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Marco Feliciano: diferenças entre revisões

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'''Marco Antônio Feliciano''' ([[Orlândia]], [[12 de outubro]] de [[1972]]) é um [[Pastor (religião)|Pastor]] da igreja [[Assembleia de Deus]] Catedral do Avivamento, [[Conferencista]], [[Cantor]], [[Empresário]] e [[Deputado Federal]] brasileiro eleito pelo [[Partido Social Cristão]] (PSC). Em março de 2013, Feliciano foi eleito presidente da [[Comissão de Direitos Humanos e Minorias]] da [[Câmara dos Deputados do Brasil]].
'''Marco Antônio Feliciano''' ([[Orlândia]], [[12 de outubro]] de [[1972]]) é ex-travesti e deputado fedeal brasileiro eleito pelo [[Partido Social Cristão]] (PSC). Em março de 2013, Feliciano foi eleito presidente da [[Comissão de Direitos Humanos e Minorias]] da [[Câmara dos Deputados do Brasil]].


== Origem ==
== Origem ==

Revisão das 17h28min de 22 de março de 2013

Marco Feliciano
Marco Feliciano
Foto: Alexandra Martins / Câmara dos Deputados
Deputado federal por  São Paulo
Período 1º de fevereiro de 2011
até atualidade
Dados pessoais
Nascimento 2 de outubro de 1972 (51 anos)
Orlândia, São Paulo
Partido PSC
Profissão Pastor, Conferencista, Cantor, Empresário

Marco Antônio Feliciano (Orlândia, 12 de outubro de 1972) é ex-travesti e deputado fedeal brasileiro eleito pelo Partido Social Cristão (PSC). Em março de 2013, Feliciano foi eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados do Brasil.

Origem

Filho de Lúcia Maria Feliciano e José Antonio Novo (in memoriam), Marco Antonio Feliciano nasceu no dia 12 de outubro de 1972 em Orlândia-SP. Casado com Edileusa de Castro Silva Feliciano, tem três filhas: Karen, Ketlin e Kamilly. Teve uma infância humilde e desde muito pequeno precisou trabalhar como vendedor de picolé para ajudar na manutenção da casa. No aniversário de sete anos foi presenteado pelo pai com uma caixa de engraxate, segundo o Sr. José, o trabalho ajudaria Marco a formar um caráter integro e reto. Ainda criança, aos oito anos, abraçou o sonho do episcopado, foi coroinha da igreja Cristo Rei e aos 11 anos converteu-se à fé evangélica. O desejo no coração de conhecer mais a Deus o levou a uma busca profunda do conhecimento do Senhor. Formou-se no curso de teologia da faculdade FAETEL, fez pós-graduação no Seminary Hosanna and Bible School, Corp. e Doctor in Divinity Mestrado em Teologia com honras.

Formação

Estudou na Escola Municipal Coronel Francisco Orlando em Orlândia e fez curso Técnico de Contabilidade (ETE – Alcídio Souza Prado). Faculdade de Educação Teológica Lógos – Faetel – São Paulo. Bacharel em Teologia (Faculdade de Teologia de Boa Vista – Fatebov). Bacharel em Teologia reconhecido pelo MEC, amparo legal 0063/04 – Ensino superior. International Seminary Hosanna and Bible School, Corp. Bachelor in the Arts of Theology – Pompano Beach, fl. EUA Doctor in Divinity – Mestrado em Teologia com honras.

Obras

Marco Feliciano Escreveu e publicou 18 livros, destacando-se “Ouse Sonhar” lançado pela editora Thomas Nelson. Dentre os quais estão: - Teologia Sistemática da Doutrina Pentecostal - Ouse Sonhar - Assassinos de Profetas - O Sonho de José - Dia maus - Tempo de Avivamento - Chamada de Fogo - Heróis sem Medalha - Decadência - Fábrica de Campeões - Resgatando Avivamento - O Silêncio de Deus - O sonho do Homem e o Projeto Missionário - O Grande Conflito - Quanto Vale um Amigo - Vinho do Inferno - Depois do Arrebatamento - Íntimos de Deus

Dono de uma fé inabalável suas ministrações são marcadas por revelações profundas e grande conhecimento da Palavra, características que o transformaram em referencial para uma geração de pastores. Marco Feliciano faz parte do grupo de pastores Gideões Missionários da Última Hora. A vida difícil não foi empecilho para dedicar-se à obra de Deus. Levado por um amigo à Igreja Assembléia de Deus, aceitou Jesus Cristo como Salvador aos 14 anos. Logo sentiu a chama do poder do Senhor em sua vida, dedicando-se a estudar a Bíblia e a buscar a presença do Espírito Santo. Eram os primórdios da vida do pastor avivalista, que levaria a Palavra de fogo ao mundo.

