Saltar para o conteúdo

Hipófise: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Etiqueta: Espaçamento excessivo
Linha 121: Linha 121:
| [[Hipopituitarismo]] || produção reduzida || qualquer hormônio da hipófise
| [[Hipopituitarismo]] || produção reduzida || qualquer hormônio da hipófise
|}
|}

<br />
<br />
Utopia e bioética Daniel Serrão
<br />
Como se constrói esta utopia?
Para Potter é cada vez mais completo e profundo o conhecimento científico sobre a estrutura biológica dos seres humanos: a morfologia ultraestrutural, a bioquímica, a biologia molecular e a genética têm permitido conhecer até aos meus ínfimos detalhes a “máquina” do corpo humano. O bios humano aparece, contudo, como um sistema aberto e vulnerável que pode ser objecto de intervenções que o podem melhorar ou que podem destrui-lo. Avassaladores, estes progressos têm o poder de originar uma diferente visão da vida e do próprio Homem e de abrir caminho a profundas mudanças sociais, com impacto global e que se estenderá às gerações futuras.
<br />
A proposta de Potter é a da criação de uma nova disciplina científica rigorosa – a bioética – que deveria, e cito, “ preencher o hiato entre as ciências e as humanidades usando especialmente a biologia e os valores humanos para criar uma ciência da sobrevivência”. Assim temos bioética como uma nova ciência ética que combina humildade, responsabilidade e uma competência interdisciplinar, intercultural e que potencializa o senso de humanidade.

<br />
A Bioética é uma ética aplicada, chamada também de “ética prática”, que visa “dar conta” dos conflitos e controvérsias morais implicados pelas práticas no âmbito das Ciências da Vida e da Saúde do ponto de vista de algum sistema de valores.
<br />
Como um sistema de valores a bioética dificilmente pode ser ensinada. A maioria dos temas que a bioética trata não é alvo de consenso. Como um conjunto de princípios varia em grande escala no seio de diferentes panoramas socioculturais e fatores ambientais. A bioética só pode ser construída em diálogo público aberto, pela argumentação e pela consciencialização.

<br />
A bioética encontra-se em crise dada a grande instabilidade económica vivida e o potencial das ciências da vida e da saúde neste âmbito. O futuro deve passar pela implementação da bioética como uma realidade, deixando de ser uma utopia, que deve ser debatida e discutida, porque só assim esta se constrói. É indispensável que a bioética se afirme entre os interesses económicos da área da saúde e se veja consagrada legislativamente de forma a conciliar a evolução científica e os valores inerentes ao ser humano.

<br />
Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida. Órgão independente e transdisciplinar que analisa e dá parecer sobre aspectos éticos dos avanços científicos nas ciências biológicas. “Ao longo das últimas décadas, os desenvolvimentos médicos e biotecnológicos e as suas implicações no devir social e humano têm clamado por uma tomada de posição sobre quais as aplicações das novas tecnologias que convêm ou não à humanidade. “
<br />
<br />
1.O que faz um gene e o que não faz.
Um gene é uma porção de DNA que codifica uma proteína que será preponderante nas características fenotípicas de um indivíduo. Um gene expressa assim, apenas características físicas e não a nível de personalidade, uma vez que esta é influencia por factores epigenéticos e pela experiência humana.
<br />
2. O que é a responsabilização das decisões humanas.
O comportamento do ser humano é determinado pela conjugação do genoma, factores epigenéticos (interacção sociocultural) e pelo livre arbítrio. O genoma é inalterável e, por vezes, condiciona a capacidade de um indivíduo se responsabilizar pelos seus actos, uma vez que afecta o livre arbítrio e a interação sociocultural. Como foi referido na sessão de DV pelo professor Daniel Serrão, quem é portador do gene da obesidade, mesmo tendo uma dieta restrita não consegue fugir ao seu genoma, acabando por ficar obeso.
Quando o genoma não é limitante, a intervenção pedagócica e social e os factores ambientais são dominantes, caracterizando o perfil de actuação do indivíduo, tornando-o responsável pelos seus actos. Mesmo dependendo dos anteriores, o livre arbítrio não deve ser dispensado de responsabilização. Como um ser social, o ser humano transporta as consequências das suas acções para a própria sociedade e cultura em que se insere, moldando-as.
<br />
3.Os genes e a identidade pessoal. Que relação?
O genoma determina as características físicas do indivíduo e indirectamente parte da personalidade do mesmo. No entanto, a identidade pessoal de cada um é também determinada pelos efeitos epigenéticos (família, cultura, vivências, etc). Tendo em conta determinados padrões socio-culturais certos genes podem ou não manifestar-se. De acordo com a Teoria da Personalidade, “havendo no mundo uma hipotética igualdade de oportunidades, seríamos todos iguais (...) A única diferença entre Einstein e os demais teria sido uma simples questão de oportunidade e circunstâncias ambientais. Nesto caso a Personalidade, a inteligência, a vocação e a própria doença mental seriam questões exclusivamente ambientais.”

