Processo Face Oculta: diferenças entre revisões
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* '''Paulo Penedos''', advogado, ex-dirigente do PS e filho de José Penedos, que segundo o Ministério Público usou a influência do pai "no sentido de favorecimento das empresas de Manuel Godinho"<ref name="sol165-rosa3"/>. Suspeito de um crime de tráfico de influências. |
* '''Paulo Penedos''', advogado, ex-dirigente do PS e filho de José Penedos, que segundo o Ministério Público usou a influência do pai "no sentido de favorecimento das empresas de Manuel Godinho"<ref name="sol165-rosa3"/>. Suspeito de um crime de tráfico de influências. |
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* '''Lopes Barreira''', empresário da [[Consulgal]], fundador da [[Fundação para a Prevenção da Segurança Rodoviária]] criada por Vara. Suspeito de um crime de tráfico de influências. |
* '''Lopes Barreira''', empresário da [[Consulgal]], fundador da [[Fundação para a Prevenção da Segurança Rodoviária]] criada por Vara. Suspeito de um crime de tráfico de influências. |
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* '''Domingos Paiva Nunes''', administrador da EDP Imobiliária e Participações (tendo pedido entretanto a suspensão de mandato<ref name="sol165-rosa2">Rosa, Luís. ''BCP emprestou 15 milhões a Manuel Godinho''. In ''Sol'' n.º 165, de 2009-11-06.</ref>). Suspeito de um crime de corrupção passiva para acto ilícito e um de corrupção passiva no sector privado. |
* '''Domingos Paiva Nunes''', multimilionário administrador da EDP Imobiliária e Participações (tendo pedido entretanto a suspensão de mandato<ref name="sol165-rosa2">Rosa, Luís. ''BCP emprestou 15 milhões a Manuel Godinho''. In ''Sol'' n.º 165, de 2009-11-06.</ref>). Suspeito de um crime de corrupção passiva para acto ilícito e um de corrupção passiva no sector privado. |
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* '''António Paulo Costa''', director de Relações Institucionais da Galp, gestor da área PS dessa empresa. Suspeito de um crime de tráfico de influências e um de corrupção passiva no sector privado. |
* '''António Paulo Costa''', director de Relações Institucionais da Galp, gestor da área PS dessa empresa. Suspeito de um crime de tráfico de influências e um de corrupção passiva no sector privado. |
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* '''José Chocolate Contradanças''', adminstrador da IDD – Indústria de Desmilitarização da Defesa (grupo [[Empordef]]), ex-administrador do Porto de Sines. Suspeito de um crime de corrupção passiva para acto ilícito. |
* '''José Chocolate Contradanças''', adminstrador da IDD – Indústria de Desmilitarização da Defesa (grupo [[Empordef]]), ex-administrador do Porto de Sines. Suspeito de um crime de corrupção passiva para acto ilícito. |
Revisão das 23h41min de 22 de fevereiro de 2011
O Processo Face Oculta é um processo judicial presentemente em fase de instrução pela Polícia Judiciária de Aveiro e pelo DIAP da Comarca do Baixo Vouga (Aveiro), Portugal. Foi primeiramente noticiado em Outubro de 2009.
Está em investigação o grupo económico de Manuel Godinho. Alegadamente envolve lavagem de dinheiro, corrupção política e evasão fiscal.
Em fevereiro de 2010, o caso volta a torna por conta de novas denúncias e depoimentos dos acusados, que envolvem desde grupos económicos até o actual governo de José Sócrates.
Arguidos
Estão constituídos arguidos:
- Manuel Godinho, empresário e dono de 11 empresas[1]. Suspeito dos crimes de associação criminosa (1), corrupção activa para acto ilícito (16), corrupção activa no sector privado (5), tráfico de influências (8), furto qualificado (4) e burla qualificada (5). Aguarda julgamento em prisão preventiva.
- Armando Vara, ex-secretário de Estado e ex-ministro PS, ex-administrador da CGD, vice-presidente do Millennium BCP, de onde suspendeu o seu mandato em consequência deste processo[2]). Suspeito de três crimes de tráfico de influências.
- Rui Pedro Soares, ex-administrador da PT.
- José Penedos, presidente da REN, ex-secretário de Estado da Defesa e da Energia, ex-administrador da EDP e da Galp.[3] Suspeito de um crime de tráfico de influências.
