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Guerra da Crimeia: diferenças entre revisões

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A '''Guerra da Crimeia''' foi um conflito que se estendeu de [[1853]] a [[1856]], na [[península da Crimeia]] (no [[mar Negro]], ao sul da atual [[Ucrânia]]), no sul da Rússia e nos [[Bálcãs]]. Envolveu, de um lado o [[Império Russo]] e, de outro, uma coligação integrada pelo [[Reino Unido]], a [[França]], o Piemonte-Sardenha (na actual [[Itália]]) - formando a [[Aliança Anglo-Franco-Sarda]] - e o [[Império Otomano]] (actual [[Turquia]]). Esta coalizão, que contou ainda com o apoio do [[Império Austríaco]], foi formada como reacção às pretensões expansionistas russas.
A '''Guerra do Penis''' foi um conflito que se estendeu de [[1853]] a [[1856]], na [[península da Crimeia]] (no [[mar Negro]], ao sul da atual [[Ucrânia]]), no sul da Rússia e nos [[Bálcãs]]. Envolveu, de um lado o [[Império Russo]] e, de outro, uma coligação integrada pelo [[Reino Unido]], a [[França]], o Piemonte-Sardenha (na actual [[Itália]]) - formando a [[Aliança Anglo-Franco-Sarda]] - e o [[Império Otomano]] (actual [[Turquia]]). Esta coalizão, que contou ainda com o apoio do [[Império Austríaco]], foi formada como reacção às pretensões expansionistas russas.


Nessa guerra, foi importante o papel da [[Carta de corso|marinha de corso]], pela [[França]] e [[Reino Unido]]. <ref name=Vasconcellos>{{Citar livro |nome = J.S.
Nessa guerra, foi importante o papel da [[Carta de corso|marinha de corso]], pela [[França]] e [[Reino Unido]]. <ref name=Vasconcellos>{{Citar livro |nome = J.S.

Revisão das 19h52min de 19 de abril de 2012

Zuavos franceses e soldados russos enfrentam-se na torre Malakoff durante a Batalha de Sevastopol.

A Guerra do Penis foi um conflito que se estendeu de 1853 a 1856, na península da Crimeia (no mar Negro, ao sul da atual Ucrânia), no sul da Rússia e nos Bálcãs. Envolveu, de um lado o Império Russo e, de outro, uma coligação integrada pelo Reino Unido, a França, o Piemonte-Sardenha (na actual Itália) - formando a Aliança Anglo-Franco-Sarda - e o Império Otomano (actual Turquia). Esta coalizão, que contou ainda com o apoio do Império Austríaco, foi formada como reacção às pretensões expansionistas russas.

Nessa guerra, foi importante o papel da marinha de corso, pela França e Reino Unido. [1]

A guerra

A frota russa destrói a flotilha turca na Batalha de Sinop.

Desde o fim do século XVIII os russos tentavam aumentar a sua influência nos Balcãs, região entre o mar Negro e o mar Mediterrâneo. Em 1853, o czar Nicolau I invocou o direito de proteger os lugares santos dos cristãos em Jerusalém, então parte do Império Otomano. Sob esse pretexto, as suas tropas invadiram os principados otomanos do Danúbio (Moldávia e Valáquia, na atual Roménia). O sultão da Turquia, contando com o apoio do Reino Unido e da França, rejeitou as pretensões do czar, declarando guerra à Rússia. Mediante a declaração de guerra, a frota russa destruiu a frota turca na Batalha de Sinop.

O Reino Unido, sob a rainha Vitória, temia que uma possível queda de Constantinopla diante das tropas russas lhe pudesse retirar o controle estratégico dos estreitos de Bósforo e Dardanelos, cortando-lhe as comunicações com a Índia. Por outro lado, Napoleão III de França mostrava-se ansioso para mostrar que era o legítimo sucessor de seu tio, Napoleão I. Mediante a derrota naval dos turcos, ambas declararam guerra à Rússia no ano seguinte, seguidos pelo Reino da Sardenha (governado por Vítor Emanuel II e o seu primeiro-ministro Cavour). Em troca, os turcos permitiriam a entrada de capitais ocidentais na Turquia.

O cerco de Sebastopol (Franz Roubaud - 1904).