<br />
4.Usos e maus usos dos testes genéticos.
Os testes genéticos apresentam vantagens e desvantagens. Actualmente é possível, através dos testes genéticos preditivos, avaliar o risco de virmos a desenvolver certas doenças genéticas. Em alguns casos, avaliando o genoma numa idade precoce é possível descobrir, por exemplo, intolerância à lactose, permitindo assim a prevenção de sintomas associados à doença, através da restrição de certos alimentos. Noutros casos, estes testes preditivos apenas servem para informar o paciente que é portador do gene de determinada doença, que poderá não ter cura caso este se manifeste.
No entanto, nem sempre os efeitos são positivos, podendo resultar em “escolha genética”, como é o caso dos EUA em que os pais realizam estudos genéticos para descobriram modalidades desportivas nas quais os filhos são mais aptos, por vezes com fim lucrativo, sem ter em conta as escolhas e os gostos dos mesmos. O desenvolvimento da engenharia genética convive, assim, com problemas legais e éticos, podendo levar à depuração da espécie. Em suma, em todos os testes genéticos deve ser aplicado o princípio das responsabilidade que nos diz que alterações genómicas feitas no presente podem comprometer o futuro.


<br />
5.Critique a criação de uma base de dados genéticos e de perfis de ADN ao nível nacional.
A criação de uma base de dados genéticos e de perfis de DNA melhora o sentimento de segurança colectiva, favorecendo a investigação criminal. No entanto, estaríamos a por em causa o direito à privacidade, pois esta informação poderia ser utilizada para outros fins. Para além disso, este instrumento requer elevados custos económicos e a infalibilidade do ADN pode levar a erros e induzir um julgamento errado.
Consideramos que as desvantagens superam as vantagens, não se justificando a criação desta ferramenta, até que seja possível o controlo e transparência do uso e transmissão da informação nela contida.

<br />
PARTE I

<br />
O Calvário é uma instituição de solidariedade, fundada pelo padre Américo, que tem o objectivo de acolher doentes incuráveis e sem família. Envolta de um ambiente familiar, nesta instituição o tempo não é encarado como um obstáculo, podendo os seus membros permanecer lá até ao fim da vida. Foi até criado um cemitério para aquele que lá permacem. Contudo, alguns conseguem alcançar a recuperação, sendo (re)integrados perfeitamente na sociedade.
Para fazer parte desta família, o único requisito é ser-se pobre e precisar-se de ajuda urgente. É de notar que os seus utentes chegam de vários locais e de diferentes condições, muitas delas precárias. Acresce ainda que um dos muitos princípios desta instituição é potenciar as capacidades dos doentes, distribuindo tarefas e, simultaneamente, criando um ambiente de entre-ajuda, como uma verdadeira família. A par da medicação, o equilíbrio psicológico é atingido pelo trabalho e dedicação aos outros.
Se, por um lado, esta instituição aceita as doações que as pessoas oferecem em vida, por outro lado, está patente a recusa perante heranças e doações presentes em testamento. Contudo, quando não conseguem de todo recusar as ofertas dos testamentos, doam o seu conteúdo a outras fundações, uma vez que acreditam que não devem acumular, mas sim repartir o que recebem de bom. Esta é, então, uma instituição que se move pela fé e pelo bem de todos.