- Paulo Penedos, advogado, ex-dirigente do PS e filho de José Penedos, que segundo o Ministério Público usou a influência do pai "no sentido de favorecimento das empresas de Manuel Godinho"[1]. Suspeito de um crime de tráfico de influências.
- Lopes Barreira, empresário da Consulgal, fundador da Fundação para a Prevenção da Segurança Rodoviária criada por Vara. Suspeito de um crime de tráfico de influências.
- Domingos Paiva Nunes, multimilionário administrador da EDP Imobiliária e Participações (tendo pedido entretanto a suspensão de mandato[4]). Suspeito de um crime de corrupção passiva para acto ilícito e um de corrupção passiva no sector privado.
- António Paulo Costa, director de Relações Institucionais da Galp, gestor da área PS dessa empresa. Suspeito de um crime de tráfico de influências e um de corrupção passiva no sector privado.
- José Chocolate Contradanças, adminstrador da IDD – Indústria de Desmilitarização da Defesa (grupo Empordef), ex-administrador do Porto de Sines. Suspeito de um crime de corrupção passiva para acto ilícito.
Empresas sob investigação
Encontram-se sob investigação as seguintes empresas[5]:
- CP
- EMEF
- Empordef
- Estaleiros de Viana do Castelo
- Estradas de Portugal
- Carris
- CTT
- EDP
- Galp
- IDD – Indústria de Desmilitarização da Defesa
- Lisnave
- Portos de Setúbal
- Portucel
- Refer
Denúncias contra Sócrates
No dia 5 de Fevereiro de 2010, o semanário Sol revelou que a existência de "indícios muito fortes" do envolvimento do primeiro-ministro Sócrates no negócio da compra da TVI pela Portugal Telecom,[6] para condicionar a informação da estação de Queluz, assim como afastar Manuela Moura Guedes e José Eduardo Moniz. Nos extractos do despacho do juiz de Aveiro, que foram a fonte da notícia, constam transcrições de escutas telefónicas envolvendo Armando Vara, então administrador do BCP, Paulo Penedos, assessor da PT, e Rui Pedro Soares, administrador executivo da PT. [1]
No dia 6 de Fevereiro, o Correio da Manhã revelou que primeiro-ministro José Sócrates e o consultor do BCP Armando Vara tinham planos para "condicionar e constranger" a actuação do Presidente da República (utilizando, para tal, interesses do genro), Cavaco Silva, a controlar os meios de comunicação social e usar verbas de empresas públicas em benefício do PS. O objectivo último dos dirigentes socialistas seria, ante a probabilidade de perda da maioria absoluta, provocar eleições antecipadas em 2011. Este facto foi detectado pelos magistrados do caso "Face Oculta", segundo o jornal. As escutas revelaram ainda referências insultuosas ao Presidente da República e à líder do PSD. Também o jornal "i" refere que Cavaco Silva se prepara para recolher informações sobre o caso. O Presidente da República poderá chamar o Procurador-Geral da República e o presidente do Supremo Tribunal de Justiça ao Palácio de Belém. [2]
Cavaco e Sócrates se recusaram fazer declarações das denúncias. [3] [4] [5] [6] [7] [8]
Outras reportagens: [9] [10] [11] [12] [13] [14] [15] [16] [17] [18] [19]
Investigação
- Em 8 de Fevereiro foi divulgado que a TMN destruiu, por iniciativa própria, dados considerados relevantes pelas autoridades judiciárias que investigaram o caso Face Oculta relativos a tráfego telefónico de Armando Vara, de Rui Pedro Soares, de Mário Lino e de Paulo Penedos[7].
Referências
- ↑ a b Rosa, Luís. As provas contra Vara e Penedos. In Sol n.º 165, de 2009-11-06.
- ↑ i. Constâncio reage à demissão de Vara e diz que sector "precisa de bons exemplos". Notícia de 2009-11-03, acedida em 2009-11-04.
- ↑ TSF. José Penedos arguido no processo Face Oculta. Notícia de 2009-10-30, acedida em 2009-11-04.
- ↑ Rosa, Luís. BCP emprestou 15 milhões a Manuel Godinho. In Sol n.º 165, de 2009-11-06.
- ↑ Público. Número de empresas envolvidas no processo "Face Oculta" não pára de aumentar. Notícia de 2009-11-03, acedida em 2009-11-04.
- ↑ http://diario.iol.pt/politica/marques-mendes-face-oculta-escutas-socrates-armando-vara-psd/1137237-4072.html
- ↑ http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=11190