Francisco Fanhais
Francisco Fanhais | |
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Informação geral | |
Nascimento | 17 de maio de 1941 (82 anos) |
Origem | Praia do Ribatejo, Vila Nova da Barquinha |
País | Portugal |
Gênero(s) | Música de intervenção |
Francisco Júlio Amorim Fanhais[1] OL (Vila Nova da Barquinha, Praia do Ribatejo, 17 de maio de 1941), mais conhecido por Francisco Fanhais, é um ex-sacerdote católico e cantor português, que em 1995 foi feito Oficial da Ordem da Liberdade, pelo governo português.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Intérprete da música portuguesa de intervenção, Francisco Fanhais entrou para o seminário com dez anos e foi ordenado padre aos 23.
Através da música tornou-se uma das mais ativas vozes dos chamados católicos progressistas que, desde a célebre carta de D. António Ferreira Gomes, bispo do Porto, a Salazar, em 1958, combateram a ditadura de Salazar.
Com efeito, o então padre Fanhais emergiu na ribalta da música portuguesa após a participação no célebre programa de televisão Zip-Zip. Ainda em 1969 lança Cantilenas, o seu disco de estreia. Aparece na capa do primeiro numero da revista Mundo da Canção, editada em 19 de Dezembro de 1969. O seu álbum Canções da Cidade Nova é editado em 1970. A partir de poemas de Sophia de Mello Breyner, musicou Cantanta da Paz e Porque.
Impedido de cantar, de exercer o sacerdócio e de leccionar nas escolas oficiais, emigra para França em 1971. Entretanto torna-se militante da LUAR, força revolucionária liderada por Emídio Guerreiro.
Regressa a Portugal após o 25 de Abril de 1974 e colabora nas campanhas de dinamização cultural do Movimento das Forças Armadas. Em 1975 é um dos participantes no disco República de José Afonso, gravado ao vivo em Itália.
No disco Ao Vivo no Coliseu de José Afonso, aparece a fazer coros na canção Natal dos Simples.
Em 1993 junta-se a Manuel Freire e Pedro Barroso para apresentarem o espectáculo Encontro.
A editora Strauss reeditou, em 1998, o disco Canções da Cidade Nova com o novo título de Dedicatória. A servir de capa foi colocado o manuscrito da dedicatória de José Afonso que aparecia na contracapa da edição original e que dizia: "Tu que cantas, Defronte, De faces atentas, e Seguras, Faz do teu Canto, Uma funda, Nesse lugar, Entre outras mãos mais fortes, E mais duras, Te estenderei, A Minha mão fraterna. Canta Amigo". [2]
Reconhecimento[editar | editar código-fonte]
A 9 de junho de 1995 foi feito Oficial da Ordem da Liberdade, por ocasião das comemorações do Dia de Portugal.[3]
Discografia[editar | editar código-fonte]
A sua discografia é composta por: [4]
- Cantilenas (1969)
- Canções da Cidade Nova (1970)
- Corpo Renascido/Canção da Cidade Nova/Porque Descalça vai para a Fonte (EP, Zip-Zip)
- Dedicatória (Strauss, 1998)
- Cantilena (EP, Orfeu) Cantilena/Juventude/Areia da Praia/Canção do Vento - Orfeu ATEP6325
Curiosidades[editar | editar código-fonte]
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Francisco Fanhais apresenta uma postura oposicionista radical, os discos Canções da Cidade Nova e Cantilena que gravou em 1969 e 1970 são disso prova, representando trabalhos marcantes no movimento dos cantores de intervenção.
Referências
- ↑ [http://habitacao.cm-lisboa.pt/documentos/1375367460L1iCM2gw7Jj13PJ5.pdf PROTOCOLO DE CEDÊNCIA DE ESPAÇO MUNICIPAL SITO NA RUA DE S. BENTO, N.º 170 – LOJA]
- ↑ «Dedicatória». Associação José Afonso (em inglês). 1 de dezembro de 2006. Consultado em 30 de novembro de 2022
- ↑ «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Francisco Fanhais". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 15 de abril de 2015
- ↑ «Catálogo: Francisco Fanhais». Fonoteca Municipal de Lisboa. Consultado em 30 de novembro de 2022