<br />
PARTE II

<br />
A solidariedade para com os países africanos não deve passar apenas pela colmatação das suas necessidades mais urgentes (alimentação, vestuário, saúde).
É imperativo que haja um esforço de desenvolvimento destes países, no qual a investigação científica tem um papel essencial de forma a desenvolver os imensos recursos naturais, populacionais e culturais desta região do planeta. Este esforço deve em grande parte ser impulsionado pelos países mais desenvolvidos, canalizando o investimento para estas regiões.
Investigação passa pelo desenvolvimento de novas técnicas na agricultura e de programas de procura de água potável, bens essenciais para resolver o problema da fome e consequentemente Saúde. O incremento dos cuidados de higiene e a criação do perfil de saúde destas regiões é também um dos objectivos, de modo a conhecer as principais doenças que afectam a população e direccionar a actuação.
A criação de infraestruturas deve ser outra das áreas com especial foco, em termos de habitação, saneamento básico e mesmo educação, sendo esta última essencial a diversos níveis nomeadamente na dimensão da saúde.
Um outra forma de gerar riqueza e prosperidade será a investigação em recursos naturais, principalmente geológicos, dos quais resultam matérias primas que podem ser canalizadas para o desenvolvimento das restantes áreas e da comercialização.
Por fim, será não menos importante a investigação em política e em matéria financeiras de forma a que se consiga gerir o desenvolvimento de uma maneira rentável e equitativa.
Embora as necessidades urgentes em alimentação, saúde, higiene e vestuário devam ser corrigidas rapidamente, não menos importante deve o investimento em investigação científica nos países africanos pois são regiões com elevado potencial que se explorados de forma adequada podem vir a ter no futuro sustentabilidade e autonomia.



== Imagens adicionais ==
== Imagens adicionais ==

Revisão das 22h43min de 5 de maio de 2013

Hipófise

Localizada na base do crânio, a hipófise é protegida por uma estrutura óssea chamada sela túrcica.

Diagrama de um corte sagital mediano através da hipófise de um macaco adulto.
Detalhes
Precursor ectoderme neural e oral, incluindo a bolsa de Rathke
Identificadores
Latim hypophysis
Gray pág.1275
MeSH Pituitary+Gland
Dorlands/Elsevier Pituitary gland

A hipófise ou glândula pituitária é uma glândula situada na sela túrcica (uma cavidade óssea localizada na base do cérebro), que se liga ao hipotálamo através do pedículo hipofisário ou infundíbulo. A hipófise é uma glândula que produz numerosos e importantes hormônios, por isso antigamente era reconhecida como glândula-mestre do sistema nervoso. Hoje sabe-se que grande parte das funções desta glândula são reguladas pelo hipotálamo.

Possui dimensões aproximadas a um grão de ervilha, pesando de 0,5 a 1 grama.

É fisiologicamente divisível em duas partes: o lobo anterior (adenoipófise) e o lobo posterior (neuroipófise). A adenoipófise possui origem de células epiteliais, enquanto neuroipófise possui origem nervosa. Entre essas duas porções existe uma zona pouco vascularizada chamada de parte intermédia, praticamente ausente em humanos, mas bem desenvolvida e funcional em animais inferiores[1].

A hipófise é responsável pela regulação da atividade de outras glândulas e de várias funções do organismo como o crescimento e secreção do leite através das mamas.

Divisões

A hipófise é dividida em dois lados: o anterior (adenohipófise) e o posterior (neurohipófise).

Hipófise posterior (neuroipófise)

Ver artigo principal: Neuroipófise

O lado posterior é conectado à parte do cérebro chamada de hipotálamo através do infundíbulo. Os hormônios são feitos nos corpos celulares dos nervos posicionados no hipotálamo, e estes hormônios são então transportados pelos axônios das células nervosas em direção à hipófise posterior.

Os hormônios secretados pela hipófise posterior são

Hipófise anterior (Adenohipófise)

Ver artigo principal: Adenoipófise

O lado anterior é derivado do ectoderma oral e é composto de epitélio glandular. Através da conexão vascular da hipófise anterior com o hipotálamo, o hipotálamo integra sinais estimulatórios e inibitórios centrais e periféricos para os cinco tipos fenotipicamente distintos de células da hipófise.

Os hormônios da hipófise anterior, e os hormônios hipotalâmicos que modulam (são inibidores ou liberadores) a sua secreção estão listados abaixo, junto com seus tipos celulares associados.

