Oxicodona

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Oxicodona
Alerta sobre risco à saúde
Nome IUPAC (5R,9R,13S,14S)-4,5α-epoxy-14-hydroxy-3-methoxy-17-methylmorphinan-6-one
Identificadores
Número CAS 76-42-6
PubChem 5284603
DrugBank DB00497
ChemSpider 4447649
Propriedades
Fórmula química C18H21NO4
Massa molar 315.34 g mol-1
Farmacologia
Metabolismo hepático[1]
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

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Alerta sobre risco à saúde.

Oxicodona é um fármaco opioide analgésico potente, análogo semi-sintético da morfina, derivado da tebaína. É um agonista puro, com afinidade forte pelos receptores opioides mu.[1] Sua potência é duas vezes superior à da morfina.[1]

É um medicamento indicado no tratamento da dor de intensidade moderada a intensa,[2][3] podendo ser associado a analgésicos não-opioides ou outras medicações adjuvantes.[4]

Foi sintetizada em 1916 na Alemanha por Martin Freund e Edmund Speyer e introduzida no mercado farmacêutico com a marca Eukodal® e Dinarkon®.[3] Seu nome químico é derivado da codeína, pois as suas estructuras químicas são bastante semelhantes.

Em Portugal, encontra-se listado na Tabela I-A, restrito e sujeito a receita médica especial.

Mecanismo de ação[editar | editar código-fonte]

Age por agonismo opioide. Atua nos receptores opioides tipo µ, kappa e delta, com efeito analgésico, ansiolítico e sedativo.[5] Metaboliza-se em noroxicodona, oximorfona, noroximorfona e seus glucorunídeos.

Efeitos adversos[editar | editar código-fonte]

Os efeitos adversos mais comuns são: obstipação (ou constipação) intestinal; náuseas; sonolência; vertigem; vómitos; prurido; dor de cabeça; secura na boca; suor excessivo; cansaço ocorre em aproximadamente 5% dos pacientes que utilizam o medicamento.[2]

Algumas reações graves podem ocorrer como a apneia, depressão respiratória e circulatória, pressão baixa e choque.[2]

Interações[editar | editar código-fonte]

Marcas[editar | editar código-fonte]

No Brasil, o fármaco pode ser encontrado em 2 marcas:

  • Oxypynal, de liberação prolongada, em doses de 10mg/20mg
  • OxyContin, de liberação prolongada, em doses de 10mg/20mg/40mg

Uso na gravidez e lactação[editar | editar código-fonte]

O fármaco passa para o leite materno. O uso em grávidas não é realizado devido à probabilidade de depressão respiratória do neonato e interferência na contrabilidade do útero.[5]

Superdose[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Intoxicação por opioides

A superdose do fármaco pode induzir a uma depressão respiratória, sono e até estado de coma. São antídotos: naloxona ou nalmofene.[2]

Oxycontin[editar | editar código-fonte]

A oxicodona foi comercializada nos EUA com o nome de Oxycontin pela Purdue Pharma, da milionária e famosa família Sackler conhecida por enormes doações para museus por todo o mundo. A controversa fotógrafa Nan Goldin criou o movimento P.A.I.N. para responsabilizar e levar aos tribunais a família Sackler pelas mortes causadas pela epidemia causada pela venda deste terrível fármaco . Ao fim de 4 anos conseguiu que muitos museus por todo o mundo deixassem de aceitar doações desta família.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c SILVA, Gilson Edmar Gonçalves. VALENÇA, Marco Otávio Saraiva. Neurologia clínica. Editora UFPE.
  2. a b c d «Bula do OXYCONTIN» (PDF). Consultado em 13 de maio de 2011. Arquivado do original (PDF) em 21 de outubro de 2012 
  3. a b SNEADER, Walter. Drug discovery: a history. Wiley, 2005.
  4. MEDICAMENTOS LEXI-COMP MANOLE
  5. a b c d e f g h i Vademecum.es. Oxicodona. Acesso em 12 de maio de 2011
  6. a b c P.R. Vademecum. Oxicodona[ligação inativa]. Acesso em 12 de maio de 2011

Ligações externas[editar | editar código-fonte]