Sínodo de Dort

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O Sínodo de Dort (também conhecido como o Sínodo de Dordt ou Sínodo de Dordrecht) foi um sínodo internacional que teve lugar em Dordrecht, na Holanda, de 1618 a 1619 pela Igreja Reformada Holandesa, com o objectivo de regular uma séria controvérsia nas Igrejas Holandesas iniciada pela ascensão do arminianismo.[1] A primeira reunião do sínodo foi tida a 13 de novembro de 1618 e a última, a 154ª foi a 9 de maio de 1619.[1] Foram também convidados representantes com direito de voto vindos de oito países estrangeiros. O nome "Dort" era um nome usado na altura em inglês para a cidade holandesa de Dordrecht.

O sínodo decidiu pela rejeição das ideias arminianas[1], estabelecendo a doutrina reformada em cinco pontos: depravação total, eleição incondicional, expiação limitada, vocação eficaz (ou graça irresistível) e perseverança dos santos. Estas doutrinas, descritas no documento final chamado Cânones de Dort, são também conhecidas como os Cinco pontos do calvinismo.

Plano de Fundo[editar | editar código-fonte]

Houve sínodos provinciais anteriores de Dort e um Sínodo nacional em 1578. Por essa razão, a reunião de 1618 é às vezes chamada de Segundo Sínodo de Dort.

Os atos do Sínodo estavam ligados a intrigas políticas que surgiram durante a Trégua dos Doze Anos, uma pausa na guerra holandesa com a Espanha. Após a morte de Jacó Armínio, seus seguidores apresentaram objeções à Confissão Belga e ao ensino de João Calvino, Teodoro de Beza e seus seguidores. Essas objeções foram publicadas em um documento chamado Cinco Artigos da Remonstrância, e os arminianos eram, portanto, também conhecidos como Remonstrantes. Eles ensinaram a eleição condicional com base na fé antevista por Deus, expiação ilimitada, graça resistível e a possibilidade de queda/perda de graça. Os opositores calvinistas ou gomaristas, liderados por Franciscus Gomarus, da Universidade de Leiden, ficaram conhecidos como Contra-Remonstrantes.


Delegados[editar | editar código-fonte]


Referências

  1. a b c «Synod of Dort». Encyclopædia Britannica 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Frederick Calder (1835), Memoirs of Simon Episcopius, London: Simpkin and Marshall.
  • Jonathan I. Israel (1986), The Dutch Republic and the Hispanic World 1606–1661
  • Jonathan I. Israel (1998), The Dutch Republic: Its Rise, Greatness and Fall
  • Anthony Milton (2005), The British Delegation and the Synod of Dort (1618–1619)

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


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