Hormônio da hipófise anterior Hormônio hipotalâmico Corantes (tipo) Tipo de célula
hormônio do crescimento secreção causada pelo GHRH (hormônio liberador de hormônio do crescimento) acidófilo somatotrofo
prolactina secreção INIBIDA pela DA (dopamina, "prolactin inhibiting factor"/PIF) acidófilo lactotrofo
hormônio folículo-estimulante secreção causada pelo GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina) basófilo gonadotrofo
hormônio luteinizante secreção causada pelo GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina) basófilo gonadotrofo
hormônio estimulante da tireóide secreção causada pelo TRH (hormônio liberador de tireotrofina) basófilo tireotrofo
hormônio adrenocorticotrófico secreção causada pelo CRH (hormônio liberador de corticotrofina) basófilo corticotrofo
endorfinas - - -

Os hormônios hipotalâmicos viajam até o lobo anterior por um sistema especial de capilares, chamados de vasos portais hipotalâmico-hipofisários.

Também existe uma interação entre os hormônios do hipotálamo, por exemplo, o TRH induz a secreção de prolactina.

Funções 

Os hormônios tróficos ou trópicos atuam sobre outras glândulas endócrinas regulando suas secreções. O sistema nervoso central manifesta seu controle sobre a hipófise através do hipotálamo via ligações nervosas ou substâncias parecidas com hormônios conhecidas como fatores de liberação no sexo.

Os hormônios tróficos são classificados em:

  • Tireotrópicos: atuam sobre a tireóide.
  • Adrenocorticotrópicos: atuam sobre o córtex da glândula adrenal (supra-renal).
  • Gonadotróficos: atuam sobre as gônadas masculinas e femininas.
  • Somatotróficos: atuam no crescimento, promovendo o alongamento dos ossos e estimulando a síntese de proteínas e o desenvolvimento da massa muscular. Também eleva o consumo de gorduras e inibe a síntese de insulina do pâncreas, aumentando a concentração de glicose no sangue.

Adeno-hipófise

  • Prolactina: estabiliza a secreção do estrogênio e progesterona e estimula a produção de leite.

Porção intermédia

Neuro-hipófise

  • Ocitocina: atua no útero favorecendo as contrações no momento do parto, e em nível mamário facilita a secreção do leite.
  • Vasopressina (ADH): regula a contração dos vasos sangüíneos, regulando a pressão e ação antidiurética sobre os túbulos dos rins.

Patologia

Distúrbios envolvendo a hipófise:

Distúrbio Causa Hormônio
Acromegalia superprodução hormônio do crescimento
Deficiência do hormônio do crescimento produção reduzida hormônio do crescimento
Síndrome de hormônio antidiurético inapropriado superprodução vasopressina
Diabetes insipidus produção reduzida vasopressina
Síndrome de Sheehan produção reduzida prolactina
Adenoma pituitário superprodução qualquer hormônio da hipófise
Hipopituitarismo produção reduzida qualquer hormônio da hipófise



Utopia e bioética Daniel Serrão
Como se constrói esta utopia? Para Potter é cada vez mais completo e profundo o conhecimento científico sobre a estrutura biológica dos seres humanos: a morfologia ultraestrutural, a bioquímica, a biologia molecular e a genética têm permitido conhecer até aos meus ínfimos detalhes a “máquina” do corpo humano. O bios humano aparece, contudo, como um sistema aberto e vulnerável que pode ser objecto de intervenções que o podem melhorar ou que podem destrui-lo. Avassaladores, estes progressos têm o poder de originar uma diferente visão da vida e do próprio Homem e de abrir caminho a profundas mudanças sociais, com impacto global e que se estenderá às gerações futuras.
A proposta de Potter é a da criação de uma nova disciplina científica rigorosa – a bioética – que deveria, e cito, “ preencher o hiato entre as ciências e as humanidades usando especialmente a biologia e os valores humanos para criar uma ciência da sobrevivência”. Assim temos bioética como uma nova ciência ética que combina humildade, responsabilidade e uma competência interdisciplinar, intercultural e que potencializa o senso de humanidade.


