-25, Lucas 22:19-20, I Coríntios 11:23-26)

Portanto, segundo os cristãos, o pão usado na celebração é o corpo sem pecado, que Cristo ofereceu na Cruz (em grego staúros) como resgate. O vinho é seu sangue derramado (ou seja, a sua vida perfeita), para remissão da humanidade condenada ao pecado herdado e morte.

A Bíblia não é específica sobre quando ou quantas vezes ao ano se deve celebrar a "Santa Ceia". Algumas religiões cristãs celebram-na diariamente ou semanalmente (católicos romanos, Casa de Oração-Irmãos), outros duas vezes ao mês (a maioria das denominações da Igreja Evangélica), outras mensalmente, bi-mensalmente, ou anualmente (Testemunhas de Jeová e Congregação Cristã). A Eucaristia tem um profundo significado para os Cristãos, sendo celebrada por quase todas as denominações cristãs. Dentre aquelas que não realizam a Eucaristia estão os Quakers, Exército de Salvação, Molokans e Doukhobors.

Significado e celebração

Igreja Católica

A Última Ceia, de Leonardo da Vinci (1452-1519)

Na Igreja Católica, a Eucaristia é um dos sete sacramentos. Segundo o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica[1], a Eucaristia é " o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para perpetuar o sacrifício da cruz no decorrer dos séculos até ao seu regresso, confiando assim à sua Igreja o memorial da sua Morte e Ressurreição. É o sinal da unidade, o vínculo da caridade, o banquete pascal, em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é dado o penhor da vida eterna." (n. 271)

segundo o papa... roubar é uma coisa ótima para bandidos pois o papa roba dos inocenecentes... a igreja acha legal roubar...leste, que atravessa as nuvens da nossa história e vem iluminar o nosso caminho[1] Ainda nessa encíclica, é chamada atenção para o fato significativo de que no lugar onde os Evangelhos Sinópticos narram a instituição da Eucaristia, o evangelho de João propõe a narração do lava-pés, gesto que mostra Jesus mestre de comunhão e de serviço[2]; em seguida o papa atenta para o fato de que mais tarde o apóstolo Paulo qualifica como indigna duma comunidade cristã a participação na Ceia do Senhor que se verifique num contexto de discórdia e de indiferença pelos pobres.[3]

Comungar ou receber a Comunhão é nome dado ao ato pelo qual o fiel pode receber a sagrada hóstia sozinha, ou acompanhada do vinho consagrado, especialmente nas celebrações de Primeira eucaristia e Crisma. Segundo o Compêndio, "Para receber a sagrada Comunhão é preciso estar plenamente incorporado à Igreja católica e em estado de graça, isto é, sem consciência de pecado mortal. Quem tem consciência de ter cometido pecado grave deve receber o sacramento da Reconciliação antes da Comunhão. São também importantes o espírito de recolhimento e de oração, a observância do jejum prescrito pela Igreja e ainda a atitude corporal (gestos, trajes), como sinal de respeito para com Cristo." (n. 291).[carece de fontes?]

A transubstanciação do pão em Corpo de Cristo, na missa de canonização do Frei Galvão, em 11 de maio de 2007

A Igreja Católica confessa a presença real de Cristo, em seu corpo, sangue, alma e Divindade após a transubstanciação do pão e do vinho, ou seja, a aparência permanece de pão e vinho, porém a substância se modifica, passa a ser o próprio Corpo e Sangue de Cristo.


Eucaristia também pode ser usado como sinônimo de hóstia consagrada, no Catolicismo. "Jesus Eucarístico" é como os católicos se referem a Jesus em sua presença na Eucaristia. "Comunhão" é como o sacramento é mais conhecido. As crianças farão a sua Primeira comunhão. "Comunhão Eucarística" é a participação na Eucaristia.

Também há uma adoração especial, chamada "adoração ao Santísisimo Sacramento" e um dia especial para a Eucaristia, o Dia do Corpo de Cristo (em lat. Corpus Christi). Segundo Santo Afonso Maria de Ligório, a devoção de adorar Jesus sacramentado é, depois dos sacramentos, a primeira de todas as devoções, a mais agradável a Deus e a mais útil para nós[4]. Para a Igreja, a presença de Cristo nas hóstias consagradas que se conservam após a Missa perdura enquanto subsistirem as espécies do pão do vinho[5]. Um dos grandes fatores que contribuíram para se crer na presença real de Cristo e adorá-lo, foram os "milagres Eucarísticos" em várias localidades do mundo, entre eles, um dos mais conhecidos foi o de Lanciano (Itália).

