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Monumento de Filopapo

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(Redirecionado de Monumento de Philopappos)
Monumento de Filopapo
Μνημείο Φιλοπάππου
Monumento de Filopapo
Vista geral do Monumento de Filopapo
Tipo mausoléu, sítio arqueológico
Construção início do século II d.C.
Dimensões
Altura 12
Área 91 m²
Geografia
País  Grécia
Cidade Atenas
Coordenadas 37° 58′ 02″ N, 23° 43′ 17″ L
Mapa
Localização em mapa dinâmico

O Monumento de Filopapo (em grego: Μνημείο Φιλοπάππου; romaniz.: Mnēmeío Philopáppou) é um antigo mausoléu grego situado em Atenas, no cimo da colina das Musas (ou colina de Mouseion), também conhecida como colina de Filopapo ((Λόφος Φιλοπάππου)), a sudoeste da Acrópole. É dedicado a Caio Júlio Antíoco Epifânio Filopapo (em latim: Gaius Julius Antiochus Epiphanes Philopappus; Γάιος Ιούλιος Αντίοχος Επιφανής Φιλόπαππος; ou simplesmente Filopapo; 65—116 d.C.), um príncipe do Reino de Comagena.

Filopapo morreu em 116 e a sua morte causou um grande desgosto à sua irmã, a poetisa Júlia Balbila, aos cidadãos de Atenas e possivelmente também à família imperial romana. Balbila e os cidadãos de Atenas erigiram em honra do defunto uma estrutura funerária em mármore na colina das Musas, perto da Acrópole, o qual é conhecido atualmente como Monumento de Filopapo. A colina também passou a ser conhecida como colina de Filopapo.

O filósofo grego Pausânias (Descrição da Grécia, I.25.8) descreve o grande túmulo de Filopapo como sendo um monumento construído para um sírio. O mausoléu encontra-se no mesmo local onde segundo a lenda foi enterrado Museu, um poeta, adivinho e sacerdote do século VI a.C. A localização do seu túmulo, dentro dos limites formais da cidade, demonstra o alto estatuto de Filopapo na sociedade ateniense.

Fachada

O monumento é uma estrutura construída em mármore pentélico com dois níveis com 9,8 por 9,3 metros e 12 m de altura. Assenta numa base em mármore poroso com 3,08 m de altura, revestido com placas de mármore himeciano.

No nível inferior há um friso onde Filopapo é representado como cônsul, em cima de uma carruagem e precedido por lictores. Na parte superior havia estátuas de três homens: Antíoco IV à esquerda, Filopapo ao centro e Seleuco I Nicátor à direita, esta última atualmente inexistente. No nicho por baixo de Filopapo há uma inscrição em grego: Φιλόπαππος Επιφάνους Βησαιεύς«Filopapo, filho de Epifânio do demo dos Besa»; o nome de Filopapo como cidadão grego. No nicho à esquerda da estátua de Filopapo uma inscrição em latim regista os títulos de Filopapo, honrarias e a sua carreira como magistrado romano: «Caio Júlio Antíoco Filopapo, filho de Caio, da tribo dos Fabianos, cônsul e irmão arval, admitido à dignidade pretoriana pelo imperador César Nerva Trajano Ó(p)timo Augusto Germânico Dácico». No nicho à direita esteve outrora uma inscrição em grego da qual só resta a base, onde se lia: Βασιλέως Επιφανούς Αντιόχου«Rei Antíoco Filopapo, filho do Rei Antíoco Epifânio». Esta inscrição homenageia Antíoco IV e o seu pai, o último governante independente de Comagena. Quando Antíoco III morreu em 17 d.C., Comagena foi anexada por imperador romano Tibério e passou a fazer parte do Império Romano.

Por baixo da estátua de Seleuco I, o fundador do Império Selêucida, de quem os reis de Comagena se reclamavam descendentes, havia outra inscrição, atualmente perdida. O viajante Ciríaco de Ancona escreveu nas suas memórias que na inscrição se lia: «Rei Seleuco Nicátor, filho de Antíoco». Na parte norte, o monumento há abundantes decorações arquitetónicas.

As primeiras escavações no monumento foram realizadas em 1898 e no ano seguintes foram empreendidas obras de conservação. Os arqueólogos H. A. Thompson and J. Travlos lideraram mais escavações em pequena escala. Em 1904 o monumento foi parcialmente restaurado. Investigações recentes permitem concluir que partes do monumento foram usadas para construir o minarete do Partenon.

Só restam dois terços da fachada. A câmara tumular, situada atrás da fachada, está completamente destruídas à exceção da base. Aparentemente o monumento manteve-se intacto até pelo menos o século XV, pois em 1436 Ciríaco de Ancona visitou o local e escreveu nas suas memórias que o edifício estava intacto.

Notas e fontes

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