Fernando Maria, Eleitor da Baviera

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Fernando Maria da Baviera
Príncipe-Eleitor da Baviera

Retrato de Fernando Maria, por Paul Mignard
Reinado 1651–1679
Consorte Henriqueta Adelaide de Saboia
Nascimento 31 de outubro de 1636
  Munique, Baviera
Morte 26 de maio de 1679 (42 anos)
  Munique, Baviera
Dinastia Wittelsbach
Pai Maximiliano I, Eleitor da Baviera
Mãe Maria Ana de Áustria
Filho(s) Maria Ana Vitória de Baviera, Delfina de França
Maximiliano II Emanuel, Eleitor da Baviera
José Clemente de Baviera, Eleitor de Colónia
Violante Beatriz de Baviera, Grã-Princesa da Toscana

Fernando Maria da Baviera, (em alemão: Ferdinand Maria von Bayern) (Munique, 31 de outubro de 1636 – Munique, 26 de maio de 1679) foi um príncipe da dinastia dos Wittelsbach que governou a Baviera como príncipe-eleitor (em alemão: Kurfürst) de 1651 a 1679, no âmbito do Sacro Império Romano-Germânico.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Gravura de Fernando Maria, Eleitor da Baviera

Nascido em Munique, era o filho mais velho de Maximiliano I, Eleitor da Baviera, a quem sucedeu, e da arquiduquesa Maria Ana de Áustria, segunda mulher de seu pai e filha de Fernando II, Sacro Imperador Romano-Germânico. Nasceu durante o reinado de seu pai e, desde o nascimento, era o «príncipe-eleitoral».[1] Pela sua mãe, era primo co-irmão de Maria Ana de Áustria, Rainha de Espanha e de Leopoldo I, Sacro Imperador Romano-Germânico.

Príncipe Eleitor[editar | editar código-fonte]

Ainda menor, sucedeu ao pai em 1651 e, durante três anos, teve como regentes sua mãe e seu tio paterno, o duque Alberto VI da Baviera.

Fernando Maria foi coroado em 31 de outubro de 1654. O seu estilo de governo absolutista tornou-se uma referência para o resto dos monarcas alemães. Apesar da sua aliança com a França, ele absteve-se de confrontos com os Habsburgos, em especial após 1657, ano da morte de seu tio, o imperador Fernando III.

Fernando Maria apoiou os Habsburgos nas guerras contra o Império Otomano, enviando forças auxiliares bávaras (1662–1664). Durante a Guerra Franco-Holandesa, a Baviera manteve uma posição neutral a partir de 1672. O casamento da sua filha mais velha Maria Ana Vitória, com o seu primo le Grand Dauphin[2] em 1680, foi o resultado da aliança Franco-Bávara.

Fernando Maria modernizou o exército bávaro e introduziu o primeiro código governativo local. O príncipe-eleitor conseguiu sarar muitas das feridas causadas pela Guerra dos Trinta Anos, encorajando a agricultura e as industrias, para além de mandar construir ou restaurar numerosas igrejas e mosteiros. Adicionalmente, em 1669, reuniu a Dieta da Baviera, suspensa desde 1612. No final do seu governo, o Eleitorado possuía uma tesouraria bastante favorável.

Mourreu no Palácio de Schleissheim sendo sucedido pelo seu filho mais velho Maximiliano II Emanuel. Foi sepultado na cripta da Igreja Theatiner, em Munique.

Casamento e descendência[editar | editar código-fonte]

Em 8 de dezembro de 1650 casou com Henriqueta Adelaide de Saboia, filha de Víctor Amadeu I de Saboia e de Cristina Maria de França. O casal teve sete filhos, dois dos quais tiveram descendência.

Para além destes partos, a Princesa-eleitora sofreu três abortos: em junho de 1661, em março de 1664 e em 1674.[3]

Legado cultural[editar | editar código-fonte]

Gravura em cobre, por Michael Wening O castelo Starnberg com a gôndola de Fernando Maria, a Bucentaurus in Topographia Bavariae, ca. 1700

Fernando Maria casou em 1650 com Henriqueta Adelaide de Saboia e com ela o Barroco italiano foi introduzido na Baviera.

A igreja Theatiner em Munique foi construída a partir de 1663 como agradecimento pelo nascimento, há muito esperado, de um herdeiro para a coroa bávara, o príncipe Maximiliano Emanuel.

Em 1664, ele adjudicou a construção do Palácio de Nymphenburg, perto de Munique. O Lago Starnberger tornou-se o local de numerosas festas com a famosa frota de gôndolas venezianas. Nas margens, foi construído o castelo de Berg.

Na Residência de Munique Fernando Maria ordenou que fossem erigidas as Salas Papais.

Ascendência[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. expressão curiosa que identificava o príncipe-herdeiro dum Príncipe–Eleitor reinante
  2. em português: o Grande Delfim
  3. Marek, Miroslav. «Complete Genealogy of the House of Wittelsbach». Genealogy.EU 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


Precedido por
Maximiliano I

Eleitor da Baviera

1651–1679
Sucedido por
Maximiliano II Emanuel