Jundallah

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Jundallah ou Jondollah (em árabe: جندالله, literalmente "Soldados de Alá"), também conhecidos como Movimento de Resistência Popular do Irã (português brasileiro) ou Irão (português europeu) (MRPI) é uma organização paramilitar com sede no Baluquistão que alega lutar pelos direitos dos muçulmanos sunitas iranianos. Foi fundada por Abdolmalek Rigi,[1] capturado e executado pelo governo do Irã em 2010. Acredita-se que tenha até 1000 combatentes, e seja responsável pela morte de 400 soldados iranianos.[2] e de um número muito maior de civis.[3][4] Também participa da insurgência dos baluques no Paquistão e na província iraniana do Sistão e Baluquistão. O grupo foi designado oficialmente uma organização terrorista pelo governo do Irã, e foi ligado ou assumiu a responsabilidade por diversos atentados terroristas, sequestros e tráfico de drogas.[5] Diversos observadores internacionais acreditam que o grupo esteja ligado à Al-Qaeda.[6][7][8]

O Irã vem alegando por muito tempo que o governo dos Estados Unidos estaria dando apoio ao Jundallah. Diversas fontes, como a emissora americana ABC News, o jornal britânico The Telegraph e o jornalista Seymour Hersh relataram que o grupo teria recebido apoio dos Estados Unidos para operar contra o governo iraniano;[9][10][11][12] os Estados Unidos, no entanto, negam qualquer envolvimento.[9]

Notícias[13] divulgadas pela revista estadunidense Foreign Policy[14] informam que o regime israelense recrutava e treinava os militantes do grupo para que executassem ações em território iraniano a fim de criar desestabilidade entre sunitas e xiitas no país, o caso teria sido revelado em um episódio no qual agentes da Mossad teriam se apresentado como sendo agentes da CIA, nos anos de 2007-2008 agentes da CIA descobriram que esses agentes eram recrutados principalmente em Londres e ao executar suas ações, deveriam dizer que estavam a serviço da CIA, o que teria causado grande incômodo no governo estadunidense, então presidido por George Bush.

Referências

  1. Preparing the Battlefield, New Yorker, 7 de julho de 2008.
  2. Massoud, Ansari (16 de janeiro de 2006). «Sunni Muslim group vows to behead Iranians» (em inglês). Washington Times. Consultado em 5 de abril de 2007 
  3. Karthikeya, Raja (7 de agosto de 2009). «Jundullah a wedge between Iran, Pakistan». Asian Times. Consultado em 10 de julho de 2010 
  4. «Anti-Iran militia faces terrorist designation». The Boston Globe. Boston.com. 30 de maio de 2009. Consultado em 20 de outubro de 2009 
  5. «Jundullah a terrorist organization جنایات گروهک ریگی 1 | NowPublic Video Archives». Nowpublic.com. Consultado em 20 de outubro de 2009. Arquivado do original em 30 de abril de 2012 
  6. http://www.congresscheck.com/2008/07/10/former-pakistan-general-us-supports-jundullah-terrorists-in-iran/
  7. «Cópia arquivada». Consultado em 18 de julho de 2010. Arquivado do original em 23 de fevereiro de 2012 
  8. "The legacy of Nek Mohammed", de Syed Saleem Shahzad
  9. a b Lowther, William (25 de fevereiro de 2007). «US funds terror groups to sow chaos in Iran». Londres: The Daily Telegraph. Consultado em 20 de outubro de 2009  Erro de citação: Código <ref> inválido; o nome "telegraph.co.uk" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes
  10. Shipman, Tim (27 de maio de 2007). «Bush sanctions 'black ops' against Iran». Londres: The Daily Telegraph. Consultado em 20 de outubro de 2009 
  11. Brian Ross e Christopher Isham (3 de abril de 2007). «ABC News Exclusive: The Secret War Against Iran - The Blotter». ABC News. Consultado em 20 de outubro de 2009. Arquivado do original em 16 de outubro de 2017 
  12. «Annals of National Security: Preparing the Battlefield». The New Yorker. 7 de janeiro de 2009. Consultado em 20 de outubro de 2009  Texto "autor Hersh, Seymour M. " ignorado (ajuda)
  13. «Israel reclutaba a terroristas de Yundullah para sabotear a Irán». HispanTV. Irã. 14 de janeiro de 2012. Consultado em 14 de janeiro de 2012 
  14. Perry, Mark (13 de janeiro de 2012). «False Flag». Foreign Policy (em inglês). Estados Unidos. Consultado em 13 de janeiro de 2012 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]