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Hélène Cixous

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Hélène Cixous
Hélène Cixous
Hélène Cixous, 2011
Nascimento 5 de junho de 1937 (87 anos)
Orã,  França
Prémios Prémio Médicis (1969)
Género literário Romance, conto
Movimento literário Pós-modernismo
Magnum opus Dedans

Hélène Cixous (AFI/elɛn siksu/  ? escutar; Orã, 5 de junho de 1937 [1][2]) é uma ensaísta, dramaturga, poetisa e crítica literária francesa. É também professora da European Graduate School.[3] Recebeu diversos títulos honorários de universidades canadenses, irlandesas, britânicas e americanas. Mantém um seminário no Collège International de Philosophie desde 1983.

Autora de uma vasta obra, incluindo ensaios, romances e peças teatrais, Cixous é também conhecida como uma das pioneiras feministas da Europa. Foi uma das fundadoras da Universidade Paris VIII - Vincennes e, em 1974, criou, no âmbito da universidade, o Centre de Recherches en Etudes Féminines (atual Centre d’études féminines et d’études de genre), a primeira instituição europeia de pesquisa dedicada ao estudo das questões femininas e do feminismo.[4]

Nasceu em Orã, Argélia (na época, uma colônia francesa). Sua mãe era uma parteira judia alemã; seu pai era um médico, judeu argelino, que, por algum tempo, foi proibido de exercer a profissão pelas leis de Vichy. Seu pai, George Cixous, morreu precocemente de tuberculose, em 1948, quando Hélène tinha apenas 10 anos.

Em 1955, ela deixou a Argélia para estudar em Paris. Só retornou à sua terra natal em 2005.

Hélène Cixous publicou cerca de sessenta títulos. Além de ensaios e literatura de ficção, ela é também autora de peças teatrais que foram encenadas por Simone Benmussa, por Daniel Mesguich e por Ariane Mnouchkine no Théâtre du Soleil. Em 1963, ela encontrou Jacques Derrida, com quem manteve uma longa amizade e compartilhou inúmeras atividades políticas e intelectuais, incluindo os primeiros anos da Universidade Paris-VIII (Vincennes-Saint-Denis, criada em 1969), o Centre national des lettres (atual Centre national du livre), o Parlamento Internacional dos Escritores, o Comitê Antiapartheid, além de colóquios e seminários no Collège International de Philosophie. Eles compartilharam algumas publicações em comum ou cruzadas, como Voiles, Portrait de Jacques Derrida en Jeune Saint Juif (Galilée, 2001), H.C. pour la vie, c’est à dire… (Galilée, 2002).

Além de ensaios sobre Derrida e James Joyce, ela também escreveu sobre Clarice Lispector, Maurice Blanchot, Franz Kafka, Heinrich von Kleist, Montaigne, Ingeborg Bachmann, Thomas Bernhard, e a poetisa russa Marina Tsvetaeva. Seu ensaio O Riso da Medusa[5] foi traduzido em dezenas de línguas.

