Riachuelo (Sergipe)
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Município do Brasil | ||
Hino | ||
Gentílico | riachuelense | |
Localização | ||
Localização de Riachuelo no Brasil | ||
Mapa de Riachuelo | ||
Coordenadas | ||
País | Brasil | |
Unidade federativa | Sergipe | |
Municípios limítrofes | Laranjeiras, Divina Pastora, Santa Rosa de Lima e Areia Branca. | |
Distância até a capital | 23 km | |
História | ||
Fundação | 1874 | |
Administração | ||
Prefeito(a) | Antônio Carlos L. Franco Sobrinho (PMDB, 2009–2012) | |
Características geográficas | ||
Área total | 78,6 km² | |
População total (est. IBGE/2009 [1]) | 9,466 hab. | |
Densidade | 113,47 hab./km² | |
Clima | Não disponível | |
Altitude | 37 m | |
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | |
Indicadores | ||
IDH (PNUD/2000 [2]) | 0,671 — médio | |
PIB (IBGE/2005 [3]) | R$ 69.762 mil | |
PIB per capita (IBGE/2005 [3]) | R$ 7 902,00 |
Riachuelo é um município brasileiro do estado de Sergipe. Localiza-se a uma latitude 10º43'42" sul e a uma longitude 37º11'14" oeste, estando a uma altitude de 37 metros. Sua população estimada em 2004 era de 8 740 habitantes. Possui uma área de 150,64 km².
História
Riachuelo possui cerca de 79 km².
Existem duas versões para o nome Riachuelo. A primeira é que o povoado estava localizado entre três rios. São os rios Sergipe, Cotinguiba e Jacarecica, formando assim um elo, portanto, Riachuelo. A outra versão e mais aceita é em homenagem a batalha decisiva da guerra do Paraguai vencida pelo Almirante Barroso chamado Batalha naval do Riachuelo.
O município era conhecida como PINTOS em função da influência do engenho do português Mesquita Pìnto. A família dos Pintos chegara na região por volta de 1590.
Foi um município rico e tinha grande importância no cenário nordestino. Por estar localizado entre os rios Sergipe, Cotinguiba e Jacarecica, os Pintos se tornou grande produtor de açúcar, algodão e gado.
Devido ao grande crescimento econômico, principalmente pelo cultivo da cana, em 6 de maio de 1872, o povoado Pintos é transformado em Freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Riachuelo e dois anos depois seria transformada em Vila de Riachuelo e deixando assim de pertencer ao município de Laranjeiras. Nesta época seu poder econômico superou Maruim e Laranjeiras, vivendo assim uma grande fase na indústria açucareira.
Com a implantação da República, a Vila passa a ser cidade e vive seus momentos áureos até o início do século passado. Devido a facilidade dos portos e a chegada das ferrovias em Aracaju, Riachuelo, Maruim e Laranjeiras começam a entrar em declínio tornando-se assim um município decadente, pobre e esquecido. Em função disso, no censo de 1950 a população de Riachuelo tinha em torno de 8 mil habitantes, e depois de 50 anos a população continuava a mesma.
O município já foi o maior produtor de açúcar cristal, tecido e aguardente de Sergipe, e chegou a possuir três locomotivas para o transporte da cana de açúcar, além de ter possuído ferrovias, era dotada de boa malha viária e transporte através dos rios. Chegou a ter também uma grande produção de farinha de mandioca. Segundo dados oficiais as usinas e pequenas fábricas chegaram e empregar mais de mil trabalhadores.
Riachuelo também teve um comércio influente no estado, em função da cana. Os armazéns de secos e molhados eram bastante sortidos e considerado os melhores da região do Cotinguiba e que apesar da riqueza não possuía uma estrutura arquitetônica muito boa e o calçamento das ruas eram irregulares. Foi a terceiro município a ser eletrificada pela Companhia Hidroelétrica do São Francisco e por isso possuía um excelente Cine-Teatro Municipal.
O município sempre teve o Hospital de Caridade de Riachuelo, mantido por associação beneficente que também mantinha a maternidade Dr. Silvio César Leite. O abrigo de Menores Antônio Leite que cuidava de menores, foi uma instituição marcante no município.
Riachuelo também teve um passado de glória no futebol com o Riachuelo Futebol Clube e foi campeão invicto e absoluto do estado de Sergipe em 1941, título jamais alcançado por outra agremiação.
No dia 8 de dezembro é comemorado a festa da padroeira Nossa Senhora da Conceição. Outras festas comemorativas são Bom Jesus dos Navegantes por conta da influência dos rios para o município, e a de São Benedito por influência da grande população negra que trabalhava na cana de açúcar.
Riachuelo teve grandes filhos ilustres e saíram de lá governadores como José Rollemberg Leite e Paulo Barrete de Manezes, senadores, deputados federais e estaduais, juristas, médicos como Adolfo Rabelo Leite e poetas, como José Santo Souza mais conhecido como Santo Souza.
Patrimônio cultural
O Município de Riachuelo possui um monumento tombado em nível federal, ou seja pelo IPHAN[4] desde 23 de março de 1943. Trata-se da capela de Nossa Senhora da Conceição do Antigo Engenho da Penha, localizado na zona rural.
Não se sabe a data da construção do engenho e capela, mas se presume que nos últimos anos do século XVIII. Alguns autores atribuem a data de sua construção a 1795.[5]
Possui duas torres sineiras, frontão com volutas e óculo central. A portas e janelas almofadadas possuem verga em arco abatido sob ornatos com volutas. A escadaria de acesso à igreja foi construída com tijolos e facão. O altar-mor é bastante trabalhado com colunas salomônicas, dossel, lambrequins, torno e maquineta, e sacrário. Seu estilo é o da talha neoclássica baiana (meados do século XIX).
Apesar do seu grande valor histórico e artístico o monumento está a longos anos abandonado e em precário estado de conservação. E lembramos que o atual proprietário das terras e conseqüentemente da capela tombada é o Governo do Estado de Sergipe, que de acordo com a constituição estadual deveria proteger e zelar pelo Patrimônio Cultural Sergipano (e neste caso também nacional).
Ao percorrermos a estrada que liga a Capela da Penha à sede municipal, também passamos por uma ruína de uma outra capela rural, a chamada "Santana", com características estilísticas do século XVIII ou início do XIX.
O município também possui outros bens de valor histórico como casas-grandes, engenhos e chaminés de antigas fazendas produtoras de cana-de-açúcar.
Referências
- ↑ «Estimativas da população para 1º de julho de 2009» (PDF). Estimativas de População. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 14 de agosto de 2009. Consultado em 16 de agosto de 2009
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2002-2005» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 19 de dezembro de 2007. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ Site: Arquivo Noronha Santos - IPHAN: http://www2.iphan.gov.br/ans/inicial.htm Acerssado em 31 de julho de 2008
- ↑ LOUREIRO, KÁTIA A. S. Arquitetura Sergipana do Açúcar. Unit. Aracaju, 1999.