Laerte Bastos

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Laerte Bastos
Deputado Federal pelo Rio de Janeiro
Período 1991
a 1995
Vice-prefeito de Nova Iguaçu
Período 1989 a 1991
Prefeito Aluísio Gama de Souza
Subsecretário de Habitação do Rio de Janeiro
Período 1995 a 1998
Governador Marcello Alencar
Dados pessoais
Nome completo Laerte Rezende Bastos
Nascimento 22 de julho de 1928 (95 anos)
Nacionalidade brasileira
Partido PDT
PSDB
Profissão Sindicalista

Laerte Rezende Bastos (Itaperuna, 22 de julho de 1928) é um político brasileiro. Atuou em entidades sindicais e nos movimentos por moradias populares na Baixada Fluminense. A partir da década de 1980, concorreu a cargos políticos, tendo sido eleito vice-prefeito de Nova Iguaçu e a deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Foi militante do Partido Comunista Brasileiro e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Duque de Caxias de 1963 a 1964, época em que foi preso pelo regime militar instaurado em abril de 1964.[1]

A partir da década 1970, passou a atuar nos primeiros movimentos dos "sem-terra" da Baixada Fluminense[2], tendo ficado à frente das seguintes entidades: Associação do Mutirão Urbano de Nova Aurora e da Associação do Mutirão Rural de Campo Alegre.[1]

A partir da década de 1980, passou a estar presente na vida política. Foi candidato a deputado federal na eleição de 1986, vaga esta para a Assembleia Constituinte que definiria a Constituição promulgada em 1988, mas acabou não sendo eleito.[1] Foi eleito vice-prefeito de Nova Iguaçu em 1988.[1]

Na eleição de 1990, ficou com a primeira suplência a deputado federal pelo PDT.[1] Assumiu o mandato com a nomeação de Fernando Lopes como secretário de Planejamento e Controle no governo de Leonel Brizola. Com a morte do deputado Brandão Monteiro, acabou sendo efetivado em setembro de 1991.[1]

Como deputado, integrou a Comissão de Agricultura e Política Rural da Câmara.[1] Votou a favor do impeachment do presidente Fernando Collor de Mello, em 1992. Foi candidato à prefeitura de Belford Roxo nesse mesmo ano,[3] mas perdeu a disputa para Jorge Júlio da Costa dos Santos, o Joca.

Ainda no mandato de deputado federal, deixou o PDT e ingressou no PSDB em 1993[4] Durante o governo Marcello Alencar, foi subsecretário de Habitação do Rio de Janeiro.[1] Em 1997, fazia parte da comissão executiva do partido no estado.[5]

Como opositor do regime militar brasileiro, foi ouvido pela Comissão da Verdade do Rio de Janeiro, em 2015.[6] Na época, uma pesquisa revelou 22 mortos no campo que não aparecem no relatório da Comissão Nacional da Verdade.[7] Ele afirmou que ficou dois meses preso em 1965 e que teve a casa invadida e destruída, além de ter sido torturado.[7]

Referências

  1. a b c d e f g h Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «LAERTE RESENDE BASTOS». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 19 de outubro de 2022 
  2. «Palanque». Jornal do Brasil. 10 de setembro de 1990. Consultado em 19 de outubro de 2022 
  3. «Esforço concentrado começa hoje». O Fluminense. 16 de junho de 1992. Consultado em 19 de outubro de 2022 
  4. «De fato». O Fluminense. 30 de junho de 1993. Consultado em 19 de outubro de 2022 
  5. «Encontro tucano trará governador a Niterói». O Fluminense. 9 de setembro de 1997. Consultado em 19 de outubro de 2022 
  6. «Direitos Humanos». Agência Brasil. Consultado em 19 de outubro de 2022 
  7. a b «Pesquisa descobre 22 pessoas mortas no campo na Ditadura que não estão no relatório da CNV». O Globo. 22 de maio de 2015. Consultado em 19 de outubro de 2022 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]