Ramón Freire
Ramón Freire y Serrano | |
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Ramón Freire y Serrano | |
1.º Presidente do Chile | |
Período | 25 de janeiro de 1827 a 8 de maio de 1827 |
Vice-presidente | Francisco Antonio Pinto |
Antecessor(a) | Agustín Eyzaguirre |
Sucessor(a) | Francisco Antonio Pinto |
Diretor Supremo do Chile | |
Período | 4 de abril de 1823 a 9 de julho de 1826 |
Antecessor(a) | Agustín Eyzaguirre |
Sucessor(a) | Manuel Blanco Encalada |
Dados pessoais | |
Nascimento | 27 de novembro de 1787 Santiago do Chile, Chile |
Morte | 9 de dezembro de 1851 (64 anos) Santiago do Chile, Chile |
Profissão | Militar |
Assinatura |
Ramón Freire Serrano (Santiago do Chile, 27 de Novembro de 1787 — 9 de Dezembro de 1851) foi um militar e político chileno, exercendo os cargos de Diretor Supremo entre 1823 e 1826, e a presidência do Chile em 1827.[1][2]
Ramón foi filho de Francisco Antonio Freire y Paz e de Gertrudis Serrano y Arrechea.
Aos 16 anos e depois da morte de seu pai, Freire se dirigiu a Concepción e se ocupou como dependente de uma casa de comércio. Ingressou no exército como cadete em 1811, alistando-se ao esquadrão Dragones de la Frontera. Foi promovido a patente de Tenente em 1813. Participou nas batalhas de Huilquilemu, Talcahuano, El Quillo e El Roble. Tornou-se Capitão, participou da Batalha de Rancagua em 1 e 2 de Outubro de 1814, que significou a derrota das forças patriotas, sendo obrigado a se exilar em Buenos Aires.
Em Buenos Aires ingressou a esquadra corsária de almirante Brown, que realizou diversas viagens pelo Oceano Pacífico. Em 1815 sofreu um naufrágio em cabo de Hornos, salvando-se com dificuldade. Em 1816 uniu-se ao Exército dos Andes, a mando do general José de San Martín. Este lhe enviou a tomar la cidade de Talca, vencendo com cem homens a guarnição, em 11 de Fevereiro, na véspera da Batalha de Chacabuco. Em 9 de Março se apoderou de Linares, e sete dias depois ocupa Chillán. Participa no Combate de Gavilán, em Concepción, em 5 de Maio de 1817.
Em 1823 se declarou ser contra ao governo de Bernardo O'Higgins, e depois depois de dirigir um movimento insurrecional das províncias, O'Higgins se viu obrigado a abdicar o poder em uma junta de três pessoas. A assembléia constituinte o nomeou Diretor e Chefe Supremo suplente do Estado, assumindo a função de forma interina em 4 de Abril de 1823.
Governo de Freire
[editar | editar código-fonte]Em 12 de Agosto de 1823 formou-se um Congresso Constituinte, que confirmou Freire no poder. Em 27 de Dezembro de 1823 criou-se uma nova constituição, que teve como autor principal Juan Egaña. Devido a sua impraticabilidade, nunca suas disposições foram levadas a efeito, até o ponto em que, por sucessivos decretos, foi parcial e quase totalmente anulada.
Durante seu governo sancionou-se a lei que abolia a escravidão no Chile e firmou o decreto supremo que alterava a palavra Patria nos documentos oficiais pelo nome Chile.
Em 14 de Novembro Freire partiu no comando de 2.500 homens para conquistar a Ilha de Chiloé, que se mantinha fiel a Espanha. Depois das batalhas de Pudeto e Bellavista, os realistas se renderam e em 19 de Janeiro firmou-se solenemente no Tratado de Tantauco, onde se incorporou o arquipélago ao território chileno.
Devido a agitação política que encontrou em seu regresso, renunciou ao cargo, sendo eleito Manuel Blanco Encalada como primeiro presidente do Chile.
Foi eleito em um segundo mandato com o título de Presidente da República em 27 de Fevereiro de 1827, mas renunciou em 5 de Maio de 1827.
Referências
- ↑ Bizzarro, Salvatore (2017). Historical Dictionary of Chile (em inglês). Lanham: Rowman & Littlefield. p. 710. ISBN 9781442276352
- ↑ Komandoko, Gamal (2010). Ensiklopedia Pelajar dan Umum (em indonésio). [S.l.]: Pustaka Widyatama. p. 299. ISBN 9789796103713
Precedido por Bernardo O'Higgins |
Diretor Supremo do Chile 1823-1826 |
Sucedido por Título abolido |
Precedido por Agustín Eyzaguirre |
Presidente do Chile 1827 |
Sucedido por Francisco Antonio Pinto |