A Bioética é uma ética aplicada, chamada também de “ética prática”, que visa “dar conta” dos conflitos e controvérsias morais implicados pelas práticas no âmbito das Ciências da Vida e da Saúde do ponto de vista de algum sistema de valores.
Como um sistema de valores a bioética dificilmente pode ser ensinada. A maioria dos temas que a bioética trata não é alvo de consenso. Como um conjunto de princípios varia em grande escala no seio de diferentes panoramas socioculturais e fatores ambientais. A bioética só pode ser construída em diálogo público aberto, pela argumentação e pela consciencialização.


A bioética encontra-se em crise dada a grande instabilidade económica vivida e o potencial das ciências da vida e da saúde neste âmbito. O futuro deve passar pela implementação da bioética como uma realidade, deixando de ser uma utopia, que deve ser debatida e discutida, porque só assim esta se constrói. É indispensável que a bioética se afirme entre os interesses económicos da área da saúde e se veja consagrada legislativamente de forma a conciliar a evolução científica e os valores inerentes ao ser humano.


Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida. Órgão independente e transdisciplinar que analisa e dá parecer sobre aspectos éticos dos avanços científicos nas ciências biológicas. “Ao longo das últimas décadas, os desenvolvimentos médicos e biotecnológicos e as suas implicações no devir social e humano têm clamado por uma tomada de posição sobre quais as aplicações das novas tecnologias que convêm ou não à humanidade. “

1.O que faz um gene e o que não faz. Um gene é uma porção de DNA que codifica uma proteína que será preponderante nas características fenotípicas de um indivíduo. Um gene expressa assim, apenas características físicas e não a nível de personalidade, uma vez que esta é influencia por factores epigenéticos e pela experiência humana.
2. O que é a responsabilização das decisões humanas. O comportamento do ser humano é determinado pela conjugação do genoma, factores epigenéticos (interacção sociocultural) e pelo livre arbítrio. O genoma é inalterável e, por vezes, condiciona a capacidade de um indivíduo se responsabilizar pelos seus actos, uma vez que afecta o livre arbítrio e a interação sociocultural. Como foi referido na sessão de DV pelo professor Daniel Serrão, quem é portador do gene da obesidade, mesmo tendo uma dieta restrita não consegue fugir ao seu genoma, acabando por ficar obeso. Quando o genoma não é limitante, a intervenção pedagócica e social e os factores ambientais são dominantes, caracterizando o perfil de actuação do indivíduo, tornando-o responsável pelos seus actos. Mesmo dependendo dos anteriores, o livre arbítrio não deve ser dispensado de responsabilização. Como um ser social, o ser humano transporta as consequências das suas acções para a própria sociedade e cultura em que se insere, moldando-as.
3.Os genes e a identidade pessoal. Que relação? O genoma determina as características físicas do indivíduo e indirectamente parte da personalidade do mesmo. No entanto, a identidade pessoal de cada um é também determinada pelos efeitos epigenéticos (família, cultura, vivências, etc). Tendo em conta determinados padrões socio-culturais certos genes podem ou não manifestar-se. De acordo com a Teoria da Personalidade, “havendo no mundo uma hipotética igualdade de oportunidades, seríamos todos iguais (...) A única diferença entre Einstein e os demais teria sido uma simples questão de oportunidade e circunstâncias ambientais. Nesto caso a Personalidade, a inteligência, a vocação e a própria doença mental seriam questões exclusivamente ambientais.”


4.Usos e maus usos dos testes genéticos. Os testes genéticos apresentam vantagens e desvantagens. Actualmente é possível, através dos testes genéticos preditivos, avaliar o risco de virmos a desenvolver certas doenças genéticas. Em alguns casos, avaliando o genoma numa idade precoce é possível descobrir, por exemplo, intolerância à lactose, permitindo assim a prevenção de sintomas associados à doença, através da restrição de certos alimentos. Noutros casos, estes testes preditivos apenas servem para informar o paciente que é portador do gene de determinada doença, que poderá não ter cura caso este se manifeste. No entanto, nem sempre os efeitos são positivos, podendo resultar em “escolha genética”, como é o caso dos EUA em que os pais realizam estudos genéticos para descobriram modalidades desportivas nas quais os filhos são mais aptos, por vezes com fim lucrativo, sem ter em conta as escolhas e os gostos dos mesmos. O desenvolvimento da engenharia genética convive, assim, com problemas legais e éticos, podendo levar à depuração da espécie. Em suma, em todos os testes genéticos deve ser aplicado o princípio das responsabilidade que nos diz que alterações genómicas feitas no presente podem comprometer o futuro.