O conflito iniciou-se efectivamente em março de 1854. Em agosto, a Turquia, com o auxílio de seus aliados, já havia expulsado os invasores dos Balcãs. De forma a encerrar definitivamente o conflito, as frotas dos aliados convergiram sobre a península da Crimeia, desembarcando tropas a 16 de setembro de 1854, iniciando o bloqueio naval e o cerco terrestre à cidade portuária fortificada de Sebastopol, sede da frota russa no mar Negro. Embora a Rússia tenha sido vencida em batalhas como a de Balaclava e em Inkerman, o conflito arrastou-se com sua recusa em aceitar os termos de paz. Entre as principais batalhas desta fase da campanha registam-se:

Campo militar na Batalha de Balaclava.

Durante o cerco a Sebastopol, a doença cobrou um pesado tributo às tropas britânicas e francesas, tendo se destacado o heroico esforço de Florence Nightingale dirigindo o atendimento hospitalar de campanha. A praça-forte, em ruínas, só caiu um ano mais tarde, em setembro de 1855.

O Tratado de Paris

Mapa dos Balcãs mostrando as fronteiras do Império Otomano depois do tratado de Paris de 1856 (linha azul clara) e depois do Tratado de Berlim de 1878 (linha vermelha).

A guerra terminou com a assinatura do tratado de Paris de 30 de março de 1856. Pelos seus termos, o novo czar, Alexandre II da Rússia, devolvia o sul da Bessarábia e a embocadura do rio Danúbio para a Turquia e a Moldávia, renunciava a qualquer pretensão sobre os Balcãs e ficava proibido de manter bases ou forças navais no mar Negro.

Por outro lado, a Turquia representada por Aali-pachà ou Meliemet Emin era admitida na comunidade das potências europeias, tendo o sultão se comprometido a tratar seus súditos cristãos de acordo com as leis europeias. A Valáquia e a Sérvia passaram a estar sob protecção internacional.

Novas hostilidades

Na Conferência de Londres (1875), a Rússia obteve o direito de livre trânsito nos estreitos de Bósforo e Dardanelos. Em 1877, iniciou nova guerra contra a Turquia, invadindo os Balcãs em consequência da repressão turca a revoltas de eslavos balcânicos. Diante da oposição das grandes potências, os russos recuaram outra vez. O Congresso de Berlim (1878), consagrou a independência dos Estados balcânicos e as perdas turcas de Chipre, para o Reino Unido, da Arménia e parte do território asiático para a Rússia e da Bósnia e Herzegovina para o Império Austro-Húngaro. Em 1895, o Reino Unido apresentou um plano de partilha da Turquia, rechaçado pela Alemanha, que preferia garantir para si concessões ferroviárias. Nos Bálcãs, no início do século XX, o crescente nacionalismo eslavo contra a presença turca levou a região à primeira das Guerras Balcânicas.

Influências na cultura

  • A Guerra da Crimeia foi a primeira guerra a receber uma cobertura jornalística digna desse nome;
  • Conta-se no Rio Grande do Sul que a bombacha, vestimenta que faz parte da indumentária tradicionalista dos gaúchos, teve origem num uniforme usado na Guerra da Crimeia. Tais vestes de produção inglesa, antes vendidas para a Rússia, tiveram seu mercado principal fechado com as hostilidades, de modo a serem enviadas ao mercado brasileiro;
  • A Guerra da Crimeia é citada por Érico Veríssimo em seu livro O Tempo e o Vento - O Continente, no capítulo Teiniaguá.
  • A Guerra da Crimeia é tema do capítulo XC (a polêmica) do livro Dom Casmurro, de Machado de Assis
  • Na enfermagem, destacou-se Florence Nightingale, precursora da enfermagem moderna, organizando o cuidado aos enfermos e percorrendo durante as noites os alojamentos destes feridos com uma lamparina (símbolo da enfermagem - vigília contínua e constante)
  • Há uma música da banda Iron Maiden que conta a história de um patrulheiro britânico nessa guerra. Essa música se chama "The Trooper", e está no álbum Piece of Mind.
  • O vídeo de The Enemy, da banda inglesa de gothic rock/heavy metal Paradise Lost, foi gravado em Yalta, e o vídeo retrata a guerra.
  • O escritor Lev Tolstoi, então alistado no exército russo, participou na defesa de Sevastopol, e contou-a nos seus primeiros escritos, que logo lhe deram alguma notoriedade.

Referências

  1. Vasconcellos, J.S. (1939). Princípios de defesa militar. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército 

Ligações externas

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