Na adolescência e juventude, uniu-se a grupo de amigos que tinha como objetivo buscar a Deus em espírito e verdade. Assim, todos os dias dedicavam-se a alguma atividade do Evangelho – cultos na igreja, ao ar livre, nas casas, evangelismo nas ruas... Eram tempos difíceis, quando o Evangelho ainda não havia ganhado a mídia, e crentes eram alvo de preconceitos e discriminação.

Nada, porém, o desanimava. As pregações começaram nessa época, quando tinha 16 ou 17 anos. Todos os momentos eram propícios para entregar uma Palavra a alguém – fosse evangélico ou não. Nas cidades vizinhas, começou a ficar conhecido pelo fogo com que pregava, levando muitos a serem batizados com o Espírito Santo e entregar a vida a Jesus.

Em 1996, Feliciano teve uma experiência sobrenatural com Deus. Em seu livro “Chamada de Fogo”, ele conta que foi visitado pelo Senhor, que deu uma unção para pregar a Palavra. “A partir de hoje não és mais o mesmo homem!”, ouviu do céu uma voz dizendo.

Não demorou muito, e Marco Feliciano estava sendo convidado para pregar em congressos e reuniões em diversas cidades brasileiras. Tempos difíceis, quando passava dias viajando de ônibus, num trajeto incerto, época em que a esposa, Edileusa, cuidava da pequena Karen.

O grande salto na carreira de Feliciano ocorreu em 1999, quando pregou pela primeira vez no congresso dos Gideões Missionários, em Camboriú (SC), que reuniu, naquele ano, mais de 100 mil pessoas. Desde então, todos os anos o pastor é um dos preletores convidados e aguardados, levando uma mensagem de avivamento a quem espera um ano para “recarregar as baterias da fé”.

Oito anos depois de fundar o Ministério Tempo de Avivamento, já passou por mais de quarenta países de todos os continentes. Em 2004, Feliciano fez cerca de duzentas ministrações por todo o país, além de Inglaterra, Alemanha, Bélgica, Estados Unidos e Paraguai, atingindo cerca de 2 milhões de pessoas.

Catedral do Avivamento

A primeira Igreja Catedral do Avivamento foi inaugurada em 2008 na cidade de Orlândia também no interior de São Paulo, sendo a sede das igrejas lideradas pelo pastor Marco Feliciano.

Críticas e controvérsias

A eleição de Feliciano para o cargo de presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados tem sido alvo de protestos e polêmica[1] por conta das declarações homofóbicas e racistas que o parlamentar costuma divulgar,[2] além do fato de ele também defender a castração química de estupradores.[3] Sobre o assunto, o presidente da Câmara em 2013, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou que "a Comissão de Direitos Humanos, pela sua importância, não pode ficar neste impasse". "Do jeito que está, a situação da Comissão de Direitos Humanos e Minorias se tornou insustentável", disse Alves. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, também afirmou que Feliciano "não é adequado" para ocupar o cargo na Comissão.[4]

Um vídeo que mostra o pastor pedindo a senha do cartão de crédito de um fiel de sua igreja tem sido divulgado contra o parlamentar, que nega as acusações, afirmando que brincava na situação.[5] Atualmente ele responde a processo no Supremo Tribunal Federal (STF) por estelionato e homofobia.[6] Ele é acusado de ter recebido 13 mil reais para realizar um culto no Rio Grande do Sul sem ter comparecido ao evento.[7] Uma reportagem do jornal Correio Braziliense fez uma denúncia dizendo que Feliciano desvia dinheiro público, através de seu cargo como deputado federal, para beneficiar sua igreja e empresas de sua propriedade.[8]

