Gilbert Newton Lewis
Gilbert Newton Lewis | |
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Conhecido(a) por | Notação de Lewis |
Nascimento | 23 de outubro de 1875 Weymouth |
Morte | 23 de março de 1946 (70 anos) Berkeley |
Nacionalidade | ![]() |
Prêmios | Medalha William H. Nichols (1921), Prêmio Willard Gibbs (1924), Medalha Davy (1929) |
Orientador(es) | Theodore William Richards |
Orientado(s) | Michael Kasha, Joseph Edward Mayer, Glenn Theodore Seaborg, Harold Clayton Urey |
Campo(s) | Química |
Gilbert Newton Lewis (Weymouth, 23 de outubro de 1875 — Berkeley, 23 de março de 1946) foi um físico-químico americano conhecido pela descoberta de uma ligação covalente e o seu conceito de pares de elétrons; suas estruturas de pontos de Lewis e outras contribuições para a teoria de ligação de valência moldaram modernas teorias da ligação química. Lewis contribuiu com êxito na termodinâmica, fotoquímica e separação de isótopos, e também é conhecido por seu conceito de ácidos e bases.
Nasceu em 1875 em Weymouth, Massachusetts. Depois de receber seu PhD em química pela Universidade Harvard e estudar no exterior na Alemanha e Filipinas, Lewis mudou para a Califórnia para ensinar química na Universidade da Califórnia em Berkeley. Vários anos depois, se tornou o decano da faculdade de química em Berkeley, onde passou o resto de sua vida. Como professor, incorporou princípios termodinâmicos no currículo de química e reformou a termodinâmica química de uma forma matematicamente rigorosa acessível aos químicos comuns. Começou a medir os valores de energia livre relacionados com vários processos químicos, orgânicos e inorgânicos.
Em 1916, também propôs sua teoria de ligação e informação adicional sobre os elétrons na tabela periódica dos elementos. Em 1933, começou sua pesquisa sobre a separação de isótopos. Lewis trabalhou com hidrogênio e conseguiu purificar uma amostra de água pesada. Então veio com a sua teoria de ácidos e bases, e fez trabalho na fotoquímica, durante os últimos anos de sua vida. Em 1926, Lewis cunhou o termo "fóton" para a menor unidade de energia radiante. Era irmão da Alpha Chi Sigma, a fraternidade química profissional.
Embora fosse indicado por 41 vezes,[1] nunca ganhou o Prêmio Nobel de Química. Em 23 de março de 1946, foi encontrado morto em seu laboratório em Berkeley, onde tinha vindo a trabalhar com o cianeto de hidrogênio; muitos postularam que a causa de sua morte foi suicídio. Após a morte de Lewis, seus filhos seguiram a carreira de seu pai na química.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Estudou na Universidade Harvard e mais tarde na Universidade de Leipzig e na Universidade de Göttingen, tendo dirigido o gabinete de pesos e medidas no Laboratório Governamental das Filipinas (1904-1905). De 1907 a 1912 foi professor de Físico-química no Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Em 1912 mudou-se para a Universidade da Califórnia em Berkeley, onde foi professor de química e reitor até a sua morte.
Introduziu novos conceitos em termodinâmica e propôs o nome "fóton" para designar o quantum da radiação luminosa, em uma carta enviada ao editor da revista Nature em 1926.[2] Seus trabalhos de maior repercussão na química foram aqueles em que deu explicações mais adequadas para as ligações químicas em compostos orgânicos: compartilhamento de um par de elétrons por dois átomos (1916). Em virtude desses trabalhos, seu nome está associado a uma definição geral de ácido (substância capaz de receber um par de elétrons) e de base (substância capaz de doar um par de elétrons). Dedicou-se também à preparação de uma amostra de água na qual os átomos de hidrogênio foram substituídos por deutério (²H): a "água pesada" (D2O). Foi Lewis que introduziu o desenho da camada de valência nos respectivos átomos, sendo esse novo conceito de fundamental importância na ligação iônica, o que acabou por facilitar a visualização da troca de elétrons entre os íons.
Foi sepultado em Golden Gate National Cemetery, San Bruno, Califórnia no Estados Unidos.[3]
Referências
- ↑ «Nobel Prize Nomination Database». Consultado em 4 de outubro de 2016
- ↑ Abdalla, Maria Cristina Batoni (2006). O discreto charme das partículas elementares. São Paulo: Editora UNESP. p. 40. ISBN 85-7139-641-8
- ↑ Gilbert Newton Lewis (em inglês) no Find a Grave
Leitura adicional[editar | editar código-fonte]
- Coffey, Patrick (2008) Cathedrals of Science: The Personalities and Rivalries That Made Modern Chemistry. Oxford University Press. ISBN 978-0-19-532134-0
Ver também[editar | editar código-fonte]