Modulador de prolactina

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Os moduladores de prolactina compõem uma classe de fármacos que modulam a secreção da prolactina na adenoipófise. São divididos em dois grupos, os inibidores de prolactina e os liberadores de prolactina, os quais suprimem e induzem, respectivamente, a secreção de prolactina.[1][2]

Grupos[editar | editar código-fonte]

Inibidores de prolactina[editar | editar código-fonte]

Os inibidores ou agonistas de prolactina são usados para tratar a hiperprolactinemia.[1] Os agonistas do receptor D2 de dopamina, a exemplo da bromocriptina e cabergolina, suprimem a secreção de prolactina pela hipófise e, deste modo, diminuem os níveis de prolactina no organismo. Os antagonistas do receptor de estrogénio, tais como os inibidores da aromatase e os análogos do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH), também inibem a secreção de prolactina, embora sua ação não seja tão potente quando comparada aos agonistas do receptor D2, e, por isso, não são muito utilizados como inibidores de prolactina.

Liberadores de prolactina[editar | editar código-fonte]

Enquanto os agonistas do receptor D2 de dopamina suprimem a secreção de prolactina, os liberadores ou antagonistas de prolactina, como a domperidona e a metoclopramida, produzem o efeito oposto, induzindo a secreção hipofisária de prolactina. Os antagonistas de prolactina são usados para corrigir a hipoprolactinemia e no tratamento de falhas da lactação.[2] Quando esses medicamentos não são usados para induzir a secreção de prolactina, o aumento dos níveis de prolactina podem ser indesejados e causar efeitos colaterais, como a mamoplasia (aumento dos seios), mastodinia (dor e sensibilidade nos seios), galactorreia (produção inadequada ou excessiva de leite), ginecomastia (desenvolvimento das mamas em homens), hipogonadismo (níveis baixos de hormônios sexuais), amenorreia (cessação dos ciclos menstruais ), infertilidade reversível e disfunção sexual.

Agonistas do receptor D2 de dopamina utilizados como inibidores de prolactina incluem, entre outros, bromocriptina, cabergolina, lergotrilo, lisurida, metergolina, quinagolida e tergurida.[3]

Referências

  1. a b Thomas L. Lemke; David A. Williams (24 de janeiro de 2012). Foye's Principles of Medicinal Chemistry. [S.l.]: Lippincott Williams & Wilkins. pp. 432–. ISBN 978-1-60913-345-0 
  2. a b University of Kansas School of Nursing Karen Wambach (15 de agosto de 2014). Breastfeeding and Human Lactation. [S.l.]: Jones & Bartlett Publishers. pp. 182–. ISBN 978-1-4496-9729-7 
  3. George W.A Milne (8 de maio de 2018). Drugs: Synonyms and Properties: Synonyms and Properties. [S.l.]: Taylor & Francis. pp. 1579–. ISBN 978-1-351-78989-9 
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