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O Homem Que Matou Getúlio Vargas: diferenças entre revisões

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==Criação==
[[Jô Soares]] escreveu o livro a partir da ideia de escrever sobre um sujeito obcecado por Getúlio Vargas - "o grande personagem histórico brasileiro. Ele é paradoxal. Tem coisas de gigante e coisas que não se entendem. Reunia um carisma sendo um ditador. Ele não se considerava um ditador." - e eventualmente o transformando em um [[anarquista]], "que é sempre um personagem romântico, engraçado, doido". Ao contrário de ''[[O Xangô de Baker Street]]'', em que teve a ajuda de uma equipe de pesquisadores e demorou seis meses para completar, para ''O Homem que Matou Getúlio Vargas'' [[Jô Soares]] leu sozinho cerca de 80 livros como referência ao longo de dois anos. Problemas de inspiração também se manifestavam, e ocasionalmente, em dias que não gravava o ''[[Jô Soares Onze e Meia]]'', Jô começava a escrever às duas da tarde e ia até à uma da manhã. Jô também teve a ajuda de [[Rubem Fonseca]], [[Fernando Morais]] e [[Hilton Marques]] na escrita, eventualmente seguindo a sugestão de fonseca para tirar piadas no texto, optando por criar o humor a partir da situação patética do protagonista. A dedicatória do livro é para o filho de Jô, Rafael, um [[autista]] que mora com a mãe em [[Teresópolis]].<ref>[http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq07119806.htm JÔ SOARES: "Mundo não é feito para pessoas de exceção'], ''[[Folha de S. Paulo]]''</ref>


==Lançamento e recepção==
==Lançamento e recepção==

Revisão das 20h12min de 6 de setembro de 2013

O Homem que Matou Getúlio Vargas
O Homem Que Matou Getúlio Vargas
Capa do livro.
Autor(es) Jô Soares
Idioma Português
País  Brasil
Gênero Romance policial, comédia
Ilustrador Hélio de Almeida
Editora Companhia das Letras
Lançamento 1995
Páginas 342
ISBN 8571648395
Cronologia
O Xangô de Baker Street
(1995)
Assassinatos na Academia Brasileira de Letras
(2005)

O Homem que Matou Getúlio Vargas é um romance escrito por Jô Soares e lançado em 1998. Conta a história de Dimitri Borja Korosec, assassino profissional que encontra-se com diversas figuras históricas entre 1897 e 1954.

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Lançamento e recepção

O Homem que Matou Getúlio Vargas foi lançado pela Companhia das Letras em 1998 com uma tiragem de 100 mil exemplares.[1] Um ano depois, já tinha vendido 235 mil cópias,[2] e ao lançamento de Assassinatos na Academia Brasileira de Letras em 2005, O Homem que Matou Getúlio Vargas contabilizava 410 mil exemplares no Brasil.[3]

Críticas foram positivas. Maurício Stycer da Época considerou um livro divertido, mas com ressalvas à prosa, que considerou que "às vezes resvala num didatismo excessivo."[1] Para a Veja, Diogo Mainardi descreveu a obra como "mais bem construído, engendrado e articulado que O Xangô de Baker Street."[4] Na crítica da Folha de S. Paulo, Marcelo Rubens Paiva elogiou o livro como original, "difícil encaixá-lo num gênero conhecido". Sobre o texto, ressaltou que "há um certo excesso de material pesquisado, um "enciclopedismo" que dispersa. Mas, pouco a pouco, as andanças e atropelos de Dimitri vão envolvendo o leitor."[5]

Assim como O Xangô de Baker Street, O Homem que Matou Getúlio Vargas acabou traduzido em várias línguas. Foi lançado na Itália em 1999 (L'uomo che uccise Getúlio Vargas),[6] em 2000 na França (L'homme qui tua Getulio Vargas),[7] em 2001 nos Estados Unidos (Twelve Fingers: Biography of an Anarchist, angariando resenhas elogiosas de publicações como o The Washington Post),[8][9] e em 2003 na Sérvia (Čovek koji nije ubio Franca Ferdinanda, "O Homem que Não Matou Francisco Ferdinando").[10]

Referências

Ligações externas