São João Crisóstomo destaca o efeito unificador da Eucaristia no Corpo de Cristo, que é identificado pelos cristãos como a própria Igreja: Com efeito, o que é o pão? É o corpo de Cristo. E em que se transformam aqueles que o recebem? No corpo de Cristo; não muitos corpos, mas um só corpo. De fato, tal como o pão é um só apesar de constituído por muitos grãos, e estes, embora não se vejam, todavia estão no pão, de tal modo que a sua diferença desapareceu devido à sua perfeita e recíproca fusão, assim também nós estamos unidos reciprocamente entre nós e, todos juntos, com Cristo [6] João Paulo II ensinou que à desagregação enraizada na humanidade é contraposta a força geradora de unidade do corpo de Cristo[7].

A Igreja Ortodoxa também professa a fé na transubstanciação, ou seja na Presença Real de Cristo.

Segundo a igreja católica a consagração da Hóstia pode ser feita apenas por presbíteros(ou padres) ou por sacerdotes de maior grau hierárquico(bispos,cardeais,ou papa)os diáconos não ministram este sacramento .

Protestantismo

Dentro do protestantismo, cuja teologia remonta aos princípios da reforma e são influenciados por Lutero e Calvino, a Eucaristia é vista como um sacramento.

Nas igrejas Luteranas existe o entendimento da ceia como essência ou substância do corpo de Cristo, e não transformada no mesmo. A essa forma de entendimento dá-se o nome de consubstanciação.

A proposta de Calvino, em oposição a Lutero e Zwinglio, era que na ceia ocorria a presença de Jesus, não nos elementos, mas como co-participante e co-celebrante junto com os comungantes. A essa forma de entendimento dá-se o nome de presença real.

Na Igreja Anglicana, o entendimento é de um sacramento, independente de como o mesmo será entendido pelo comungante. Por essa liberdade é permitida até mesmo o entendimento não sacramental da ceia.

Evangelicalismo

Dentro da teologia evangelical (ou evangélica) a Eucaristia é chamada geralmente por "Santa Ceia" ou "ceia do Senhor". Diferente das propostas dos outros reformadores, Zwinglio doutrinava que a ceia não podia promover efeitos espirituais, sendo apenas um símbolo e tendo como único efeito o de lembrança.

No século XVII, quando do surgimento da denominação batista, o seu fundador, John Smith, baseou-se, em relação à ceia, nos princípios disseminados por Zwinglio, assim concebendo a ceia apenas como um rito simbólico ordenado por Cristo cujo único efeito é de lembrar-se do mesmo.

A este tipo de entendimento dá-se o nome de "ceia memorial".

Testemunhas de Jeová

A celebração da morte de Jesus Cristo realiza-se anualmente pelas Testemunhas de Jeová, segundo o calendário judaico, em 14 de Nisã, após o pôr-do-Sol. É comumente chamada de Comemoração da Morte de Cristo.

Santos dos Últimos Dias

Entre os membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, o chamado Sacramento (simplificação de Sacramento da Ceia do Senhor) é partilhado semanalmente aos domingos durante a Reunião Sacramental e é o momento de maior relevância espiritual entre os serviços religiosos dominicais.

Partilham-se pão e água em lembrança do corpo e sangue de Jesus e o ritual é considerado uma renovação dos convênios batismais.

Ver também

Ligações externas

Commons
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Eucaristia

Referências

  1. Encíclica Ecclesia de Eucharistia, Cap. I, 19
  2. João 13, 1-20
  3. 1 Coríntios 11, 17-22.27-34
  4. Visitas ao Santíssimo Sacramento e a Maria Santíssima, Introdução: Obras Ascéticas (Avelino 2000), 295.
  5. Cf. Conc. Ecum. de Trento, Sess. XIII, Decretum de ss. Eucharistia, cân. 4: DS 1654.
  6. Homilias sobre a I Carta aos Coríntios, 24, 2: PG 61, 200; cf. Didaké, IX, 4: F. X. Funk, I, 22; S. Cipriano, Epistula LXIII, 13: PL 4, 384.
  7. Encíclica Ecclesia de Eucharistia, Cap. II, 24
Ícone de esboço Este artigo sobre Teologia ou sobre um teólogo é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.

Predefinição:Link FA