Acusações de racismo, homofobia e misoginia

Em março de 2011, Feliciano postou em sua conta no Twitter frases de cunho racista, dizendo que "Africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato. O motivo da maldição é a polemica (sic). Não sejam irresponsáveis twitters" e que "A maldição que Noé lança sobre seu neto, canaã, respinga sobre continente africano, daí a fome, pestes, doenças, guerras étnicas!". Feliciano defende a tese de que os povos africanos vivam sob a Maldição de Cam e que a maldição descrita na Bíblia Hebraica é a causa de problemas sociais no continente africano.[9] Em um post sobre os homossexuais, Feliciano disse: "A podridão dos sentimentos dos homoafetivos levam (sic) ao ódio, ao crime, à rejeição. Amamos os homossexuais, mas abominamos suas práticas promíscuas."[10][11]

Em março de 2013, a apresentadora Xuxa chamou o pastor de "monstro" por suas declarações racistas e homofóbicas. Feliciano respondeu dizendo que irá abrir um processo contra a apresentadora.[12] A seguir, ele desistiu da ação judicial.[13]

Durante uma entrevista para o livro Religiões e política; uma análise da atuação dos parlamentares evangélicos sobre direitos das mulheres e LGBTs no Brasil, o pastor Feliciano afirmou ser contrário às revindicações do movimento feminista porque elas podem tornar a sociedade majoritariamente homossexual:[14]

"Quando você estimula uma mulher a ter os mesmos direitos do homem, ela querendo trabalhar, a sua parcela como mãe começa a ficar anulada, e, para que ela não seja mãe, só há uma maneira que se conhece: ou ela não se casa, ou mantém um casamento, um relacionamento com uma pessoa do mesmo sexo, e que vão gozar dos prazeres de uma união e não vão ter filhos. Eu vejo de uma maneira sutil atingir a família; quando você estimula as pessoas a liberarem os seus instintos e conviverem com pessoas do mesmo sexo, você destrói a família, cria-se uma sociedade onde só tem homossexuais, você vê que essa sociedade tende a desaparecer porque ela não gera filhos."[14]

A afirmação do deputado gerou ainda mais críticas contra a sua conduta, além de acusações de homofobia e misoginia.[14]

Discografia

Ver também

Referências

  1. Carta Capital, ed. (9 de março de 2013). «Grupos protestam contra pastor Marco Feliciano em várias cidades». Consultado em 10 de março de 2013 
  2. Isabel Braga. «Pastor Marco Feliciano assume Comissão de Direitos Humanos». O Globo 
  3. Evandro Éboli (8 de março de 2013). «Pastor Feliciano defende castração química para estupradores». O Globo 
  4. Tai Nalon e Erich Decat (21 de março de 2013). Folha de S. Paulo, ed. «Presidente da Câmara mantém pressão por saída de Feliciano de comissão». Consultado em 21 de março de 2013  Parâmetro desconhecido |lozalização= ignorado (ajuda); line feed character character in |autor= at position 13 (ajuda)
  5. Adriana Mendes (8 de março de 2013). «Marco Feliciano diz que 'estava brincando' ao pedir senha de cartão». O Globo. Consultado em 8 de março de 2013 
  6. G1, ed. (7 de março de 2013). «Deputado Marco Feliciano responde por homofobia e estelionato no STF». Consultado em 20 de março de 2013 
  7. Bom Dia Brasil, ed. (8 de março de 2013). «Comissão de Direitos Humanos elege Marco Feliciano como presidente». Consultado em 20 de março de 2013 
  8. Carta Capital, ed. (11 de março de 2013). «Marco Feliciano usa mandato para beneficiar sua igreja e empresas, diz jornal». Consultado em 12 de março de 2013 
  9. Gabriel Castro (1 de abril de 2011). «Deputado evangélico vê maldição sobre África»  Parâmetro desconhecido |imprenta= ignorado (ajuda)
  10. O Globo, ed. (31 de março de 2011). «Deputado federal Marco Feliciano faz coro às declarações de Bolsonaro e ataca negros e homossexuais». Consultado em 10 de março de 2013 
  11. Revista Veja, ed. (31 de março de 2011). «Deputado liga negros a descendência amaldiçoada de Noé». Consultado em 10 de março de 2013 
  12. O Estado de S. Paulo, ed. (11 de março de 2013). «Pastor que preside Comissão de Direitos Humanos diz que vai processar Xuxa». Consultado em 12 de março de 2013 
  13. O Globo, ed. (12 de março de 2013). «Pastor Marco Feliciano desiste de processar Xuxa». Consultado em 20 de março de 2013 
  14. a b c O Globo, ed. (20 de março de 2013). «Marco Feliciano diz que direitos das mulheres atingem a família». Consultado em 20 de março de 2013 

Ligações externas

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