  • Le Prénom de Dieu (Grasset, 1967);
  • Dedans (Grasset, 1969);
  • Le Troisième Corps (Grasset, 1970);
  • Les Commencements (Grasset, 1970)
  • Neutre (Grasset, 1972);
  • Tombe (Seuil, 1973, 2008);
  • Portrait du Soleil (Denoël, 1974);
  • Révolutions pour plus d'un Faust (Seuil, 1975);
  • Souffles (Des femmes, 1975);
  • Partie (Des femmes, 1976);
  • La (Gallimard, 1976);
  • Angst (Des Femmes, 1977);
  • Anankè (Des femmes, 1979);
  • Illa (Des femmes, 1980);
  • Limonade tout était si infini (Des femmes, 1982)
  • Le Livre de Prométhéa (Gallimard, 1983)
  • Déluge (Des femmes, 1992);
  • Beethoven à jamais ou l'Existence de Dieu (Des femmes, 1993);
  • La Fiancée juive de la tentation (Des femmes, 1995);
  • OR, les lettres de mon père (Des femmes, 1997);
  • Osnabrück (Des femmes, 1999);
  • Le Jour où je n'étais pas là (Galilée, 2000);
  • Les Rêveries de la femme sauvage (Galilée, 2000);
  • Manhattan (Galilée, 2002);
  • Tours promises (Galilée, 2004)
  • Rencontre terrestre (com Frédéric-Yves Jeannet, Galilée, 2005);
  • L'amour même: dans la boîte aux lettres (Galilée, 2005);
  • Hyperrêve (Galilée, 2006);
  • Si près (Galilée, 2007);
  • Cigüe: vieilles femmes en fleurs (Galilée, 2008);
  • Philippines: prédelles (Galilée, 2009);
  • Ève s'évade: la ruine et la vie (Galilée, 2009)[6]
  • Double Oubli de l'Orang-Outang (Galilée, 2010)[7]
  • Homère est morte (Galilée, 2014);
  • L'Exil de James Joyce ou l'art du remplacement (Grasset, 1968);
  • Prénoms de Personne (Le Seuil, 1974);
  • La Jeune Née (U.G.E., 1975);
  • Le Rire de la Méduse (L'Arc, 1975);
  • La Venue à l’écriture (U.G.E., 1977);
  • Entre l’écriture (Des femmes, 1986);
  • L'Heure de Clarisse Lispector (Des femmes, 1989);
  • Karine Saporta, com Daniel Dobbels e Bérénice Reynaud (Armand Colin, 1990);
  • Hélène Cixous, photos de racines, com Mireille Calle-Gruber (Des femmes, 1994)
  • Voiles (con Jacques Derrida, Galilée, 1998)
  • Portrait de Jacques Derrida en jeune saint juif (Galilée, 2001)
  • Le Voisin de zéro: Sam Beckett (Galilée, 2007)
  • Abstracts et brèves chroniques du temps. I. Chapitre Los (Galilée, 2013)
  • Ayaï! Le Cri de la littérature (Galilée, 2013)
  • La Pupille (Cahiers Renaud-Barrault, 1971)
  • Portrait de Dora (Des femmes, 1975). Apresentada no Théâtre d'Orsay, Paris (1976) e Londres (1979).
  • La Prise de l'école de Madhubaï (Avant-Scène, 1984)
  • L’Histoire terrible mais inachevée de Norodom Sihanouk, roi du Cambodge (Théâtre du Soleil, 1985; ed. corrigida 1987).
  • L’Indiade, ou l’Inde de leurs rêves, et quelques écrits sur le théâtre (Théâtre du Soleil, 1987)
  • Les Euménides d’Eschyle (trad. para o Théâtre du Soleil, 1992)
  • La Ville parjure ou le réveil des Erinyes (Théâtre du Soleil, 1994)
  • Et soudain, des nuits d'éveil (Théâtre du Soleil, 1997)
  • Tambours sur la digue (Théâtre du Soleil, 1999)
  • Rouen, la Trentième Nuit de Mai '31 (Galilée, 2001)
  • Les Naufragés du fol espoir (Théâtre du soleil, 2010)

Referências

  1. (em francês) Angèle Paoli, « 5 juin 1937 - Naissance d’Hélène Cixous », Terres de femmes, 5 juin 2006.
  2. (em francês) Bertrand Leclair. «Cixous Hélène (1937- )». Encyclopædia Universalis 
  3. (em inglês) European Graduate School. Hélène Cixous - Biography.
  4. «Site do Centre d'études féminines et d'études de genre». Consultado em 10 de junho de 2015. Arquivado do original em 12 de julho de 2018 
  5. Cixous, Hélène (2022). O Riso Da Medusa. Natália Guerellus, Raísa França. Bastos, Fédéric Regard, Flavia Trocoli. Rio de Janeiro: Bazar Do Tempo. OCLC 1295277737 
  6. (em francês) Ève s'évade : la ruine et la vie Arquivado em 13 de agosto de 2016, no Wayback Machine. (resenha crítica). Telerama.fr
  7. (em francês) Hélène Cixous Double Oubli de l'Orang-Outang (apresentação)

Ligações externas

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