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Grécia otomana

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Grécia Otomana é o termo utilizado para designar o período de domínio otomano na Grécia. Grande parte da Grécia foi parte do Império Otomano, a partir do século XIV, mesmo antes da captura de Constantinopla, até o final da guerra de independência grega no início dos anos 1830. Os Turcos Otomanos controlaram a Grécia peninsular desde o século XV, mas algumas ilhas permaneceram sob o domínio de Veneza até o século XVIII.

A maior parte da Grécia gradualmente tornou-se parte do Império Otomano no século XV até a sua declaração de independência em 1821; um período histórico, também conhecido como Turcocracia (em grego: Τουρκοκρατία, "governo turco").

O Império Bizantino, que tinha governado a maior parte do mundo grego por mais de 1100 anos, tinha sido fatalmente enfraquecido desde o saque de Constantinopla pelos cruzados em 1204.

O avanço otomano na Grécia foi precedido pela vitória sobre os sérvios para o seu norte. Primeiro, os otomanos venceram em 1371 na Batalha do Maritsa - na qual as forças sérvias foram lideradas pelo rei Blucasino Demétrio, o pai de Marco e co-regente do último imperador da dinastia sérvia Nemânica, Estêvão Uresis V. A esta batalha se seguiu outra, ainda pior: a vitória otomana na batalha do Kosovo de 1389.

Com mais nenhuma ameaça por parte dos sérvios, os otomanos capturaram Constantinopla em 1453 e avançaram para o sul da Grécia com a captura de Atenas, em 1458. Os gregos mantiveram Peloponeso até 1460, e os venezianos e genoveses agarraram-se a algumas das ilhas, mas em 1500 a maioria das planícies e das ilhas da Grécia estavam em mãos dos otomanas. As montanhas da Grécia foram praticamente intocadas, e eram um refúgio para os gregos a fugir do domínio estrangeiro e se envolverem em guerra de guerrilha .[1]

Mapa do Império Otomano de 1481 a 1683.

Chipre caiu em 1571, e os venezianos retiveram Creta até 1670. As Ilhas Jônicas foram apenas brevemente governada pelos otomanos (Cefalônia de 1479-1481 e 1485-1500), e manteve-se principalmente sob o domínio de Veneza.

Durante a dominação turca, os gregos puderam conservar suas características e praticar sua religião mediante ao pagamento de uma taxa especial. Os turcos confiscaram algumas terras para parti-las entre seus funcionários civis e religiosos. Em outros casos respeitaram as posses de antigos proprietários. Na costa, os gregos especializaram-se no comércio e em Istambul se formou uma grande burguesia comercial que influenciou o Governo Otomano.

Durante os séculos XVI e XVII sucedeu-se a insurreição dos gregos, que se multiplicavam nos tempos em que o Império Otomano se enfrentava com alguma potência europeia. No século XVIII, a decadência do Império Otomano favoreceu a formação de grupos de bandidos e piratas, que se converteram nos primeiros núcleos do levantamento nacional. Ao final desse século, alguns gregos emigrados organizaram sociedades para preparar a revolta. Estes emigrados propagaram com êxito na Europa os ideais do nacionalismo grego.

Referências

  1. Cavendish, Marshall (2009). Marshall Cavendish, ed. World and Its Peoples (em inglês). The klephts were descendants of Greeks who fled into the mountains to avoid the Turks in the fifteenth century and who remained active as brigands into the nineteenth century. [S.l.: s.n.] p. 1478. ISBN 0761479023 
  • Hobsbawm, Eric John. The Age of Revolution. New American Library, 1962. ISBN 0451627202
  • Jelavich, Barbara. History of the Balkans, 18th and 19th Centuries. New York: Cambridge University Press, 1983. ISBN 0521274583
  • Paroulakis, Peter H. The Greek War of Independence. Hellenic International Press, 1984.
  • Shaw, Stanford. History of the Ottoman Empire and Modern Turkey: Volume I. Cambridge: Cambridge University Press, 1977.
  • Vacalopoulos, Apostolis. The Greek Nation, 1453-1669. Rutgers University Press, 1976.
  • Finkel, Caroline, Osman's Dream, (Basic Books, 2005), 57; "Istanbul was only adopted as the city's official name in 1930..".