5.Critique a criação de uma base de dados genéticos e de perfis de ADN ao nível nacional. A criação de uma base de dados genéticos e de perfis de DNA melhora o sentimento de segurança colectiva, favorecendo a investigação criminal. No entanto, estaríamos a por em causa o direito à privacidade, pois esta informação poderia ser utilizada para outros fins. Para além disso, este instrumento requer elevados custos económicos e a infalibilidade do ADN pode levar a erros e induzir um julgamento errado. Consideramos que as desvantagens superam as vantagens, não se justificando a criação desta ferramenta, até que seja possível o controlo e transparência do uso e transmissão da informação nela contida.


PARTE I


O Calvário é uma instituição de solidariedade, fundada pelo padre Américo, que tem o objectivo de acolher doentes incuráveis e sem família. Envolta de um ambiente familiar, nesta instituição o tempo não é encarado como um obstáculo, podendo os seus membros permanecer lá até ao fim da vida. Foi até criado um cemitério para aquele que lá permacem. Contudo, alguns conseguem alcançar a recuperação, sendo (re)integrados perfeitamente na sociedade.

    Para fazer parte desta família, o único requisito é ser-se pobre e precisar-se de ajuda urgente. É de notar que os seus utentes chegam de vários locais e de diferentes condições, muitas delas precárias. Acresce ainda que um dos muitos princípios desta instituição é potenciar as capacidades dos doentes, distribuindo tarefas e, simultaneamente, criando um ambiente de entre-ajuda, como uma verdadeira família. A par da medicação, o equilíbrio psicológico é atingido pelo trabalho e dedicação aos outros.
    Se, por um lado, esta instituição aceita as doações que as pessoas oferecem em vida, por outro lado, está patente a recusa perante heranças e doações presentes em testamento. Contudo, quando não conseguem de todo recusar as ofertas dos testamentos, doam o seu conteúdo a outras fundações, uma vez que acreditam que não devem acumular, mas sim repartir o que recebem de bom. Esta é, então, uma instituição que se move pela fé e pelo bem de todos.


PARTE II


A solidariedade para com os países africanos não deve passar apenas pela colmatação das suas necessidades mais urgentes (alimentação, vestuário, saúde).

    É imperativo que haja um esforço de desenvolvimento destes países, no qual a investigação científica tem um papel essencial  de forma a desenvolver os imensos recursos naturais, populacionais e culturais desta região do planeta. Este esforço deve em grande parte ser impulsionado pelos países mais desenvolvidos, canalizando o investimento para estas regiões.
    Investigação passa pelo desenvolvimento de novas técnicas na agricultura e de programas de procura de água potável, bens essenciais para resolver o problema da fome e consequentemente Saúde. O incremento dos cuidados de higiene e a criação do perfil de saúde destas regiões é também um dos objectivos, de modo a conhecer as principais doenças que afectam a população e direccionar a actuação. 
    A criação de infraestruturas deve ser outra das áreas com especial foco, em termos de habitação, saneamento básico e mesmo educação, sendo esta última essencial a diversos níveis nomeadamente na dimensão da saúde.
    Um outra forma de gerar riqueza e prosperidade será a investigação em recursos naturais, principalmente geológicos, dos quais resultam matérias primas que podem ser canalizadas para o desenvolvimento das restantes áreas e da comercialização.
    Por fim, será não menos importante a investigação em política e em matéria financeiras de forma a que se consiga gerir o desenvolvimento de uma maneira rentável e equitativa.  
    Embora as necessidades urgentes em alimentação, saúde, higiene e vestuário devam ser corrigidas rapidamente, não menos importante deve o investimento em investigação científica nos países africanos pois são regiões com elevado potencial que se explorados de forma adequada podem vir a ter no futuro sustentabilidade e autonomia.


Imagens adicionais

Referências

  1. Guyton (2002). Tratado de Fisiologia Médica. [S.l.]: Guanabara Koogan. pp. 791–793