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Formação Serra Geral: diferenças entre revisões

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A '''Formação Serra Geral''' é uma [[formação geológica]] constituida por [[Rocha ígnea|rochas magmática]]s relacionada aos derrames e intrusivas de rochas [[basalto|basálticas]] que recobrem 1,2 milhões de km² da [[Bacia do Paraná]], abrangendo toda a região centro-sul do [[Brasil]] e estendendo-se ao longo das fronteiras do [[Paraguai]], [[Uruguai]] e [[Argentina]]. O vulcanismo Serra Geral ocorreu no início do [[Período geológico|Período]] [[Cretáceo]], entre 137 e 127 milhões de anos, e está associado ao processo de ruptura do [[supercontinente]] [[Gondwana]] e à formação do [[Atlântico Sul]]. Este evento resultou na formação de espessa sucessão vulcânica e é uma das maiores extrusões ígneas do planeta, se estendendo até o continente africano, na Bacia de Etendeka, na [[Namíbia]] e [[Angola]]. A Formação Serra Geral pertence à supersequência [[estratigrafia|estratigráfica]] de segunda ordem denominada Superseqüência Gondwana III.<ref>Milani, E. J. – Evolução tectono-estratigráfica da Bacia do Paraná e seu relacionamento com a geodinâmica fanerozóica do Gondwana sul-ocidental. 1997. 2vol. Il. Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Curso de Pós-Graduação em Geociências, Porto Alegre, 1997.</ref>
A '''Formação Serra Geral''' é uma [[formação geológica]] constituida essencilamente por [[Rocha ígnea|rochas magmática]]s relacionada aos derrames e intrusivas de rochas [[basalto|basálticas]] que recobrem 1,2 milhões de km² da [[Bacia do Paraná]], abrangendo toda a região centro-sul do [[Brasil]] e estendendo-se ao longo das fronteiras do [[Paraguai]], [[Uruguai]] e [[Argentina]]. O vulcanismo Serra Geral ocorreu no início do [[Período geológico|Período]] [[Cretáceo]], entre 137 e 127 milhões de anos, e está associado ao processo de ruptura do [[supercontinente]] [[Gondwana]] e à formação do [[Atlântico Sul]]. Este evento resultou na formação de espessa sucessão vulcânica e é uma das maiores extrusões ígneas do planeta, se estendendo até o continente africano, na Bacia de Etendeka, na [[Namíbia]] e [[Angola]]. A Formação Serra Geral pertence à supersequência [[estratigrafia|estratigráfica]] de segunda ordem denominada Superseqüência Gondwana III.<ref>Milani, E. J. – Evolução tectono-estratigráfica da Bacia do Paraná e seu relacionamento com a geodinâmica fanerozóica do Gondwana sul-ocidental. 1997. 2vol. Il. Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Curso de Pós-Graduação em Geociências, Porto Alegre, 1997.</ref>
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A decomposição destas rochas formou os ricos [[solo]]s vermelhos conhecidos como "[[Terra roxa (solo)|terra roxa]]", excelentes para a agricultura.
A decomposição destas rochas formou os ricos [[solo]]s vermelhos conhecidos como "[[Terra roxa (solo)|terra roxa]]", excelentes para a agricultura.

Revisão das 12h36min de 1 de março de 2012

Formação Serra Geral
Distribuição estratigráfica: Cretáceo 137–127 Ma
Formação Serra Geral
Afloramento de basaltos da Formação Serra Geral nas Cataratas do Iguaçu, divisa Brasil-Argentina. Os diversos "degraus" mostram a sucessão de derrames vulcânicos.
Tipo Formação geológica
Unidade do(a) Bacia do Paraná (Supersequência Gondwana III)
Sucedida por Grupo Bauru
Precedida por Formação Botucatu
Área > um milhão de km2
Espessura máxima 1700m
Litologia
Primária Basalto
Outras Riolito, riodacito
Localização
Homenagem Serra Geral
País  Brasil Argentina Paraguai Uruguai

A Formação Serra Geral é uma formação geológica constituida essencilamente por rochas magmáticas relacionada aos derrames e intrusivas de rochas basálticas que recobrem 1,2 milhões de km² da Bacia do Paraná, abrangendo toda a região centro-sul do Brasil e estendendo-se ao longo das fronteiras do Paraguai, Uruguai e Argentina. O vulcanismo Serra Geral ocorreu no início do Período Cretáceo, entre 137 e 127 milhões de anos, e está associado ao processo de ruptura do supercontinente Gondwana e à formação do Atlântico Sul. Este evento resultou na formação de espessa sucessão vulcânica e é uma das maiores extrusões ígneas do planeta, se estendendo até o continente africano, na Bacia de Etendeka, na Namíbia e Angola. A Formação Serra Geral pertence à supersequência estratigráfica de segunda ordem denominada Superseqüência Gondwana III.[1]

Afloramento de basaltos da Formação Serra Geral na Cascata do Caracol, localizada no Parque Estadual do Caracol, Canela, Rio Grande do Sul, Brasil.

Esta unidade é constituída dominantemente por rochas basicas do grupo do basaltos e termos intermediarios como o basalto-andesitos de filiação toleiítica, os quais contrastam com termos acidos no topo tais como riolitos e riodacitos aflorantes na região mais alta do planalto sul-brasileiro, tais como a regiao dos Campos de Palmas (PR/SC), Campos de Guarapuava(PR), regiao de Chapeco (SC) e os topos da Serra Catarinense (Sao Joaquim, Bom Jardim da Serra, Urubici, Urupema, etc),assim como porcao riograndense dos Aparados da Serra, (Cambara do Sul, Sao Jose dos Ausentes, etc) e que caracterizam uma associação litológica bimodal (basalto - riolito+dacitos).

A decomposição destas rochas formou os ricos solos vermelhos conhecidos como "terra roxa", excelentes para a agricultura.

A maior jazida de ametista do mundo é encontrada em rochas da Formação Serra Geral, na cidade de Ametista do Sul, no Rio Grande do Sul, que é chamada de Capital Mundial da Ametista. Cerca de 75% da economia municipal é decorrente da mineração, beneficiamento e comércio de pedras semipreciosas como ametista, ágata e topázio além de outros [2].

Referências

  1. Milani, E. J. – Evolução tectono-estratigráfica da Bacia do Paraná e seu relacionamento com a geodinâmica fanerozóica do Gondwana sul-ocidental. 1997. 2vol. Il. Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Curso de Pós-Graduação em Geociências, Porto Alegre, 1997.
  2. «Página da cidade de Ametista do Sul». Consultado em 30 de outubro de 2010 

Ver também

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